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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Odontologia _ Cuidados _Odontopediatria

Quando os dentinhos de leite de seu filho começam a aparecer e a cair; a higiene da boquinha desde cedo e outros cuidados para evitar problemas.

Um sorriso lindo

Um belo dia, naquele sorriso tão familiar, surge uma novidade: nasceu o primeiro dentinho do bebê! O evento é logo comunicado aos avós, tios,amigos,e é mais uma pequena festa para a família. Essa festa começou a ser preparada bem antes - você sabia que os germes dos dentes já surgem nas primeiras semanas de gestação?




Amamentar é preciso
O leite materno é o alimento ideal para o recém-nascido; e o seio da mãe, a forma perfeita para o bebê ter uma boa dentição.
Os movimentos e a força de sucção que o bebê faz ao mamar no peito fortalecem os músculos faciais.

É com essa "musculação" que seu filho, além de ganhar aquelas bochechas irresistíveis, vai desenvolver e posicionar corretamente o osso da mandíbula na face.
Todo bebê, ao nascer, tem a mandíbula bem pequena e voltada
para trás. Para poder sugar o leite da mãe, ele terá de posicionar a língua e a boquinha de tal forma que, aos poucos, a mandíbula chegará à posição correta. É por isso que amamentar o bebê no seio durante os primeiros 6 meses de vida ajuda a garantir, mais tarde, uma boa mordedura, a mastigação e a deglutição corretas dos alimentos.
Isso não significa que a impossibilidade de amamentar no seio prejudique necessariamente a futura arcada dentária de seu filho. Mas são precisos alguns cuidados básicos para a mamadeira não atrapalhar o bom desenvolvimento da dentição da criança.


Boa de bico
Com formato e tamanho diferentes do seio materno, a mamadeira exige vários movimentos de sucção do bebê. Se repetidos por muito tempo, esses movimentos podem, de fato, comprometer diversas funções orais da criança (como a mastigação ou a fala). Os bicos anatômicos são uma forma de diminuir as diferenças de sucção e, portanto, problemas futuros.
O tamanho do furo por onde sai o leite também é crucial.
Evite cair na tentação de aumentar o furo do bico para deixar o bebê mamar mais fácil e rapidamente; fazer uma certa força ao sugar é fundamental para tonificar os músculos da face e desenvolver a mandíbula.



Dentinho à vista
Em geral, o primeiro dentinho só vai nascer quando o seu bebê estiver com cerca de 6 meses, mas essa história começa bem antes - ainda no útero.

Na nona semana de gestação, já surgem os germens dos dentes; no quinto mês da gravidez, começa a se desenvolver o esmalte. Há uma crença segundo a qual a azia da grávida é sinal de que os futuros dentes estão se formando. A relação é a apenas temporal: como a partir do quinto mês aumenta a pressão do útero sobre os órgãos do aparelho digestivo, pode ocorrer azia, mas isso não tem nada a ver com os dentinhos que estão, nessa mesma época, em fase de formação.

Alimentação caprichada
Estudos indicam que é também nessa fase da gravidez que o feto começa a formar o paladar. Mais um motivo para a gestante caprichar numa alimentação equilibrada, rica e variada. Além de garantir os nutrientes necessários ao desenvolvimento geral do bebê (dentinhos incluídos), talvez já seja possível apresentar os sabores de diversos alimentos ao repertório gustativo da criança. Especulações à parte, o fundamental é garantir todos os nutrientes durante os nove meses da gestação e, no acompanhamento pré- natal, avaliar com o médico se há necessidade de alguma suplementação de vitaminas ou sais minerais.

Turminha de leite
Voltando à parte mais comemorada dessa história, aquela do aparecimento do primeiro dentinho: nem sempre isso acontece em torno do sexto mês, que é apenas uma data padrão. Variações individuais podem adiantar ou atrasar essa data, sem prejuízo ou vantagem para a criança.O importante é que, até os 3 anos, ela esteja com a primeira dentição completa:
20 pequenos dentinhos de coloração leitosa, 10 no arco dentário superior e outros 10 no arco inferior.
Assim como a data do primeiro dente, a seqüência dos outros varia, mas em geral segue uma ordem: os da frente vêm antes do que os detrás, os de baixo nascem primeiro do que seus correspondentes de cima.

Quando eles costumam aparecer
6 meses:
incisivos centrais inferiores
7 meses:
incisivos laterais inferiores
7 meses e meio:
incisivos centrais superiores
9 meses:
incisivos laterais superiores
12 meses:
primeiros molares inferiores
1 ano e 2 meses:
primeiros molares superiores
1 ano e 4 meses:
caninos inferiores
1 ano e meio:
caninos superiores
1 ano e 8 meses:
segundos molares inferiores
2 anos:
segundos molares superiores


De mãe para filho
Do mesmo modo que a mãe transfere nutrietes ao feto e depois fatores imunológicos ao bebê na amamentação, bactérias do corpo materno também são transmitidas ao filho. É o que pode ocorrer com as bactérias causadoras da cárie. Por isso é importante não descuidar da saúde da boca durante a gestação.

Quanto mais cáries a grávida tiver, mais propenso o bebê ficará a desenvolvê-las. Os cuidados, é claro, devem continuar após o nascimento e por toda a vida - bons hábitos como os de higiene bucal, também são "transmissíveis".
Uma precaução especial deve ser tomada quando o bebê começa a comer papinhas e outros alimentos além do leite. Muita gente não se dá conta, mas o ato inocente de provar a comida do bebê na mesma colher que ele utilizará pode passar bactérias da boca do adulto para o bebê, que ainda não produziu anticorpos para combatê-las. Ou seja, a possibilidade de ele desenvolver cáries é bem maior.


Ai que coceira!

O nascimento dos primeiros dentes é acompanhado por muita expectativa e dúvidas. Veja as mais comuns e curta esse momento com tranqüilidade.

É normal o bebê ficar irritado quando o dentinho está para nascer?
Sim, porque a pressão do dente para sair da gengiva causa coceira e desconforto.

A erupção do dente causa dor ou sangramento?
Não. Apesar da coceirinha desconfortável, o bebê não sente dor e a gengiva não sangra.

A gengiva muda de aspecto quando o dente vai nascer?
Podem surgir pontos roxos (hematomas). Isso é mais comum na região dos molares.

Por que o bebê saliva mais na época de nascerem os dentes?
O aumento da salivação pode estar relacionado à coceira, que faz o bebê mexer mais a boca, morder objetos, etc. Mas pode ser apenas sinal da maturação das glândulas salivares, que costuma ocorrer na mesma época dos primeiros dentes.

O nascimento do dente pode causar febre?
É até possível ocorrer um discreto aumento da temperatura por causa do rompimento da gengiva, mas é uma febre baixa e passageira. Se persistir, procure o pediatra.

E diarréia?

Muitas mães relatam episódios de diarréia na época do nascimento dos dentes. Como nessa fase o bebê está sempre colocando a mão e objetos na boca, pode ser contaminado pela sujeira. Além disso, a época dos primeiros dentes costuma coincidir com a introdução de novos alimentos; na transição do leite materno para as papinhas podem ocorrer diarréias eventuais, que logo passam.

Alívio imediato O melhor amigo do bebê na hora em que o dente está para nascer é um mordedor. Ele tem a forma ideal para massagear as gengivas sem machucar, aliviando a coceira. São feitos com materiais esterelizáveis e muitos deles têm dentro um gel que os mantêm geladinhos (é só deixar o mordedor por um tempo na geladeira).
Aí, é melhor ainda: o frio dá uma anestesiada nas gengivas e bom alívio. Por isso é bom oferecer bebidas geladas quando o bebê está sentindo muita coceira. Alimentos frios e mais durinhos também ajudam a massagear as gengivas.
Além disso, há pomadas e soluções com substâncias analgésicas, como a xilocaína, que diminuem o desconforto do bebê. Pergunte ao pediatra ou ao dentista se esses produtos podem ser usados no seu filho.


Aviso ao navegante
Dente de leite não é para sempre, mas, se não for cuidado com muito carinho, pode criar problemas para a vida toda.

Veja aqui dez motivos para tratar os dentes de leite com todo o respeito.

1- Eles são fundamentais para a criança adquirir as funções de mastigação.

2- Os dentes de leite ajudam o desenvolvimento da parte óssea da face.

3- A primeira dentição contribui para a formação de uma arcada harmônica.

4- Os primeiros dentes têm um papel muito importante no desenvolvimento da fala.

5- Quando perde o dente de leite antes da hora, a criança pode ter dificuldade para articular certos fonemas.

6- A manutenção do espaço para o permanente é garantida pelo dente de leite.

7- O dente de leite orienta a erupção do permanente, para que este não nasça torto ou inclinado.

8- Infecções na primeira dentição podem afetar o germe do dente permanente.

9- A falta precoce e prolongada de um dente de leite pode causar falhas estéticas, com conseqüências psicológicas para a criança.

10- A perda precoce dos dentes de leite propicia a instalação de mal-oclusões na dentição permanente.

Mamada noturna Quanto mais cedo a mãe conseguir eliminar a mamada do meio da noite, melhor para os dentes de leite. É que ela é um prato cheio para as bactérias causadoras da cárie.
A dificuldade de fazer a higiene correta dos dentes do bebê faz com que uma maior quantidade de lactose (o açúcar do leite) fique por mais tempo fermentando na boca, produzindo um meio propício à proliferação das cáries. Além disso, a produção de saliva (que é um protetor natural contra as cáries) diminui durante a noite, facilitando a ação das bactérias.


Vamos mastigar

Para seu filho crescer com dentes saudáveis, mastigar é preciso. Por isso, depois que o bebê sai da fase de sucção (a partir dos 6 meses), é importante dar a ele, aos poucos, sopas menos líquidas. Da papinha aos pedaços de frutas mais moles e legumes cozidos, depois pedacinhos de frutas e legumes mais resistentes, até o bifinho -com 3 anos, eles já têm de estar comendo de tudo. Alimentos que exigem mais mastigação ajudam a desenvolver os maxilares, massageiam as gengivas (um alívio quando um novo dente está para nascer) e colaboram para o posicionamento correto dos dentes. Promovem ainda uma autolimpeza da boca, ao remover resíduos de alimentos aderidos aos dentes. Na fase da dentição mista,quando os dentes de leite começam a ser trocados, esses alimentos são fundamentais para o processo de reabsorção da raiz dos dentes de leite e para estimular a erupção dos permanentes.

Refrigerantes: atenção redobrada Os refrigerantes, além de serem supercariogênicos, representam um perigo a mais para a saúde do dente: muitas dessas bebidas contêm substâncias ácidas que, com o tempo, desgastam e corroem o esmalte dos dentes. O melhor é não criar o hábito de tomar refrigerantes, não oferecendo a bebida na mamadeira aos bebês e, para os mais crescidos, restringindo seu consumo a festas e ocasiões especiais.

Cuidado com os doces Balas, chocolates, pirulitos, gomas de mascar estão no topo da lista dos alimentos que mais provocam cáries. Só que também costumam ser os campeões na preferência infantil. Não é o caso de abolir totalmente essas guloseimas, mas é muito importante controlar o consumo de modo a causar o menor dano possível aos dentes.
No capítulo doces, o perigo está ligado à freqüência e à consistência. Quanto à freqüência, é pior comer doces várias vezes ao dia do que uma só vez. Em relação à consistência, quanto mais "grudento" o doce, pior o tempo que fica aderido ao dente aumenta a chance de cáries. Assim, balas moles são piores do que balas duras.


Higiene permanente

Bons hábitos de higiene bucal vêm do berço. Essa não é apenas mais uma frase de efeito; quer dizer que, além do bom exemplo que os pais devem dar, precisam começar a cuidar da limpeza da boca do bebê desde cedo, na fase em que ainda dorme no berço.
Até os 6, 7 meses, a limpeza costuma ser realizada com uma gaze ou uma dedeira molhada em água filtrada. Alguns dentistas aconselham limpar as gengivas do bebê após cada mamada, mesmo quando ele ainda não tem dentes.
Há outra corrente que descarta a necessidade de limpar as gengivas antes do primeiro dente, com o argumento de que as bactérias causadoras da cárie não temcomo se desenvolver antes de surgir uma superfície dura (o dente) onde possam se fixar.

Mas, assim que aparecer o primeiro dente, não bobeie: escovinha nele. Sim, é possível usar escova dental desde o início. Existe um modelo apropriado para cada fase. Nesse período, os dentistas recomendam umedecer as cerdas da escova em água filtrada na hora da limpeza.
Para fazer a escovação, coloque o bebê no colo, de costas para você, com a cabeça apoiada no seu corpo. Escove os dentinhos com delicadeza, fazendo movimentos circulares ou de vai-e-vem. No início, não se preocupe muito com a técnica dos movimentos, até você e o bebê estarem acostumados com a novidade. Com o tempo, a escovação fica um pouco mais sofisticada: por exemplo, na parte interna dos dentes a escova desliza I de cima para baixo, e sobre, a superfície mastigatória são feitos movimentos de vai-e-vem. Mas o mais importante é escovar todas as faces de cada dente. A língua também precisa ser escovada porque é uma superfície onde as bactérias aderem com certa facilidade.
O procedimento deve ser repetido após cada refeição.

Controle de qualidade

Até os 7 anos de idade, a escovação dos dentes deve ser feita, ou complementada, por um adulto porque a criança ainda não tem controle motor suficiente para escovar os dentes de forma eficaz.
O mais provável é que, bem antes dessa idade, a criança peça para escovar os dentes sozinha. O desejo deve ser atendido, porque é uma forma de estimular o hábito da escovação, mas fique combinado que a mãe ou o pai sempre dá a escovada final.
Do início da fase escolar até a puberdade, o esperado é que a criança escove os dentes sozinha e tenha incorporado o costume de fazê-lo após as refeições. Mas ainda é função dos pais supervisionar e exercer um "controle de qualidade" na escovação.Se não podem acompanhar todas as escovações do dia, os pais devem se concentrar na noturna, que é a mais importante durante o sono, diminui a salivação e a resistência às bactérias da cárie.


A escovinha ideal

A primeira escova do bebê precisa ter cerdas extramacias, para não machucar as gengivas. A cabeça tem de ser pequena, assim alcança os dentinhos do fundo sem causar desconforto, mas o cabo deve ser longo, para que o adulto que está fazendo a escovação consiga limpar todos os dentes da criança.
Os dentistas recomendam a substituição da escova a cada dois ou três meses porque as cerdas se deformam, dificultando uma escovação eficaz. Após esse período, também é mais difícil eliminar todos os resíduos que ficam acumulados entre as cerdas.

Crie um bom escovador

Se os pais têm bons hábitos de higiene bucal, a criança vai adquirir o gosto pela coisa mais facilmente. Além disso, o hábito pode ser estimulado se a hora da escovação for um momento divertido e de descontração. Uma forma de fazer isso é contar uma boa história em que os personagens principais são a escova, a pasta e os dentes. Os vilões, é claro, são as cáries. A escova pode ser a arma superpoderosa, a única capaz de encontrar os bichinhos invisíveis que se esconderam na caverna do herói (a boca de seu filho).
A mãe ou o pai que supervisiona a escovação pode, com um olhar de raios X, ver se a escova pegou ou não cada bichinho e, com a narração dos acontecimentos, orientar a criança para a maneira correta de escovar.
O importante é que a criança associe o escovar os dentes com algo bom. a pior é fazer da hora da escova um momento de brigas e ameaças, que a criança vai relacionar com uma obrigação chata e até utilizar para fazer birras e chantagens.


A primeira pasta

Nos primeíros anos devida, o creme dental utilizado não pode ter flúor. Como ainda não sabe cuspir nem bochechar, a criança acaba engolindo a pasta e ingerindo mais flúor do que o recomendado - em excesso,essa substância causa fluorese, distúrbio que afeta o esmalte e produz manchas nos dentes. Se você não encontrar pasta sem flúor, não se preocupe: apenas a escova, utilizada da forma correta, já é o suficiente para prevenir a ação das bactérias causadoras da cárie.
Quando a criança aprende a cuspir (o que ocorre entre 2 e 3 anos), já pode usar creme com flúor; em pequena quantidade: coloque na escova o equivalente a um grão de ervilha de creme dental. É recomendável um com menor concentração de flúor na fórmula - em geral, os produtos destinados ao público infantil têm essa característica.



Dedo e chupeta



O que o hábito pode causar

Deixar a arcada muito estreita ou muito aberta.
Favorecer a mordida cruzada.
Empurrar os incisivos superiores para frente.

Prejudicar o formato do palato (céu da boca).

Na fase dos dentes de leite, uma das preocupações dos odontopediatras e dos pais é o hábito de usar chupeta ou chupar o dedo. Esses hábitos correspondem a um instinto natural dos bebês, o da sucção, e, principalmente para os que não mamam no peito, são uma espécie de mal necessário - o bebê precisa mesmo sugar e não se deve privá-lo disso.
Porém, os movimentos de sucção realizados para chupar o dedo ou a chupeta estão longe de ser os ideais para a dentição do bebê. Diferentemente dos movimentos para sugar o peito, não favorecem de forma correta o desenvolvimento da musculatura e dos ossos faciais, prejudicando assim a deglutição, a mastigação e a fala. A freqüência, a intensidade e a duração desses hábitos podem determinar problemas ortodônticos nos dentes permanentes. É mais fácil controlar esses três fatores (freqüência, intensidade e duração) com a chupeta do que com o dedo.
A primeira pode ser retirada em momentos estratégicos (assim que o bebê adormece, por exemplo) e o dedo está, literalmente,"sempre à mão".
É mais fácil, também, tirar a chupeta na época necessária - sendo o ideal até os 2 anos, segundo os dentistas.
Mas eles também acreditam que, se o hábito for removido até os 3 ou 4 anos, eventuais problemas ortodônticos podem ser revertidos.

Como minimizar esses efeitos

* Use chupetas ortondônticas.
* Não ofereça a chupeta a todo momento nem ao menor sinal de choro do bebê.
* Não deixe a chupeta pendurada na roupa ou em correntinhas, sempre à disposição.
* Assim que a criança adormecer, retire a chupeta.
* Se o bebê chupa o dedo, tente substituir pela chupeta ortodôntica.
* Quando a criança estiver com o dedo na boca, atraia sua atenção para atividades que ocupem as mãozinhas.


Caiu, bateu

Levar um tombo e bater o dente é bem comum na vida das crianças. Veja o que fazer nestes casos.

O dente só saiu do lugar, mas não caiu
Lave bem as mãos e empurre delicadamente o dentinho, colocando-o de volta no lugar. Se isso for feito na hora, não vai doer.

O dente caiu
Os dentistas recomendam que os pais façam assepsia das mãos, segurem o dente pela coroa, sem tocar na raiz, retirem resíduos lavando delicadamente, sem esfregar, e tentem recolocá-lo na mesma hora no local. Se isso não for possível, coloque o dentinho em um recipiente com leite, soro fisiológico, água-de-coco ou água filtrada e vá para o dentista. Mas atenção: se o dente for de leite, muitos especialistas são contra a tentativa de reimplante porque as chances de sucesso são pequenas e há risco lesar o germe do dente permanente.

Não foi possível recolocar o dente no lugar
Após uma avaliação, o dentista pode colocar um dente postiço para manter o espaço do dente que caiu e por razões estéticas.

O dente batido não caiu, mas a gengiva sangrou
Procure o dentista rapidamente. Nos primeiros 15 dias após o trauma, não dê alimentos duros à criança.
Observe se, após três meses, não surge uma fístula (bolinha branca com pus) em cima do dente que bateu.

Quebrou um pedacinho do dente.

Guarde o pedacinho quebrado em leite, soro fisiológico, água-de-coco ou filtrada e leve ao dentista para uma possível restauração.

O dente batido entrou na gengiva
Se o dente não entrou totalmente na gengiva, lave muito bem as mãos e tente puxar o dentinho para fora novamente. Se houve intrusão total, procure imediatamente o dentista para uma avaliação do problema.


No dentista

As visitas obrigatórias e regulares ao dentista começam por volta dos 2 ou 3 anos de idade,quando a criança já completou a dentição de leite. Mas, atualmente, recomenda-se que a primeira consulta seja feita mais precocemente: quando o bebê está com cerca de 6 meses, época em que surgem os primeiros dentinhos.
O que pode ser feito nessa primeira visita? Basicamente, é uma consulta de orientação aos pais. O odontopediatra vai avaliar os hábitos de alimentação e higiene bucal do bebê e, se necessário, sugerir mudanças ou demonstrar na prática o que e como os pais devem fazer para cuidar dos dentes dele. Mas não é só isso. Nessa fase, é possível fazer o diagnóstico de desalinhamento dos dentes, prevenindo problemas. Também é melhor que o bebê já tenha tido contato com o dentista numa situação tranqüila se, por acaso, for preciso uma consulta de emergência, como no caso de uma fratura no dente.

Na consulta quando a criança já tem mais de 2 anos, os procedimentos e aparelhos utilizados pelo odontopediatra são praticamente os mesmos que se usam em pacientes adultos. A diferença é que esse profissional está preparado para lidar com os medos, ansiedades ou mesmo birras dos pequenos pacientes. O consultório também é equipado" com brinquedos e decorado de forma lúdica, para deixar a criança mais à vontade e envolvê-la
na aquisição de bons hábitos ou nos tratamentos.
A freqüência das consultas é dada pela avaliação que o dentista faz de cada caso. A regra é manter consultas de rotina a cada seis meses.
Mas, se a criança tem uma dieta que favorece o aparecimento de cáries, não conseguiu abandonar a mamadeira noturna ou ainda apresenta manchas esbranquiçadas nos dentes - que podem ser sinal de cárie ou de excesso de flúor, o dentista pode pedir consultas mais assíduas, a cada três meses, por exemplo.


Tá mole!

A partir dos 6 anos, grandes mudanças vão ocorrer na boca da criança, com a substituição dos dentes de leite pelos permanentes. A primeira pode até passar despercebida: é o nascimento do primeiro molar permanente. Como esse dente não substitui nenhum de leite, nasce atrás do décimo dentinho (o segundo molar), lá no fundo da boca, é pouco visível e, às vezes, difícil de escovar. Mas é preciso atenção na higiene, porque o primeiro molar permanente é determinante para posicionar os outros dentes na arcada.
Com o aparecimento do primeiro molar, começa a troca de dentes: caem os de leite e, num intervalo de seis meses, mais ou menos, surgem os seus correspondentes permanentes. A seqüência e a idade em que ocorre a erupção de cada dente permanente podem variar (como nos dentes de leite), mas em geral seguem a ordem abaixo.

Os últimos dentes a nascer são os do siso (terceiros molares), que só vão surgir lá pelos 18 anos, completando assim a dentição permanente:
16 dentes no arco inferior e 16 no superior.

Fase mista
Na fase de dentição mista, é preciso checar se o alinhamento dos dentes está ocorrendo de forma harmônica e se há boa oclusão. Se houver problemas, quanto mais cedo for iniciado o tratamento ortodôntico, melhores serão os resultados e menor a probabilidade de o tratamento exigir a extração de algum dente.



Referência: Oral-B.

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