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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Comédia/Texto: Up-Grade no Curriculum‏

Dê um "up grade " no seu curriculum... rsrs

Você acha que não te contratam em uma grande empresa porque o seu
currículo é muito fraquinho?

É muito simples, basta fazer algumas substituições no nome de sua profissão!

Veja agora algumas dicas para você dar um "plus", apenas falando de
seus empregos anteriores:

- Especialista em Marketing Impresso (boy do xerox).

- Supervisor Geral de Bem-Estar, Higiene e Saúde (faxineiro).

- Oficial Coordenador de Movimentação Interna (porteiro).

- Oficial Coordenador de Movimentação Noturna (vigia).

- Distribuidor de Recursos Humanos (motorista de ônibus).

- Distribuidor de Recursos Humanos VIP (motorista de táxi).

- Distribuidor Interno de Recursos Humanos (ascensorista).

- Diretora de Fluxos e Saneamento de Áreas (a tia que limpa o banheiro).

- Especialista em Logística de Energia Combustível (frentista).

- Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (peão de obra).

- Segundo Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (coitado...).

- Pesqu isa dor de H2O nas profundezas terrestres (furador de poço).

- Especialista em Logística de Documentos (office-boy).

- Especialista Avançado em Logística de Documentos (moto-boy).

- Consultor de Assuntos Gerais e Não Específicos (vidente).

- Técnico de Marketing Direcionado (distribuidor de santinho nas esquinas).

- Especialista em Logística de Alimentos (garçom).

- Coordenador de Fluxo de Artigos Esportivos (gandula).

- Distribuidor de Produtos Alternativos de Alta Rotatividade (camelô).

- Técnico Saneador de Vias Publicas (gari).

- Especialista em Entretenimento Masculino (prostituta).

- Especialista em Entretenimento Masculino Sênior (prostituta de luxo).

- Dublê de Especialista em Entretenimento Masculino (travesti).

- Supervisor dos Serviços de Entretenimento Masculino (cafetão).

- Técnico em Redistribuição de Renda (ladrão)

Pesquisa: " O Mau Hálito e o Profissional da Área de Saúde"

:: Resumo

A ABPO (Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca) realizou uma pesquisa em âmbito nacional, intitulada: "O mau hálito e o profissional da área de saúde", cujo objetivo foi avaliar como esses profissionais, mais especificamente médicos e cirurgiões-dentistas, têm atuado frente a este problema, ou seja, seus conhecimentos técnico-científicos sobre halitose, termo científico dado ao mau hálito.

A pesquisa foi realizada através de um questionário contendo questões objetivas que, de início, identificava os profissionais em seu campo de atuação, seus principais conceitos em relação às origens da halitose, sua conduta frente aos pacientes, principais exames solicitados, procedimentos realizados, etc.

A pesquisa abrangeu 200 (duzentos) questionários, em 08 cidades de todo o Brasil, sendo 131 (65,5%) cirurgiões-dentistas e 69 (34,5%) médicos.

Sabe-se que mais de 90% dos casos de mau hálito originam-se na cavidade bucal. Com o intuito de avaliar o que os profissionais da área de saúde sabem a respeito disso, foi perguntado na pesquisa onde se originava o mau hálito, ou seja, a causa mais comum, e os resultados obtidos foram: 76,5% afirmam que o mau hálito origina-se na cavidade bucal principalmente, mas 14% dos entrevistados ainda acreditam que o estômago é o causador principal da halitose, seguidos de 5,5% que supõem serem as vias aéreas superiores as principais responsáveis. Como segunda causa do mau hálito figura o estômago novamente, agora com 40 % dos casos, ou seja, uma grande porcentagem dos profissionais ainda acredita ser o estômago um grande responsável pelas alterações do odor bucal.

Foi possível observar ainda, através da pesquisa, que 50,5% dos entrevistados recebem com alguma freqüência pacientes com mau hálito ou com queixa de terem o problema. Os profissionais que tratam de alguma forma estes pacientes são 59,5% e os que encaminham para outros profissionais são 25%, encaminhando principalmente para dentistas (45,5%), gastroenterologistas (40,5%) e otorrinolaringologistas (32,5%).

É muito importante salientar que entre as condutas terapêuticas mais indicadas estão a amidalectomia (extração radical das amígdalas) com 11% e as cirurgias de hérnia de hiato/refluxo com 8%.

No âmbito odontológico, as principais condutas realizadas são alterações nos hábitos de higiene oral e / ou na alimentação (60%), raspagens periodontais (46,5%) e administração de antissépticos bucais (41%), a maioria das vezes contendo álcool em sua composição.

A pesquisa foi concluída com a seguinte afirmação: "O mau hálito é freqüentemente ocasionado por problemas estomacais" e, através de 05 alternativas, foi avaliado se existe verdadeiramente entre os profissionais da área de saúde este "mito", ou seja , que o estômago é o principal causador do mau hálito. Foram obtidos os seguintes resultados: 38,5% responderam que esta afirmação é falsa, que "isso ocorre em uma parcela ínfima dos casos, que esse era um grande mito na área de saúde que está sendo derrubado" (resposta mais adequada). No entanto 36,5% responderam que é verdadeiro, que "o mau hálito vem do estômago, mas vem sempre acompanhado de outras causas". Ainda 12% dos entrevistados acreditam ser falsa, pois "é impossível problema estomacal ocasionar o mau hálito".


:: Conclusão

Fica evidente que ainda existe muita desinformação entre os profissionais da área de saúde sobre o mau hálito e suas causas. Ainda há uma forte crença entre eles que o estômago provoque alterações no hálito. Isso faz com que o portador de halitose faça uma verdadeira "via sacra", consultando inúmeros profissionais, não especializados, submetendo-se a tratamentos inadequados, sem resolver seu problema. É de extrema importância divulgar para a população e para os profissionais da área de saúde que halitose tem tratamento e que existem pessoas capacitadas a tratá-la (embora ainda não exista a especialidade Halitose e, portanto, não haja especialistas nessa área). Essa divulgação deve ser feita através de ações de mídia, bem como de artigos em revistas especializadas dentro da área medico-odontológica.


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ABPO
Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca

Av. Desembargador Moreira, 2660 - Salas 116 e 117 - Aldeota
CEP: 60.170-002 - Fortaleza - CE
(85) 3087.6242 - abpo@abpo.com.br www.abpo.com.br

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pesquisa : "O Mau Hálito (Halitose) e a Qualidade de Vida"

:: Resumo

Baseados em informações fornecidas por pacientes durante as avaliações para diagnosticar as causas e conseqüências da halitose, membros da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO) observaram que muitos têm em comum a perda de qualidade de vida. A partir dessas informações, a ABPO fez uma pesquisa para saber se essa perda é uma causa ou uma conseqüência da halitose. Intitulada “O Mau Hálito e a Qualidade de Vida”, a pesquisa foi realizada em âmbito nacional.

Ela foi realizada em clínicas particulares da região sudeste, nordeste e centro-oeste do Brasil, perfazendo um total de 127 entrevistados, através de um questionário contendo questões objetivas. Sua finalidade foi conhecer o perfil do portador de halitose sob vários aspectos relacionados à qualidade de vida. Destacamos que o mesmo não nos permite estabelecer relação exata de causa e efeito. Além disso, considera-se importante salientar que todos os participantes entrevistados procuraram atendimento tendo como queixa principal halitose e que muitos responderam mais de uma opção.

RESULTADOS MAIS SIGNIFICATIVOS:

Verificou-se que 76% dos participantes foram alertados por pessoas de seu convívio social e/ou familiar, sendo 53% familiares, 26% cônjuges e 19% amigos. Embora 49% dos participantes tenham recebido o alerta com constrangimento, 48% acharam que quem o alertou fez bem, 35% interpretaram esta atitude como uma demonstração de afeto e 10% consideraram que a pessoa que o alertou foi corajosa. Constatou-se neste estudo que 99% desses participantes acham que quem tem halitose deve ser alertado. Este dado é de extrema relevância, pois derruba o mito de que a pessoa portadora da halitose se sente ofendida e de que não se deve alertar sobre o problema.

A maioria (88%) considera que a halitose tenha provocado mudanças em sua vida. Sendo 36% no âmbito social, 30% afetivo e/ou 31% profissional. Eles acreditam que a halitose os tenha tornado retraído (23%), inseguro (26%), com baixa auto-estima (14%), anti-sociais (14%), tristes (10%), deprimidos (5%) e/ou extremamente triste (3%).

Um outro fator significativo foi o grande número de pessoas que relataram roncarem (78%). O ronco na maioria das vezes está associado a uma má qualidade de vida, como, por exemplo, o ganho de peso, cansaço excessivo e ingestão de bebidas alcoólicas, podendo ainda ser fruto de obstruções mecânicas / alérgicas das vias aéreas superiores (desvio de septo, adenóide, hipertrofia de cornetos ou rinite). Outro dado importante foi o número de sedentários (52%), o que pode denotar uma má qualidade de vida.

Por fim, 92% dos pacientes pesquisados revelaram que a halitose prejudica sua qualidade de vida, sendo que 64% destes classificaram este prejuízo como “muito” ou “totalmente”.

Pôde-se verificar através desta pesquisa que muito embora halitose não seja uma doença, ela costuma provocar mudanças no padrão comportamental do indivíduo e que estas acabam por afetar suas relações inter-pessoais, sua segurança, espontaneidade e auto estima, o que termina por comprometer a sua saúde emocional. Sabe-se que a saúde emocional é de fundamental importância para todos os aspectos da vida do indivíduo e, portanto, podemos afirmar que todos os profissionais da área da saúde, em especial médicos, dentistas e psicólogos devem dar uma atenção especial a esta queixa em seus pacientes.

Outro fator importante que a pesquisa revelou é que a população deve, sim, falar abertamente sobre este assunto e avisar, sem receios, a pessoa que possui o hálito alterado. Os benefícios deste ato serão bem maiores que quaisquer constrangimentos que possam haver, pois a pesquisa revelou que, após sentirem um eventual constrangimento, 93% dos portadores de mau hálito desenvolveram um sentimento de gratidão e admiração com relação à pessoa que lhes avisou, por terem sido comunicadas de seu problema e permitir-lhes assim, procurar ajuda.


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ABPO
Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca

Av. Desembargador Moreira, 2660 - Salas 116 e 117 - Aldeota
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sábado, 19 de setembro de 2009

Filantropia: Um estudo de caso numa Instituição Hospitalar Brasileira

Título: Filantropia: Um Estudo de caso numa Instituição Hospitalar Brasileira


Autores: Fernando Nascimento Zatta (*)

Hercules Vander de Lima Freire (**)

Marcio Luiz de Castro (***)

Moises Brasil Coser (****)

Antonio Donizetti Sgarbi (*****)

Alexsandro Broedel Lopes


País: Brasil

Instituições de Ensino:

FUCAPE – Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças;


(*) Mestrando da FUCAPE e Professor da FABAVI – Faculdade Batista de Vitória;

(**) Mestrando da FUCAPE e Professor da UVV e da FACE;

(***) Mestrando da FUCAPE

(****) Mestrando da FUCAPE Professor da FACE – Faculdade Casa do Estudante.

(*****) Professor da FUCAPE



E-mail: fucape@fucape.br

fzatta@hotmail.com

hercules@uvv.br

marcio.castro@santarita.org.br

moises.coser@garoto.com.br


Palavras chaves: entidades sem fins lucrativos, filantropia, hospital e Sistema Único de Saúde (SUS).

Tema: Costos em Servicios de Salud.


Recursos audiovisuais: projetor multimídia, microcomputador com Microsoft power point e tela para projeção.


Título: Filantropia: Um Estudo de caso numa Instituição Hospitalar Brasileira.


Palavras chaves: entidades sem fins lucrativos, filantropia, hospital e Sistema Único de Saúde (SUS).


Tema: Costos em Servicios de Salud.

Resumo
Para o exercício de suas atividades, as Instituições Filantrópicas hospitalares utilizam-se de concessão de Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos, o qual as beneficia com a imunidade tributária sobre seus respectivos patrimônios, rendas ou serviços. Por outro lado as obrigam a destinar 60% de sua capacidade operacional para atendimento ao SUS – Sistema Único de Saúde, ou 20% dos atendimentos totais em serviços gratuitos à população. È objetivo deste trabalho, identificar quem em última análise, é o maior beneficiado com as concessões do atestado de filantropia: o poder concedente ou as instituições beneficiárias. Para tanto desenvolveu-se um “Modelo” para determinação do ponto de equilíbrio, entre o valor das isenções fiscais e os déficits gerados pelo atendimento ao SUS. Esse “Modelo” foi testado na instituição objeto do estudo e poderá ser adaptado para outras de mesma finalidade. Os resultados encontrados contradizem o senso comum de que a difícil situação econômico-financeira por que atualmente passam as instituições filantrópicas hospitalares, é provocada pela obrigatoriedade de atendimento ao SUS.


1 - Introdução
A história do desenvolvimento da sociedade brasileira demonstra que a atuação do Governo em algumas funções essenciais, como segurança, saúde e educação, não têm apresentado benefícios à sociedade e como conseqüência resulta em desigualdades sociais. Essas estratificam e contribuem para o aumento da pobreza e da miséria em proporções alarmantes.

Na área de saúde, as instituições filantrópicas apresentaram-se como alternativas de solução, oferecendo descentralização e operação de hospitais de forma geral. Tendo em vista a existência dessas instituições, o Governo, na implementação do SUS, utilizou-se dessas instituições para descentralizar e operar o sistema nacional de saúde.

Dados da Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), mostram que as instituições filantrópicas hospitalares totalizam 2,6 mil e representam aproximadamente 57% dos leitos atualmente oferecidos ao SUS. Apesar desta representatividade, as instituições filantrópicas hospitalares brasileiras têm apresentado em sua maioria, resultados operacionais deficitários. Na Tabela 1 são evidenciados os resultados das quatro maiores instituições filantrópicas hospitalares brasileiras.

Tomou-se como parâmetro para definir o tamanho das instituições a receita operacional bruta. Observou-se que dos quatro hospitais, três apresentaram déficit operacional.

O Estado do Espírito Santo possui duas grandes instituições filantrópicas hospitalares localizadas na região metropolitana da Grande Vitória. Esses hospitais atendem pacientes de todo o Estado. Em que pese à representatividade desses hospitais, seus resultados se apresentam de forma semelhante às quatro maiores instituições brasileiras.


Diante do quadro econômico-financeiro em que se encontra o segmento de saúde no Estado, o Sindicato e a Associação dos Hospitais, juntaram forças no sentido de sensibilizar a população e as autoridades estadual e federal no sentido de estabelecer a revisão dos valores nas tabelas de comercialização de medicamentos, diárias e taxas, bem como dos valores praticados pelos convênios (seguradoras de saúde e planos particulares) e pelo SUS. A comercialização de medicamentos, diárias e taxas constituem-se na principal fonte de receita.

Antevendo o quadro em que atualmente se encontra o setor de saúde do Estado, o SINDHES -Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado do Espírito Santo tornou público mediante denúncia formalizada à Promotoria de Justiça e ao Ministério Público Estadual, na qual detalha e aponta os riscos de um colapso na rede hospitalar:

[...] em um momento onde os hospitais públicos e filantrópicos afirmam estarem em situação insustentável, os hospitais particulares vem denunciar a grave possibilidade de ocorrer uma falência generalizada no sistema hospitalar da Grande Vitória, caso o equilíbrio econômico entre as partes envolvidas não venha a ser restabelecido. [...] certamente que por ser a ministração da saúde dever do Estado, art. 196 da C.F., bem como a existência de um colapso na rede hospitalar privada, obrigar o Estado a suportar uma demanda para a qual não está preparado, ressaltando-se ainda que os consumidores, a exemplo dos hospitais, serão os derrotados na crise que ora se apresenta. [...] o passivo acumulado pela perda de receita, bem como pelo aumento das despesas, tem gerado um déficit aos hospitais, cujo fim aponta para o fechamento, em curtíssimo prazo, de inúmeros estabelecimentos de saúde que prestam serviço aos Planos de Saúde, aos SUS e a comunidade em geral, causando assim uma crise sem precedentes na saúde de nosso Estado. (SINDHES, 2002).

A crise apontada pelo sindicato pode ser evidenciada pela descontinuidade do Hospital São José, em Vitória - ES. Desde outubro de 2002 o hospital que tinha como principal comprador de seus serviços o SUS se encontra com suas atividades paralisadas.

O SUS é considerado o principal comprador de serviço das instituições filantrópicas hospitalares. Este Sistema é constituído pelo conjunto de órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais da administração pública direta e indireta e pelas fundações mantidas pelo Poder Público, regido pela Lei n. º 8.080/90.

As instituições filantrópicas hospitalares para o exercício de suas atividades se utilizam da concessão do Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos. Este certificado tem o benefício da imunidade tributária sobre o patrimônio, as rendas e os serviços a ele vinculados. Em contrapartida, as entidades filantrópicas ficam obrigadas a destinar 60% de sua capacidade operacional para atendimento a pacientes do SUS, ou se obrigam a aplicar anualmente 20% de sua receita bruta (venda de serviços + receitas financeiras + receitas provenientes de locação de bens não integrantes do ativo imobilizado + doações particulares) em atendimento gratuito à população. (PANORAMA SETORIAL, 1999).

A filosofia que fundamenta o Sistema Único de Saúde está assentada no conceito de “atenção à saúde”. Este conceito encerra todo o conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em todos os níveis de governo.

Diante da abordagem e dos resultados evidenciados pelas instituições, demonstrados na Tabela 1, o presente trabalho apresenta a seguinte questão-problema:

As concessões de benefícios fiscais e a obrigatoriedade de atendimento ao SUS apontam desvantagens econômicas para os hospitais filantrópicos?

Assim, é objetivo deste trabalho, identificar quem, em última análise, é o maior beneficiado com as concessões do atestado de filantropia: o governo ou as instituições que os detêm. Para discutir esta questão, utilizar-se-á de um estudo de caso.

2 - Aspectos conceituais
Hospital é um tipo específico de estabelecimento de saúde, constituindo-se em uma parcela de toda a infra-estrutura de serviços de atenção à saúde. Inclui-se neste contexto, os postos e os centros de saúde, as policlínicas, os pronto-socorros e os ambulatórios a disposição da população. Diferencia-se dos demais estabelecimentos de saúde, pela possibilidade de oferecer leitos para internação de pacientes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), hospital é:

[...] parte integrante de uma organização médica e social, cuja missão consiste em proporcionar às populações uma assistência médico-sanitária completa, tanto curativa como preventiva, e cujos serviços externos irradiam até o âmbito familiar é também um centro de formação de pessoal, médico-sanitário e de investigação biossocial. (PANORAMA SETORIAL, 1999).

Segundo Teixeira (2000, p. 5), os hospitais são considerados perante o mercado empresa prestadora de serviços na área da saúde, tendo como principais compradores de seus serviços, as administradoras de planos de Saúde, as pessoas físicas e o SUS. Este modelo de hospital normalmente é mantido por uma associação civil sem fins lucrativos.

Para Martins (2000, p. 2) uma associação civil é constituída a partir de um grupo de pessoas que tem como objetivo a prestação de serviços à sociedade ou a consecução de um objetivo comum. Esse agrupamento de pessoas pode adquirir personalidade jurídica, com os benefícios e condições específicas inerentes às pessoas jurídicas. Uma vez constituída regularmente, as entidades associativas têm legitimidade para representar seus filiados judiciais e extrajudicialmente.
Martins (2000, p. 5) ainda conceitua a associação como sendo, “toda agremiação ou união de pessoas, promovida com um fim determinado, seja de ordem beneficente, literária, científica, artística, recreativa, desportiva ou política.”
Essas associações civis não visam lucro e são comuns no ramo da saúde, mais precisamente na assistência hospitalar, como é o caso das Santas Casas de Misericórdia. São entidades denominadas associações civis filantrópicas.

Neste trabalho, o objeto de estudo são as instituições de cunho filantrópico. A qualificação das pessoas jurídicas de direito privado, em atividades sem fins lucrativos, necessitam de adaptação estatutária para compreender os objetivos sociais e para atender os requisitos impostos pela legislação. Para tanto, não podem distribuir entre seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferido mediante o exercício de suas atividades, devendo ainda aplicar integralmente a receita excedente na consecução de seus objetivos sociais (TEIXEIRA, 2000).
Teixeira (2000, p. 5) afirma ainda que uma vez cumpridos os requisitos estabelecidos, o reconhecimento da imunidade/isenção, no caso das entidades sem fins lucrativos, passa a ser uma obrigação legal do poder público. Assim, o benefício fiscal somente pode revogado por meio de emenda constitucional que altere o respectivo dispositivo.

Os requisitos para que uma instituição usufrua os benefícios da imunidade tributária, são:

Aplicar, anualmente, 20% de sua receita total bruta (venda de serviços e outras receitas), em atendimentos gratuitos a população de baixa renda ou efetuar atendimentos no mínimo 60% da capacidade operacional instalada do estabelecimento ao SUS - Sistema Único de Saúde. (ANÁLISE SETORIAL, 2000).

Segundo Merege (1999, p. 2), no Brasil, embora não haja registros oficiais, estima-se existir cerca de 200 mil Organizações Não Governamentais (ONGs), as quais empregam dois milhões de pessoas. Afirma ainda que o Brasil se posiciona muito aquém de outros países, a exemplo dos Estados Unidos, que hoje, empregam nesse setor cerca de 12 milhões de trabalhadores e movimentam em torno de US$ 600 bilhões anualmente. Cita também que esse fenômeno não é localizado nos Estados Unidos e que países como Itália, França e Alemanha movimentam acima de 3% dos seus produtos internos brutos – PIB, com esse tipo de Organização.

O SUS é fundamentado na filosofia do conceito de “atenção à saúde”. Este conceito encerra todo o conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em todos os níveis de governo.

O sistema Único de Saúde tem por base três princípios (Análise setorial, 1999):
universalização do acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência, além de sua integridade (conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos individuais e coletivos);
descentralização político-administrativa, com ênfase nos de serviços e direcionados aos municípios e regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico e participação da comunidade.
No aspecto comercial, o SUS mantém grande dependência das instituições filantrópicas hospitalares, que atualmente fornece cerca de 60% do total das internações oferecidas a população.

Segundo a Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), de acordo com o Panorama Setorial (2000, p. 12), para esses 60% de internações fornecidas, os valores despendidos pelo SUS com esse serviço representam apenas 52% dos gastos desta especialidade. Este dado é um indicativo de um dos principais motivos para a grave crise econômico-financeira por que atravessam essas as instituições hospitalares filantrópicas.

As instituições filantrópicas hospitalares são beneficiadas pelo princípio da imunidade tributária sobre os respectivos patrimônios, renda ou serviços, nos termos da letra ”c”, inciso VI, do art. 150 da Constituição Federal. Assim, todas as instituições sem fins lucrativos, incluídas as da área de saúde, estão isentas de qualquer tipo de imposto.

Assim, as instituições que atenderem aos requisitos face ao Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos, ficam isentas da contribuição a cargo da empresa, destinadas á Seguridade Social, de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados e aos demais que prestem serviços à instituição desde que comprovadamente promovam em caráter exclusivo e gratuito, assistência social beneficente as pessoas carentes. Estão isentas também da contribuição ao Cofins/Finsocial, em percentual de 2%. Assim, a carga tributária incidente sobre as atividades das instituições hospitalares filantrópicas hospitalares, resume-se ao IPI, ICMS, ISS, fornecimento de água energia elétrica, etc. referentes aos produtos, materiais e serviços por ela utilizados. (PAES, 2000).

As aplicações financeiras também estão sujeitas à tributação do Imposto de Renda sobre os rendimentos e ganhos de capital. (Lei nº 9.532/97).

O SUS, conforme a Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 194 atende o conceito de seguridade no setor de saúde. As ações de iniciativa pública no campo da saúde estão assentadas no estabelecimento do Sistema Único de Saúde, previsto no artigo 198 da Constituição e instituído através da Lei federal nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. O SUS é organizados de forma regionalizada e hierarquizados em níveis de complexidade crescentes. Sua direção é única em cada esfera de governo, sendo exercida pelo Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde. Portanto, o SUS é de responsabilidade das três esferas de governo: federal, estadual e municipal, cujo pressuposto é viabilizar e garantir fontes estáveis e suficientes de recursos para o setor de saúde. (PANORAMA SETORIAL, 1999).


3 - Metodologia

A metodologia usada neste trabalho pode ser classificada como empírico-analítica. Martins (2000, p. 26) advoga que:

[...] a utilização de técnicas de coleta, tratamento e análise de dados marcadamente quantitativa. (...) têm caráter técnico, restaurador e incrementalista. (...) a validação da prova científica é obtida através de instrumentos, graus de significância e sistematização das definições operacionais.

Assim, este estudo foi realizado mediante observação empírica. Utilizou-se a metodologia de estudo de caso aplicado numa entidade hospitalar situada na região da Grande Vitória.

A fundamentação bibliográfica foi uma outra preocupação e consistiu no exame da literatura sobre o tema por meio de publicações em trabalhos na área hospitalar, revistas e periódicos, para responder a questão-problema e buscar as evidências para prover a conclusão sobre as observações levantadas haja vista que a área hospitalar carece de trabalhos científicos publicados.

Os dados históricos são provenientes dos demonstrativos contábeis mantidos em reais. A pesquisa foi elaborada por meio de análise das demonstrações contábeis da instituição: Balanço Patrimonial, Demonstrações de Resultado dos Exercícios e Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2001, bem como de outros relatórios estatísticos. O período de um ano utilizado como base para os cálculos foi julgado consistente para as respostas e conclusões. Optou-se por trabalhar com o ano de 2001 por ser o período mais recente e cujas demonstrações contábeis já se encontravam analisadas.


4 - Seleção da Amostra

A pesquisa teve como seqüência:

Apuração de receita e despesas por categoria: (i) quanto à categoria das receitas, em: faturamento total, faturamento líquido e lucro líquido; (ii) quanto à categoria das despesas, em: despesas com pessoal, serviços autônomos e despesas com suprimentos.
O objetivo da separação foi o de classificar os resultados por categoria, para a determinação da base de incidência tributária, ou seja, a base tributável e a base beneficiada pela isenção tributária conforme demonstrado na Tabela 2 a seguir.
Apuração do resultado por cliente:
O atendimento ao SUS foi identificado pela composição de vinte especialidades patológicas. Apurou-se suas receitas e as despesas e a elas associadas e seus respectivos quantitativos (procedimentos) físicos mensais e acumulados no período de doze meses, obtendo dessa forma o resultado, conforme demonstrado na Tabela 4.
Quanto aos convênios e atendimentos a particulares (administradoras de seguros de saúde e pessoas físicas), as respectivas receitas e despesas e respectivos procedimentos, mensais e acumulados no mesmo período, estão demonstrados na Tabela 4.
Para a determinação dos benefícios fiscais provenientes da manutenção do atestado de filantropia identificou-se os tributos e seus respectivos percentuais de isenção sobre os resultados gerados pela instituição. A partir destes dados elaborou-se um quadro comparativo, buscando assim identificar o valor do benefício fiscal comparado à base tributada (sem benefícios fiscais), aplicada em ambos os casos, sobre os resultados apurados no ano de 2001 da instituição pesquisada, conforme demonstrado na Tabela 3, ou seja, demonstra-se o resultado do confronto entre o resultado gerado pelos atendimentos ao SUS e os valores que deixaram de ser desembolsados com impostos e taxas, em função das isenções providas pela manutenção do “Atestado de Filantropia”.
Na segunda etapa da pesquisa, procurou-se com os dados levantados na primeira etapa, elaborar um “Modelo” para a identificação do ponto de equilíbrio econômico entre o déficit gerado pelos atendimentos ao SUS e os valores que deixam de ser desembolsados pela isenção. Para o desenvolvimento do modelo foi utilizado como ferramenta a planilha Microsoft Excel.

5 - Estudo de Caso do Hospital Santa Rita de Cássia - HSRC

5.1 - Breve histórico da instituição

A Associação Feminina de Combate ao Câncer – AFECC, mantenedora do Hospital Santa Rita de Cássia é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1952 com o objetivo principal de prevenir e combater o câncer. Em âmbito nacional, ocupa o 9º lugar, no que concerne a qualidade dos serviços prestados à comunidade. O Hospital Santa Rita, hoje uma das maiores estruturas hospitalares do Espírito Santo teve sua construção iniciada há 31 anos.

O Hospital mantém corpo funcional na ordem de 850 funcionários e 400 médicos. As principais atividades são mantidas na área de clínica geral, e referência no tratamento oncológico. Seu último demonstrativo financeiro referente ao exercício de 2001 consignou o faturamento bruto de R$ 34,8 milhões, resultado operacional de R$ 1,3 milhões e um lucro líquido de R$ 749 mil.


6 - Análise dos Resultados

6.1 - Primeira etapa da pesquisa

A Tabela 2 mostra a segregação das receitas e despesas acumuladas no exercício de 2001. Estes dados servem de base para Tabela 3, onde são apresentados os tributos sobre cada categoria de resultado, isento e tributável.


A Tabela 3 evidencia os valores dos benefícios fiscais provenientes da manutenção do atestado de filantropia. Para este levantamento utilizou-se o valor apresentado na Tabela 2 e sobre eles se aplicou o percentual de impostos determinados por lei.

Demonstra-se que os valores das isenções para uma instituição com benefícios fiscais são de R$ 8.264.852,00 e outra sem benefícios fiscais soma o total de R$ 1.003.247,00.


Na Tabela 4 apurou-se o resultado final por comprador de serviço, ou seja, os resultados provenientes da venda de serviços ao SUS, aos convênios e a particulares. Os dados evidenciam que os serviços vendidos ao SUS apresentam um déficit na ordem de R$ 10.675.706,00.


Confrontando os valores que deixaram de ser recolhidos em impostos, com o resultado dos serviços vendidos ao SUS, tem-se como resultado um déficit no valor de R$ 2.410.762,00, conforme mostrado na Tabela 6.

O atendimento ao SUS, totalizou 292.405 mil procedimentos, ou seja, correspondente a 71% de todos os atendimentos, quando o percentual mínimo deveria ter sido de 60%.

6.2 - Segunda etapa da pesquisa

A segunda etapa da pesquisa teve como objetivo a elaboração do “Modelo” para a identificação do ponto de equilíbrio econômico entre o déficit gerado pelos atendimentos ao SUS e os valores que deixaram de ser desembolsados com o pagamento de tributos, devidos à manutenção do “Atestado de Filantropia”.

Seqüência para montagem do “Modelo”:

1 - Entrada dos dados: A montagem da planilha teve como base a DRE – Demonstração de Resultados do Exercício de 2001. Às informações relacionadas na DRE foram adicionadas aos dados relativos aos quantitativos das áreas de produção (números de procedimentos), bem como, seus custos e receitas conforme a Tabela 5.

2 - Instruções para preenchimento:

2.1 – Número 1 - Número de procedimentos executados por tipo de cliente, ou seja, proveniente do SUS, convênio e particular;

2.2 – Número 2 - Valor unitário médio das receitas de procedimentos executados por cliente;

2.3 – Número 3 - Valor unitário médio dos custos de procedimentos executados por cliente;

2.4 – Numero 4 - Definição dos itens de despesas por cliente.

3 – Saída dos dados Tabela 6: processamento dos dados provenientes da planilha “Entrada de Dados” conforme a Tabela 5.

4 – Detalhamento das informações geradas a partir do “Modelo”:

4.1 – Número 1 – Mostra o percentual de atendimento para cada cliente. Estes percentuais podem ser alterados até que o campo 4 esteja apresentando o número zero. Nessa condição estarão em equilíbrio os valores que deixaram de ser recolhidos em impostos pela instituição mantenedora do atestado de filantropia e os déficits causados pelos atendimentos ao SUS. Para o teste do ponto de equilíbrio foi usada a ferramenta do Microsoft Excel, atingir metas.

4.2 – Número 2 – Resultado final da instituição. Esse resultado varia de acordo com percentual de atendimento de cada cliente.

4.3 – Número 3 – Define o valor total das isenções. Esse resultado depende do percentual de atendimento a cada cliente e dos valores totais de receita e despesas gerados pelos atendimentos.

4.4 – Número 4 – Define o ponto de equilíbrio dos percentuais de atendimento. O valor zero indica que o valor das isenções providas pelo “atestado de filantropia” é igual ao déficit gerado pelo atendimento ao SUS. Valores negativos indicam desvantagem para a instituição que mantêm o atestado de filantropia e vantagem para o Governo.

4.5 – Número 5 – Define o valor total dos déficits gerados pelo atendimento ao SUS. Esse valor varia de acordo com o percentual de atendimento aos clientes, conforme definido no “Número – 1”.

O teste apresentado na Tabela 6 mostra o atendimento real do hospital em estudo no ano de 2001, aos três compradores de serviços. Evidencia para o atendimento ao SUS – Sistema Único de Saúde, no percentual de 71%, ou seja, 11% acima do percentual contratado através das regras definidas no “Atestado de Filantropia”. Neste caso o valor das isenções foi R$ 2.410.762,00, sendo esta, inferior aos déficits gerados pelo atendimento ao SUS.

O teste mostrado na Tabela 7 evidencia que se o hospital tivesse mantido o atendimento do SUS – Sistema Único de Saúde no percentual de 60%, conforme definido nas regras que o “Atestado de Filantropia” propõe, o valor das isenções seria R$ 1.323.642,00 superior aos déficits gerado pelo atendimento ao SUS, considerando nesse caso que a oferta de serviços seria absorvida pelos Convênios.


O teste mostrado na Tabela 8 evidencia o ponto de equilíbrio para os atendimentos ao SUS. Este equilíbrio se dá com 63,9% de atendimentos ao SUS, isto é, neste momento o valor das isenções providas pelo atestado de filantropia se iguala ao valor dos déficits gerados pelos atendimentos ao SUS. Para o teste do ponto de equilíbrio foi usada a ferramenta do Microsoft Excel, atingir metas.


7 - Considerações finais

Foi objetivo deste trabalho, identificar quem, em última análise, é o maior beneficiado com as concessões do atestado de filantropia: o governo ou as instituições que os detém. Para isso confeccionou-se um “Modelo” para o teste e identificação do ponto de equilíbrio em percentual, entre os valores das isenções fiscais e os déficits gerados pelo atendimento ao SUS.

Conforme apresentado na Tabela 6, a instituição pesquisada manteve um atendimento ao SUS – Sistema Único de Saúde no ano de 2001, na ordem de 71%, ou seja, 11% acima do contratado através das regras do “Atestado de Filantropia”. Nesse caso, o maior beneficiado foi o governo. A Tabela 7 mostra que se os atendimentos fossem mantidos em 60%, conforme contratado por meio das regras determinadas pelo “Atestado de Filantropia”, o maior beneficiado seria a instituição pesquisada e conforme Tabela 8, o ponto de equilíbrio se dá com 63,9% dos atendimentos ao SUS.

Como resultados gerais e diante das evidências apresentadas no decorrer da pesquisa foi constatado que atender ao SUS dentro das regras impostas pelo atestado de filantropia é economicamente viável para a instituição beneficiada pela concessão. Isso, portanto, contradiz o senso comum de que o principal responsável pela difícil situação econômica das instituições filantrópicas brasileiras é a prestação de serviço ao SUS.

O trabalho de pesquisa limitou-se apenas ano de 2001 por ser este o período mais recente e cujas demonstrações contábeis já se encontravam auditadas. Os demais exercícios sociais, anteriores ao de 2001 os resultados econômico-financeiros não apresentam diferenças significativas.

Limitou-se ao Hospital Santa Rita, considerando-se a estrutura física compartilhada para atendimento ao SUS, convênios e atendimentos a particulares (administradoras de seguros de saúde e pessoas físicas). No Espírito Santo apresenta-se com duas instituições de mesma característica, no entanto o HSRC é a maior instituição hospitalar filantrópica do Estado com o maior número de atendimento ao SUS.

Como sugestão para novas pesquisas poderia se testar por meio do modelo de simulação em outras instituições de mesma finalidade. Poderia também se identificar juntamente com Estado, o excesso de demanda de pacientes oncológicos e propor projetos para redimensionamentos da oferta de leitos. Outra pesquisa viável seria a identificação do nível de profissionalização das administrações dos hospitais filantrópicos e verificar se esse não seria um dos motivos pela difícil situação econômico-financeira por que passam estas instituições.

8 - Bibliografia

ABIFARMA. Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica. Disponível em: http://www.abifarma.com.br>.Acesso em: 01.04.2003.

ANÁLISE SETORIAL. O Mapa da Saúde no Brasil. Panorama Setorial – Gazeta Mercantil. Vol. I, mar. 2.000.

ASPECTOS FISCAIS DA FILANTROPIA. Disponível em http//www. Hcnet. usp/br/ proahsa/indicadores/ jul_setembro/pag.3-indp.htm>. Acesso em 10 jun. 2003.

ASSOCIAÇÃO CIVIL E FUNDAÇÃO – DIFERENÇAS. Disponível em: htm /www.contexto.com.br/ telacomempreartigos 3 setor.htm>. Acesso em 17 jun. 2003

AS 500 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL. Revista Exame. Jun. 2002.

AS 150 MAIORES EMPRESAS - Espírito Santo. Revista Exame. Edição 2000, ano IV, n° 4, nov. 2.000.

BALANÇO ANUAL. Gazeta Mercantil. São Paulo, ano XXVI, n.º 26, jun. 2002.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

CONTABILIDADE E INFORMAÇÃO. Conhecimento e aprendizagem. V.3, n.º 7, Ed. Uniyui, set./dez. 2.000.

CBM. CONFEDERAÇÃO DAS SANTAS CASAS. Saúde no Brasil: A crise dos números Análises. Disponível em: http://www.cbm.org.br. Acesso em: 06.05.2003.

FARIAS, Luis Otávio e MELAMED, Clarice. Segmentação de mercado na assistência à saúde. Fórum de saúde suplementar, Brasília, 2001.

FINANÇAS DOS MUNICÍPIOS CAPIXABAS. Aequus Consultoria. Ano 6, 2000.

Fiúza, Eduardo P.S e Lisboa, Marcos de B. Bens Credenciáveis e poder de mercado: Um estudo econométrico da indústria farmacêutica brasileira. XXVIII Encontro Nacional de Economia, ANPEC, Campinas, 2000.

GAZETA MERCANTIL. Balanço anual. São Paulo, ano XXVI, n. º 26 jun. 2.002.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 29.03.2003.

INPI. Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. Disponível em: http://www.inpi.gov.br. Acesso em: 04.04.2003.

IPEA. Políticas Sociais. Acompanhamento e Análises. Disponível em: http://www.ipea.gov.br . Acesso em: 06.04.2003.

MARTINS, Gilberto de Andrade e LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de monografias e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2000.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MARTINS, H. P. Aspectos técnicos da OSCIP. Disponível em: http://www.adital.or.br/aspasp2/notícia. Acesso em: 10.07.2003

MELHORES E MAIORES. As 500 maiores empresas do Brasil. Revista Exame. São Paulo: Editora Abril, 1998, 1999, 2000, 2001 E 2002.

MEREGE, Josenir. Administrador Profissional. Disponível http://www.cmb.or.br/informativos/gestao. Acesso em 10.07.2003.

NOTÍCIAS HOSPITALARES. Gestão de saúde em debate. Ano 4, n.º 37 jun./jul. 2.002.

TEIXEIRA, j., Imunidade é diferente de isenção. Disponível em: http://www. Jornalexpress.com.br/noticias/detalhes. Acesso em 09.07.2003.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Prisão de ventre, um problema mental.

São poucas e raras as doenças que provocam prisão de ventre crônica. No entanto, milhões de pessoas sofrem com este “problema” e suas conseqüências:
gases, hemorróidas, câncer de intestino, etc.

A maior parte dos órgãos do nosso corpo se importa muito pouco com a nossa vontade e trabalha independente de nosso comando. O intestino, entretanto, necessita de demonstrações diárias de carinho e atenção porque do contrário, como criança birrenta, se recusa a funcionar.

Todos os dias, geralmente após a primeira refeição, o intestino envia uma mensagem bastante clara, expressando suas necessidades.

E você, o que faz?

Nem escuta, porque está atrasado, apressado, coisas mais importantes exigem sua atenção, você não pode perder a hora, nem o transporte, mas, infelizmente, acaba perdendo a amizade de seu intestino. Ele se cansa de mandar recados, de aguardar pacientemente sua atenção, de tentar conversar com você sem ser escutado e atendido. Então, decide que você não é mais merecedor de sua atenção.

A partir daí está instituída a tragédia!

Bloqueiam-se os canais de comunicação – você não se importava com os apelos de seu intestino e agora ele nem quer ouvir falar de você. Só que é um silêncio ressentido, gasoso, ressecado, doloroso. Você culpa seu intestino: é preguiçoso, mal humorado, não funciona, “minha barriga parece um tambor”.

Bem feito!

Eu quero ver você fazer isso com sua voluntariosa bexiga. Tente segurar a urina durante um dia inteiro e a bexiga vai lhe proporcionar o grande vexame do ano!

Dê um tempo para o seu intestino. Batom, gravata, aparência, são necessários. Mas cinco minutos para seu grande amigo também é muito importante.

No início, é claro, você terá de se curvar à vontade do intestino. Só vai funcionar quando quiser. Mas depois, com o retorno da amizade entre vocês, será possível fazer com que ele compreenda que horários têm um peso em sua vida.

Não se preocupe com as dificuldades desta reconquista. O intestino tem muitos metros de elástica compreensão. Tudo voltará ao normal, se você quiser.

Tente. Vale a pena. Seu intestino agradece.

FONTE:RHVIDA _www.rhvida.com.br

Varizes: Quam mandou ficar de pé?


O ser humano, sempre querendo ser diferente dos outros animais, resolveu desafiar também a lei da gravidade e saiu da posição em quatro patas e decidiu ficar de pé. Esta decisão trouxe muitos benefícios – maior alcance visual e dos membros superiores, localização do inimigo e do alimento, etc. Mas alguns malefícios - como as dores lombares e as varizes - foram inevitáveis.

Já sabemos que o sangue sai do coração com muita pressão, que corre pelas artérias com grande intensidade, chegando aos mais profundos recônditos do organismo. Mas na hora de voltar, o retorno deste sangue se dá através das veias, já quase sem pressão alguma. E o que é pior: escalando as pernas!

O sangue precisa voltar para o coração de qualquer jeito (tem que ser reenviado aos pulmões, para eliminar o gás carbônico e se abastecer de oxigênio). Acontece que a baixa pressão dentro das veias, aliada à luta contra a força da gravidade - que empurra o sangue para baixo - não auxiliam de maneira eficiente este movimento para cima. Desta forma, as veias buscam ajuda em estruturas próprias que auxiliam no transporte do sangue. Estas estruturas são denominadas válvulas, que se abrem (deixando o sangue subir) e se fecham (não permitindo que volte), empurrando-o para cima, em direção ao coração, na guerra contra a ação da gravidade.

Os músculos são os grandes amigos das veias, porque seus movimentos ajudam o sangue a circular dentro destas estruturas. Por isto é bom andar, porque movimenta os músculos, desloca o sangue, ajuda as veias. E por isto não é bom ficar em pé, parado, porque “congela” os músculos, provoca a estagnação do sangue, sobrecarrega as válvulas, dilata as veias.

E aí surgem as varizes, quando estas válvulas apresentam “defeitos” e não se fecham completamente, permitindo que parte do sangue que deveria estar subindo fique estagnado, aumentando a pressão dentro das veias. Esta elevação da pressão se transmite para as veias menores, mais superficiais, que se dilatam e criam as esfuziantes linhas azuis na pele. De repente, quando você olha, está desenhado na sua perna o verdadeiro mapa do inferno, com direito a diabinhos incendiários, que ficam sentados nas varizes espetando as pernas, provocando, nos membros inferiores, a sensação de peso (sangue parado), inchação (líquidos que saíram das veias por causa da grande pressão lá dentro) e queimação (nervos comprimidos).
Surgem então os assim denominados “vasos”, que podem se apresentar como um aglomerado de pequenas veias ou então grossos cordões que parecem saltar da pele.

As dores, inchação ou a sensação de peso nas pernas não guardam relação com o tamanho das varizes; pernas com varizes grossas podem não apresentar nenhuma dor, enquanto que outras com varizes inaparentes podem padecer de grande desconforto.

E por que as válvulas das veias passam a funcionar mal?

O fator genético é o principal responsável. Se você tem familiares com problemas de varizes, pode se preparar: vai ser difícil escapar.

E se você for mulher, piorou. Como decorrência das tempestades hormonais às quais as mulheres são submetidas, (acrescido do uso de anticoncepcionais e gravidez) o volume de líquidos circulantes aumenta bastante e sobrecarrega mais ainda as veias.

Então tá, entendi tudo: é inevitável, relaxo e deixo rolar?
Nada disto!
Existem alguns hábitos que você pode incorporar ao seu dia a dia e que vão melhorar muito as conseqüências de ter varizes e talvez até prevenir seu aparecimento.

1. Evite ficar em pé, parado(a), apoiado(a) em ambas as pernas. As veias dependem do movimento dos músculos da perna para ajudá-las a empurrar o sangue para cima. Use um apoio (uma barra, um degrau, uma caixa) para revezar as pernas. O tempo para apoiar cada perna é determinado pelo seu conforto.

2. Evite ficar sentado muito tempo, com as pernas na mesma posição. Verifique se a parte de trás de suas coxas não está sendo espremida pela borda da cadeira.

3. Converse com seu médico sobre o uso de meia elástica. Mas se for usá-las, não se esqueça de colocar as meias antes de se levantar da cama. Quando você se levanta de manhã e fica em pé, o sangue já começa a ficar preso nas pernas, o que reduz a eficiência da meia. Se você não dispensa o banho de manhã, coloque as meias depois de tomar banho. Mas fique deitado(a) mais ou menos 10 minutos com as pernas elevadas em 45º antes de colocar as meias, e somente depois fique em pé.

4. Se você fica muito tempo sentado(a), faça o seguinte exercício (várias vezes ao dia): apóie o calcanhar no chão e movimente as pernas como se estivesse usando o pedal da máquina de costura da vovó. Pode ser com as duas pernas ao mesmo tempo ou uma de cada vez.

5. Aquela velha e eficiente história: faça exercícios e não engorde!

6. Por mais lindo que possa parecer, as mulheres não devem usar saltos muito altos, porque os músculos das pernas ficam permanentemente contraídos, espremendo as veias ao invés de ajudá-las a transportar o sangue. Intercale saltos altos com sapatos mais baixinhos.

Estes são hábitos simples que vão auxiliar na prevenção e redução dos problemas decorrentes das varizes.

E, é claro, não deixe de consultar seu médico!


FONTE: RHVIDA _www.rhvida.com.br

Ergonomia - Auto check-list básico da estação de trabalho com computadores




Nós vivemos cobrando da empresa onde trabalhamos que nos proporcione bons salários, múltiplos benefícios, treinamentos, conforto, educação, segurança, saúde, desenvolvimento profissional, etc.

Mas nos esquecemos que ninguém, exceto nós mesmos, somos responsáveis pela busca constante do nosso bem estar.


E uma das formas de buscar bem estar no ambiente de trabalho é ficar atenta à nossa estação de trabalho e nossa postura, verificando sempre se atendem às especificações mínimas de conforto. Pequenos detalhes que nos passam desapercebidos ou aos quais não damos importância, podem ser fonte de grande sofrimento para as estruturas corporais.

Faça este pequeno check list em sua estação de trabalho e verifique se você está cuidando bem de sua saúde:


Posição do Corpo: Sim X Não

A cabeça está reta, sem desvio para a esquerda ou para a direita?
(O monitor tem que estar bem na sua frente e não na sua lateral)

Os ombros estão relaxados?
(os ombros ficam mais relaxados quando o cotovelo está apoiado nos braços da cadeira ou quando quase todo o antebraço está apoiado na mesa de trabalho, desde que tenha espaço para tudo que você utilize)

Os cotovelos estão próximos ao corpo e com um ângulo de 90º entre o braço e o antebraço?
(ângulos próximos a 90º são os mais adequados para o trabalho sentado)

Os punhos estão retos em relação às mãos e ao antebraço?
(os punhos devem estar alinhados com as mãos e os antebraços, sem desvios para qualquer lado ou para cima)

Os joelhos estão com ângulo de 90º ou maior, em relação às coxas e as pernas?
(aproveite e verifique se a borda da cadeira está comprimindo suas coxas,o que pode ser responsável por problemas de circulação do sangue)

Os pés estão bem apoiados no chão?
(não podem ficar balançando no ar nem dobrados no chão. Se a resposta for negativa, verifique a altura de sua cadeira ou solicite apoio para os pés).


Estação de Trabalho: Sim X Não

A área da estação de trabalho está adequada para conter o computador e outros materiais?
(telefone, papéis, espaço para escrever, impressora, etc)

O teclado e o mouse estão exatamente na sua frente e em uma altura compatível com seu conforto?
(o ideal é que o teclado e o mouse fiquem em uma prateleira retrátil, abaixo da bancada de trabalho, os cotovelos próximos ao tronco – 90º lembra?, os punhos retos e os ombros relaxados)

A parte superior do monitor está na altura de sua testa?
(você não deve trabalhar olhando para cima ou para baixo (nem para os lados). O ângulo de visão deve ser de 15º abaixo da linha reta testa-parte superior do monitor)

A cadeira tem mecanismos de ajuste para altura e encosto na altura da coluna dorsal-lombar?
(é importante que você possa ajustar a cadeira, como você faz no seu automóvel. A altura deve estar adequada e as costas apoiadas)

Existe suporte para documento, se você precisa dele?
(se o seu trabalho é copiar textos, suporte para os documentos a serem copiados são extremamente importantes e devem ficar bem próximos ao monitor, evitando movimentos da cabeça)

A Tela do Monitor: Sim X Não

Você está utilizando os recursos de brilho e contraste oferecidos pelo seu monitor?
(mais ou menos brilho e contraste na tela dependem de você e devem ser adaptados às suas condições de conforto visual. São melhores do que telas anti-reflexivas)

Em relação às janelas, seu monitor está posicionado de tal forma que você não tem reflexos de luz na tela?
(reflexos oriundos de janelas podem ser eliminados colocando-se cortinas que reduzam de forma eficiente a luz externa)

Em relação à iluminação do ambiente de trabalho, seu monitor está refletindo diretamente a luz das luminárias?
(se positivo, procure posicionar seu monitor de forma a não receber reflexos. Cuidado com sua cabeça, que deve ficar sempre reta, na frente do monitor)

FONTE:RHVIDA _www.rhvida.com.br

O MILAGRE DA ANESTESIA



O ano era 1846.

Estava em curso um inverno como há muito não se abatia sobre aquela cidade norte- americana.

Na ante-sala daquilo que na época era denominado centro cirúrgico, John Pers tremia, muito mais de medo do que de frio.

Sua companheira de várias semanas era uma dor de dente insuportável, já nem conseguia localizar onde doía mais, queria arrancar com as próprias mãos o lado esquerdo do rosto.

E por não dormir mais, não se alimentar mais, não viver para nada exceto para a dor, tinha concordado em se submeter à extração dentária.

Sabia o que o esperava.

Já havia assistido a algumas sessões daquele tipo específico de tortura, sentado naquele anfiteatro.
Naquela época, o cirurgião dentista se tornava renomado pela velocidade com que trabalhava, não importando se extraía um dente e destruía alguns outros ao redor. Afinal, a extração era a única opção; quando o dente adoecia, não havia nenhuma forma de tratamento.

No centro cirúrgico tudo tinha que acontecer rapidamente, ninguém poderia suportar aquilo por mais do que algumas frações de segundo. Mesmo amarrado na mesa cirúrgica, mesmo com quantidades de álcool no sangue suficientes para adormecer um boi, o paciente, já meio enlouquecido pela dor crônica de dias ou meses, era capaz de lançar longe seu algoz, com ou sem a causa da dor presa no boticão primitivo.
Mas, naquele dia daquele ano de 1846, Pers e o restante da humanidade, sem saberem, estavam caminhando sobre uma das interfaces do destino.

Alguns meses antes, durante a exibição de um grupo circense que utilizava o gás hilariante em pessoas da platéia, o dentista Horace Wells se encheu de coragem, subiu ao palco, inalou o gás e saiu pulando e rindo, pouco se importando - porque estava sob o efeito do produto químico - de que todos riam dele.

Ao passar o efeito do gás, Wells desceu as escadas, driblando os sorrisos marotos, desconfiado de que fizera alguma coisa estranha ao seu sempre discreto comportamento. Evitou olhar para sua jovem esposa que, assustada, apontava para a perna do seu marido. A calça estava encharcada de sangue e sob ela havia um grande ferimento na pele. Wells imediatamente correlacionou causa e efeito. Sob a ação do gás, não sentira dor, apesar do feio corte em sua canela.

Pers entra no centro cirúrgico, gemendo de dor e de medo, tentando controlar a agitação de suas pernas, que querem levá-lo para fora de lá.

Não dá mais tempo!

É amarrado na mesa e dois homens fortes o seguram. Pers se agarra na beirada da cama e o cirurgião dentista se aproxima com seu paletó preto cheirando a sangue e pus (naquela época, quanto mais sujo de sangue e pus estivesse o paletó, mais experiente e procurado era o cirurgião).

Ele abre a boca de Pers, olha a cavidade escura, adivinha onde estão os dentes podres, pega o boticão. Pers não consegue se mexer, o pavor o mantém paralisado, quase não são necessárias as quatro mãos de aço que o imobilizam.

O cirurgião se dirige à platéia: - Temos hoje aqui um jovem dentista que insiste em demonstrar uma técnica a qual, diz ele, vai me permitir extrair os dentes deste cavalheiro, sem dor. Todos sabem como gosto de me divertir, principalmente quando inventam absurdos. Vamos ver qual o artifício usado pelo colega.

E virando-se para Wells, disse: - O paciente é seu!
Wells olhou para Pers, que abriu a boca mas não conseguiu dizer nada.
- Você quer extrair seus dentes sem dor?

Pers só conseguiu piscar seus olhos muito arregalados, o que podia ser sim, como podia ser não. Nada mais podia se mover em seu corpo, exceto os olhos!

Wells se aproximou e fez com que Pers inalasse o gás. Pers fechou os olhos.

Wells se afastou, o cirurgião se aproximou, abriu novamente a boca do paciente, prendeu o boticão no primeiro dente e puxou.

Silêncio.

O cirurgião prendeu o boticão no segundo dente e puxou.

Nada.

O cirurgião disse: - Senhores, este homem não está morto, isto não é uma farsa.

Sabemos que, pela primeira vez na história da humanidade, dentes foram extraídos sem dor. Não sabemos se Pers sobreviveu à falta de assepsia, à hemorragia ou ao choque pós-operatório.
Mas dor, naquele momento, com certeza não sentiu.

A homens como Wells devemos os grandes avanços da ciência. Seres como ele modificam o mundo, porque identificam, no momento do acontecimento, as suas correlações e conseguem ajustar as peças do puzzle que cria os novos conhecimentos.

Hoje, apesar de ainda existir muita adrenalina circulando na cadeira do dentista, podemos nos considerar privilegiados.

Bastaria para Pers uma escova de cerdas macias, um fio dental, o flúor e algumas pitadas de disciplina e amor próprio e ele não teria sofrido tanto.
Se ele estivesse neste século, é claro!

Obs: estes fatos são verdadeiros. No entanto, foram cometidas algumas licenças históricas para contarmos esta história. Na verdade, Wells realmente descobriu a anestesia, mas, na primeira vez que foi utilizá-la, tudo deu errado. O paciente era muito gordo, Wells ainda não conhecia bem o gás e utilizou pouca quantidade do anestésico, o homem gritou muito e todos os médicos e dentistas, presentes no anfiteatro, riram dele.

A partir desta data, Wells passou a cometer delitos e se suicidou em uma cadeia em Nova York.
Nem tudo pode ser perfeito.

FONTE: RHVIDA _www.rhvida.com.br

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Entendendo o diabetes

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Pressão alta

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Humor: Soro SKOL

HUMOR: PROVA DE REDAÇÃO DA UFMG

Onde vamos parar? Vejam só o que alguns dos vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo como o tema: "A TV FORMA, INFORMA OU DEFORMA?"
A seleção foi feita pelo prof. José Roberto Mathias.

"A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação". (Deus!)

"A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação". (Fantástica!)

"A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não..." (Ah bom, uma frase sobrenatural ) .

"A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida
como também as vista" (Sem comentários ).

"A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças" (Como é que pode?).

"Sempre ou quase sempre a TV está mais perto denosco (?), fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro"
( esta é imbatível).

"A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral" (É praticamente
uma tortura !).

"A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção" (Tudo a ver).

"A TV é o oxigênio que forma nossas idéias" (Sem ela este indivíduo não pode viver).

“... por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens" (Nunca tentei dirigir uma TV).

"A TV ezerce (Puxa!!! ) poder, levando informações diárias e porque não dizer
horárias" (Esse é humorista, além de tudo).

" E nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso" (Me explica isso? ).

"A televisão leva fatos a trilhares de pessoas" (É muita gente isso, hein?).

"A TV acomoda aos tele inspectadores" (Socorro!!!).

"A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas" (Vixe!).

"A televisão pode ser definida como uma faca de trezgumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar" (onde essa criatura arrumou esta faca?).

DOUTORADO NA PUC - TEMA: 'PREGUIÇA BAIANA'


'Preguiça baiana' é faceta do racismo. A famosa 'malemolência' ou preguiça baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na PUC. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro anos.
A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de 'festa eterna'.
Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. 'Quem se diverte é o turista', diz a antropóloga.
O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas, que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatórios contra os negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia.
O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.
A imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite portuguesa, que considerava os escravos indolentes e preguiçosos, devido às suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço (como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão???.
Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da década de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de preguiçosos foi a forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos), taxando-os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de 'proteção' dos seus empregos.
Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem. 'Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o Brasil', diz Elisete. Até Caetano se contradiz quando vende uma imagem e diz: 'A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo'.
Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de lazer permanente 'Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades.'
O maior pólo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior pólo industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em cerca de 10 anos será o maior pólo industrial na América latina.
Para tirar as conclusões acerca da origem do termo 'preguiça baiana', a antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das festas não interfere no comparecimento ao trabalho. O feriado de carnaval na Bahia coincide com o do resto do país. Os recessos de final de ano também. A única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o norte e nordeste (e não só na Bahia).
Em fevereiro (Carnaval) uma empresa, cuja sede encontra-se no Pólo Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na filial citada)..
Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).
Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados 'desocupados' (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em todos os estados brasileiros. A Bahia aparece em 13° lugar.
Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor lugar para investimento industrial e turístico da América Latina, devido a fatores como incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado ainda não saturado. O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos para o estado e inflando a economia, sobretudo de Salvador, o que tem feito inflar também o mercado financeiro (bancos,financeiras e empresas prestadoras de serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria, administradoras e lojas do terceiro setor).
Temos que acabar com este estereótipo de que o baiano é preguiçoso. Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A diferença consiste na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos animação para sair, depois do expediente ou da aula, para nos divertir com os amigos.

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