O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê quase 14 mil novos casos de câncer de boca este ano. 60% em homens e 40% em mulheres. A doença costuma atingir o lábio e a cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua e assoalho da boca).
Pessoas brancas, fumantes e que costumam ingerir álcool em grande quantidade são mais propensas a esse tipo de lesão.
Vale ressaltar que próteses mal-ajustadas, incluindo as antigas dentaduras, dificultam a higiene bucal e permanentemente machucam o tecido bucal, se caracterizando mais um fator de risco, diz o doutor Luiz Fernando Lobo Leandro, cirurgião bucomaxilofacial do Hospital Santa Paula, de SP.
Lobo ressalta a importância de se ensinar e acostumar a população a fazer o auto-exame da boca, prevenindo esse tipo câncer. Quando detectado precocemente, o câncer bucal chega a apresentar 80% de tratamentos bem-sucedidos. Já quando detectada em estágio avançado, a doença tem um diagnóstico mais reservado. O uso de protetor solar labial é um bom aliado nesse tipo de prevenção.
Aqui, o especialista indica o passo-a-passo do auto-exame da boca.
Procure um espelho em local bem-iluminado. Sem pressa e atetamente, examine todas as regiões da boca, procurando por feridas que não cicatrizam em duas semanas, ulcerações indolores bolinhas brancas, pretas ou vermelhas:
Lábio - parte externa, com a boca fechada;
Lábio - parte interna, puxando o lábio;
Bochechas - com a boca levemente aberta, afaste as bochechas com os dedos,
Céu da boca - abra bem a boca e coloque a cabeça para trás. Abaixe a língua e diga R20;ahR21;;
Língua - puxe a língua para fora e depois para os lados;
Assoalho - coloque a ponta da língua no céu da boca;
Dentes e gengiva - primeiro, examine com os dentes cerrados. Depois, com a boca aberta.
Lobo diz que a presença de caroços no pescoço e rápido emagrecimento também são sinais que devem ser investigados, porque podem sinalizar que a doença está em estágio avançado. Geralmente, é o dentista quem poderia detectar a doença em estágio inicial. Mas os departamentos de Medicina Bucal dos hospitais são a melhor referência para se recorrer. Quem faz parte do grupo de risco e já passou dos 40, deve se submeter a esse tipo de exame clínico duas vezes ao ano.
ABN – Agencia Brasileira de Notícias
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