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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Odontologia _ Cálculo Salivar _Estomatologia

Cálculo Salivar

Maria Isabel Monteiro Briote
Cirurgiã-Dentista



Maria Isabel Monteiro Briote
Cirurgiã-Dentista.


Cálculo salivar? Será que existe? Já que é habitual ouvir sobre cálculos renais ou biliares, mas salivar?

É verdade, o cálculo salivar ou também denominado sialolito, é uma estrutura calcificada que se desenvolve no interior do sistema ductal salivar.

A sialolitíase é a ocorrência de concreções cálcarias nos ductos ou nas glândulas salivares.

Com a precipitação de sais de cálcio e a falta de colóides protetores, cálculos podem se formar e inibir a secreção salivar.

Tais estruturas, formam-se quase que exclusivamente nas glândulas salivares maiores, principalmente na glândula submandibular.
O sialólito pode ser redondo, oval ou alongado. Pode ter apenas alguns milímetros até 2 cm ou mais de diâmetro. O ducto envolvido pode conter uma única pedra ou muitas pedras. Usualmente é amarelo.

Os sialolitos podem ser facilmente palpáveis nas porções periféricas dos ductos salivares, e os orifícios na cavidade bucal estão freqüentemente inflamados (eritema). A pequena quantidade de saliva que é excretada é usualmente turva.

O diagnóstico baseia-se no exame clínico e radiográfico. Através de radiografias: oclusal e extra-oral, ultra-sonografias e de sialografias, muitas vezes dificultadas pela impossibilidade da introdução do contraste.

A terapêutica varia de acordo com os tamanhos dos cálculos, quando pequeno somente através da estimulação do fluxo salivar (gotas de limão) e ordenha da glândula conseguimos a sua eliminação. Na presença de cálculo não removido com a manobra anterior, sua remoção será cirúrgica.

Se estiver próximo ou na intimidade da glândula, particularmente quando múltiplos, poderá ser necessária à extirpação da glândula. O sialolito solitário geralmente não recidiva, embora casos esporádicos tenham apresentado recidivas múltiplas crônicas.


Referências Bibliográficas:

1. KIGNEL,S.Diagnóstico Bucal. São Paulo: Robe editorial,1997.

2. NEVILLE, B.W., DAMM, D.D., ALLEN, C.M. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

3. SAILER,H.F. & PAJAROLA,G.F. Cirurgia Bucal. Porto Alegre: Ed. Artmed,2000.

4. SHAFER,W.G.,HINE,M.K.,LEVY,B.M. Tratado de Patologia Bucal. 4ºed.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,1987.

5. TOMMASI,A.F.Diagnóstico em Patologia Bucal. 3º ed. São Paulo: Pancast,2002.




Data de Publicação do Artigo:

28 de Março de 2005

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