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quarta-feira, 26 de março de 2008

ÁGUAS VERMELHAS - MG _ História




ÁGUAS VERMELHAS _ MINAS GERAIS





O desbravamento do norte de Minas foi feito principalmente pelas expedições que lá chegavam em busca de ouro, instalando fazendas - chamadas "currais". Um desses currais, localizado as margens do rio Mosquito, tornou-se povoado, com o nome de Água Vermelha, passando a distrito do município de Rio Pardo, em 1863.


Em 1938, foi integrado ao município de Salinas, passando a se chamar Águas Vermelhas. A emancipação vem em 1962, quase um século mais tarde. Na divisa com Taiobeiras está a Reserva Ecológica Serra do Anastácio, com vegetação nativa, nascente de águas límpidas, diversidade de aves e habitat natural de chipanzés.

Em janeiro, a cidade festeja seu padroeiro, São Sebastião, com celebrações religiosas, barraquinhas, leilões e quadros vivos sobre a vida do santo. A cidade oferece, também, como atração, o Festival de Inverno realizado em junho, evento onde a cultura e os costumes da região são mostrados.


Fonte: Secretaria da Cultura em : 01/10/1999


A História do Município de Águas Vermelhas

“São Sebastião das Águas Vermelhas”

- Assim começou. Então, um pequenino povoado próximo às terras baianas, num vale às margens do Rio Mosquito. Já disseram até pó causa de um pequenino diamante que ali foi encontrado, daí advindo o nome de “Mosquito”. Dizem que a região foi a primeira porção de Minas, palmilhada por bandeirantes da expedição de Francisco Bruza Espinosa.

Segundo a tradição o nome teve origem nas águas ferruginosas do córrego Boa Esperança. Em 1863 era um povoado com o nome de “São Sebastião de Águas Vermelhas”. Foi o distrito pela Lei nº 2.145 de 1875, passou a integrar o município de Santo Antônio de Salinas, recebendo depois o nome atual de Águas Vermelhas, provavelmente instalado no ano de 1882, ano em que consta nos primeiros livros que vieram da então província de Minas Gerais – Ouro Preto.

De uma semaria concedida pelo soberano português, o proprietário Conde da Ponte (Manoel de Saldanha da Gama Mello e Torres Guedes de Brito e sua consorte condessa Joaquina de Castelo Branco), vendeu os primeiros lotes de terras – Fazenda da Pedra (livro 2º Tombo – Portugal) nº 01.

A 08 de Janeiro de 1821, Joaquim Gomes Quaresma, adquiriu do Conde e da Condessa, uma “sorte de terras” na região.

Desde os primeiros passos de Francisco Bruza Espinosa desbravando a região, muitos vieram arriscando a própria vida, tomando posse de terra virgem, povoando-a, surgindo arraias nos sertões da Itacambira.

De Rio Pardo de Minas, chegaram ao povoado muitos migrantes, entre estes o intrépido e progressista Cel. José Venâncio de Souza (Tenente e depois Coronel de Guarda Nacional). Que tornou-se um líder na pequena comunidade, devido a sua cultura, conforme atestam documentos arquivados.

Também de Rio Pardo chegaram em meados do século XIX, José Marques Fernandes. Ainda menino seria funcionário dos correios do Império. Ele palmilhou milhares de quilômetros, levando e trazendo notícias. Residia na Fazenda Paraná, bem próximo daqui. Seu filho João dos Santos Fernandes,viria a ser o intendente que estalaria em 1º de Março de 1963, os foros da cidade sendo o seu primeiro governante. (Emancipação outorgada pela Lei nº 2.764 de 30.12.1962).

Ainda em meados do século XIX, do reino da Itália, aportou em nossa pátria, Victor Rufino Spósito, deixando sua velha península Terra do Vesúvio.

Aqui ele fincou raízes, deixando a numerosa família Spósito, cuja influência se faz sentir até hoje nos destinos da terra. Também da Itália vieram João Rafael Bertollucci e Carlos Artelli e o francês François Deboucle. Mas, não temos notícias de suas permanências, pois foram buscar outros rincões da “Pátria Adotiva”. Os “Antunes”, os “Quaresmas” e os “Arruda”, também pioneiros, fizeram muito pelo bem da terra.

Águas Vermelhas era cercada de árvores frondosas e braúnas seculares estavam por toda parte. Jacus e Ferreiras (Arapongas) faziam arruaças e martelavam nos arrancadouros das antigas plantações de mandioca.

O povoado as margens do Rio Mosquito, (rio citado por Fernando Sabino em “ O Grande Mentecapto”) e que outrora tivera suas águas límpidas e gostosas, hoje poluídas, onde abundavam as armadilhas, entre elas o “Pari”, local de lazer da população daquele tempo. Ali belos lagos eram engalanados pelas flores das ingazeiras e o sussurrar da cachoeira.

A noite transmitia o silêncio total, apenas quebrado por um ou outro grupo de amigos seresteiros ao som do violão. Candeias iluminavam as varandas e bem cedo a população já estava mergulhada no mais profundo sono, exceto nas noites de São João ou de festas de casamento, quando a sanfona alegrava os forrós e as fogueiras eram alinhadas ao longo da rua principal e na grande praça formavam um grande quadrilátero, convidando as famílias a ficarem mais um pouco.

A missa era de quatro em quatro meses quando o vigário chegava e os casamentos eram de forma coletiva, isto desde os tempos do antigo vigário, Pe. Caetano D’Angelis.

Eram assim os dias do recém instalado município de Águas Vermelhas. Após o primeiro governante, o progresso veio chegando. Seu primeiro prefeito foi Isaias Galvão (eleito em 1963), em seguida, Laurentino José de Almeida, Darci Spósito, Rosivaldo Brito de Sousa, Valdeci José de Souza e a atual prefeita Rosa Nízia Antunes Spósito Brito a primeira mulher a assumir o comando do município, quebrando tabus e preconceitos, inclusive, garantindo sua própria reeleição.

A economia do município é basicamente agrária e de subsistência, destacando-se a cultura da mandioca, de onde deriva a produção de farinha, que é em grande parte vendida para os estados do nordeste. Outro período importante que ocorreu no município foi o ciclo do carvão, que começou em março de 1972, findando em 1994. Este ciclo proporcionou um aumento de empregos e renda para a população. Atualmente há uma corrida para a silvicultura (Eucalipto), onde as matas nativas perdem espaço para essa nova cultura que tem colocado em risco a biodiversidade da região.

O município de Águas Vermelhas está localizado no nordeste de Minas Gerais, entre o Vale do Jequitinhonha e o rio Pardo.

Temos uma área de 1.258,04 km² e ficamos distante da capital do estado 771 kms. Segundo o IBGE – Censo 2000, a população era de 13.070 habitantes.

O município conta com energia elétrica em todo seu território, telefone, hospital, educandário de segundo grau, ruas pavimentadas e arborizadas, estradas asfaltadas, dois grandes reservatórios d’água: Barragem de Samambaia, construída no Rio Mosquito para a perenização e a UHE de Machado Mineiro, linhas de ônibus, abastecimento de água pela COPASA, atendendo 90% da população do município, Estação de Tratamento de Esgoto – Sistema RAFA, o Rio Mosquito revitalizado, Aterros Controlados;1 Hotel e 2 pensões, uma pizzaria, 1 restaurante Self-Service, supermercados, barzinhos, um clube social com piscina, quadra e pista de dança, um campo de futebol gramado e fechado com um grande espaço para festas – palco do maior evento cultural da região: O Festival de Inverno.

Fonte : Site:www.dilainformática.com.br


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