| Quando surgiram os primeiros ancestrais do homem, os dentes do siso também chamados terceiros molares se desenvolveram para facilitar a mastigação. Naquela época, como os alimentos eram muito mais duros, a mastigação, uma tarefa complicada, exigia outros molares.
Hoje, com os alimentos mais moles e pastosos, esses dentes praticamente perderam sua função. E a tendência é que, num futuro não muito distante, eles deixem de existir. Salvo algumas exceções, a maioria das pessoas apresenta quatro dentes do siso: dois superiores um direito e um esquerdo e dois inferiores, também direito e esquerdo. Geralmente esses dentes sofrem erupção, ou seja, “nascem”, por volta dos 17 aos 20 anos de idade.
De acordo com especialistas, a ausência do dente do siso em algumas pessoas ocorre porque elas não têm o germe desse dente, e outras vezes porque o mesmo não erupcionou (por falta de espaço na arcada dental ou por estar na posição “errada” dentro do osso). Eles esclarecem que, se o dente permanecer dentro do osso, ele poderá produzir reabsorções de dentes vizinhos, transtornos dolorosos ao paciente e possíveis lesões císticas. Se ele erupcionar parcialmente, pode vir a gerar um quadro infeccioso inflamatório que é conhecido por pericoronarite. Tal quadro gera muita dor para o paciente, além de inchaço, odor e irritação local.
Por ser responsável por tantos inconvenientes, os dentes do siso são geralmente extraídos, mesmo sendo dentes íntegros ou seja, inteiros e sadios. Mas, segundo especialistas, a extração só deve ocorrer quando tais dentes estiverem causando dor ou inflamação; quando o espaço não for suficiente na arcada dentária para a correta erupção dos mesmos, ou quando estiverem mau posicionados dentro do osso.
O cirurgião buco–maxilo–facial Edmundo Melo Júnior explica que caberá ao dentista, em algum momento da consulta, informar se há a necessidade de extração dos terceiros molares, inclusos ou não. “Então, de pronto, o paciente já cogita se a extração é mesmo necessária ou se, por algum motivo, o profissional está exagerando na indicação”, salienta o especialista.
Ele destaca que o que ocorre, hoje, é que utiliza–se muito menos o aparelho mastigatório do que na época dos antepassados longínqüos do homem, não havendo a necessidade de tantos dentes na boca. “Portanto, por um mecanismo de ‘seleção natural’, há uma tendência à agenesia, ou ausência na formação, dos dentes finais de série (segundos pré–molares e terceiros e quartos molares) e, conseqüentemente, uma redução no tamanho dos maxilares”, explica Edmundo Melo Júnior.
Tipos O cirurgião–dentista salienta que existem quatro dentes do siso: dois superiores, sendo um direito e um esquerdo, e dois inferiores, também direito e esquerdo. “A erupção ocorre normalmente dos 17 aos 20 anos. Portanto, são os últimos dentes da dentição a erupcionar”, destaca o especialista.
Ele enfatiza que, às vezes, esses dentes não erupcionam porque algumas pessoas não possuem mesmo o dente do siso (germe dental); às vezes, não erupcionam por falta de espaço na arcada dental, ou ainda, pela posição horizontal do dente, o que dificulta a sua erupção. “Se ele ficar dentro do osso (não erupcionar), poderá produzir reabsor ções de dentes vizinhos, transtornos dolorosos ao paciente e possíveis degenerações (lesões císticas)”, lembra.
Espaço Edmundo Melo Júnior enfatiza que a erupção parcial ocorre, geralmente, por falta de espaço na arcada ou pela posição horizontal do dente. “Esse quadro pode provocar gengivites (inflamação da gengiva), abscessos na região, irritação local, dor e edema, por promover dificuldade exacerbada de higienização”, cita.
O cirurgião–dentista considera que, por tudo isso, tornou–se freqüente pacientes que não apresentam clinicamente os sisos, obterem confirmação através do exame radiográfico. “Mas quando o que ocorreu foi uma falta de espaço para sua erupção, temos o elemento incluso e impactado”, complementa o especialista.
Ele diz que um elemento dentário incluso pode ainda erupcionar se não estiver impactado, o que ocorre quando algo está no seu caminho de erupção. Quando isso acontece, de acordo com especialistas, outros possíveis contratempos dos elementos inclusos são a infecção por uma erupção parcial deixando uma “porta aberta” para os microorganismos ganharem a intimidade do osso e o desenvolvimento de patologias (císticas ou tumorais) , por permanecer intra–ósseo e funcionante um tecido odontogênico (formador de dentes) que deveria deixar de existir quando da erupção do dente.
“Quando a gengiva do dente do siso que está erupcionando inflama, deve ser feita a remoção do tampão gengival que cobre parcialmente a superfície dental ou a curetagem gengival ambos realizados pelo profissional”, explica Edmundo Melo Júnior.
Ele ressalta que, para melhorar o quadro inflamatório, o paciente poderá realizar higiene oral rigorosa no local. “Bochechos com anti–sépticos bucais podem amenizar o quadro mas, para resolver o problema, o paciente deverá procurar um cirurgião–dentista, que decidirá o período oportuno para removê-los”, explica. “Quando se faz a extração de um siso, provavelmente terá que ser feita a extração do seu antagonista, isto é, do superior e do inferior”, conclui. |
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