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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Você é inteligente? Então responda!

Se vc for inteligente responda:


*Como se escreve zero em algarismos romanos???

* Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo??

* Por que os filmes de batalhas espaciais tem explosões tão barulhentas, se o som não se propaga no vácuo???

* Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha???

* Como é que a gente sabe que a carne de chester é de chester se nunca ninguém viu um chester??? (vc já viu um chester? )


* Por que quando aparece no computador a frase 'Teclado Não Instalado', o fabricante pede p/ apertar qualquer tecla???

* Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto???

* Por que a palavra 'Grande' é menor do que a palavra Pequeno'???

* Por que 'Separado' se escreve tudo junto e 'Tudo junto' se escreve separado???

* Se o vinho é líquido, como pode existir vinho seco???


* Por que as luas dos outros planetas tem nome, mas a nossa é chamada só de lua???

* Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado???

* Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca???

* O instituto que emite os certificados de qualidade ISO 9002, tem qualidade certificada por quem???

* Quando inventaram o relógio, como sabiam que horas eram, para poder acertá-lo???


* Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA, porque ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola???

*Como foi que a placa 'É Proibido Pisar na Grama' foi colocada lá???


* Por que quando alguém nos pede que ajudemos a procurar um objeto perdido, temos a mania de perguntar: 'Onde foi que você perdeu?'

* Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo???

* Se o Pato Donald não usa calças, por que ele amarra uma toalha na cintura quando sai do banho???

Humor: FILOSOFIA DE BOTECO

FILOSOFIA DE BOTECO

'Transar é arte, gozar faz parte, engravidar é moda, assumir é que é foda!' (boa )

'A diferença entre uma mulher na TPM e um seqüestrador, é que com o seqüestrador ainda existe uma possibilidade de negociação'.
'Os problemas da vida são como um tarado bem dotado: é melhor enfrentar, porque se você virar as costas, vai ser bem pior!'

'Ninguém vencerá a guerra dos sexos. Há muita confraternização entre os inimigos'.

'O Brasil é um país geométrico... tem problemas angulares, discutidos em mesas redondas, por um monte de bestas quadradas.'
'Mulher é igual a macarrão: você enrola, enrola, enrola... e come!'
'Casar é trocar a admiração de várias mulheres, pela crítica de uma só!'

'O chifre é como o consórcio... quando você menos espera é contemplado.'

'Homem feio é igual à ventania: só quebra galho'.
'A diferença entre o homem e a mulher é que o pau que está entre as pernas do homem é sempre o mesmo'.

'Sogra é como onça: todos temos que preservar, mas ninguém quer ter em casa.'

'Mulheres são como traduções: as boas não são fiéis e as fiéis não são boas.'

'Mulher de amigo é que nem muro alto: a gente trepa, mas dá um medo...'.

'A diferença entre a mulher decidida e o homem mulherengo é que a mulher decidida está sempre pronta para o que der e vier, e o homem mulherengo está sempre pronto para quem vier e der.'

'O que há em comum entre um bolo queimado, cerveja estourada no congelador e mulher grávida?
Nada; mas se você tivesse tirado antes nada disso teria acontecido...'.

'No fim, tudo dá certo. Se não deu, é porque ainda não chegou ao fim.' - Fernando Sabino

Humor: PORQUE OS ÁRABES SE SUICIDAM.....

PORQUE OS ÁRABES SE
SUICIDAM.....

Todo o mundo se pergunta: - Por que para os terroristas árabes é tão fácil se suicidar?

Aqui estão as 21 possíveis razões:

É proibido:

01º - Sexo antes do casamento;

02º - Tomar bebidas alcoólicas;

03º - Ir a bares;

04º - Ver televisão;

05º - Usar a Internet;

06º - Esportes, estádios, festas com mulheres;

07º - Tocar buzina;

08º - Comer carne de porco;

09º - Música não religiosa;

10º - Ouvir rádio;

11º - Barbear-se;

Além disso:

12º - Tem areia por todos os lados e nenhum buggy para se divertir;

13º - Farrapos em lugar de roupas;

14º - Come-se carne de burro cozida sobre bosta de camelo;

15º - As mulheres usam burka e não dá para ver nem a cor dos olhos;

16º - A esposa é escolhida pelos outros e o rosto é visto só na procriação;

17º - Sexo depois de casado só para procriar e feito no escuro com a mulher vestida com o shake;

18º - Reza-se para Alah:

- 06:00 às 09:00
- 12:00 às 15:00
- 16:00 às 18:00
- 21:00 às 00:00
- No pôr do Sol;

19º - A temperatura básica nos paises árabes é entre 45º e 58º

(em alguns lugares até mais altas);

20º - Para economia de água, banho penas uma vez por mês, nas partes mais sujas (pés).

E finalmente;

21º - Ensinam que, quando morrer, vai para o paraíso e terá tudo aquilo com que sonha!


Fala a verdade... Você também não se mataria???...

sábado, 25 de outubro de 2008

Oração do Dentista

25/10 _ Dia do Dentista

Oração do Dentista


Ó Deus, que me iluminastes com as luzes sacratíssimas de vossa infinita sabedoria, permitindo-me escolher a trilha que ora sigo, recebei em vossa proteção todos os meus trabalhos e todos meus atos que eu venha a praticar como cirurgião-dentista. Recebei a minha própria consciência. Senhor, não permitais que os bens do mundo me levem à soberba. Fazei que eu tenha sempre em mente a mais perfeita noção da verdadeira caridade, ajudando em todas as oportunidades os que necessitem de meu auxílio.E que eu o faça sem jamais desviar-me dos preceitos da técnica e dentro das normas da atual ciência.Que os medicamentos por mim aplicados, com o fim de curar ou aliviar as dores e aflições de um paciente, sejam sempre salutares. Que os métodos usados na restauração de partes moles e duras do campo maxilo-facial sejam executados com o máximo respeito às leis da estética e às funções fisiológicas. Que não me seja permitido cair na obscuridade, no indiferentismo, contentando-me em apresentar ao mundo uma assistência rotineira e incompleta, mas que eu lute com verdadeiro ardor, com persistência inabalável, à procura da perfeição profissional, para a prosperidade de minha terra e proveito de toda humanidade.
Fazei também, Senhor, que na intermitência das minhas noites de descanso eu tenha um dia trabalhado, lançando nos sulcos das horas de labuta a semente promissora, que a mim retornará revestida de vossa divina graça, trazendo-me a felicidade como herança e levando-me, enfim, à eterna bem-aventurança.

À todos os colegas de profissão nosso abraço pelo Dia do Dentista e que continuemos a levar o sorriso aos nossos clientes.

A importância do doutorado

A importância do doutorado

QUANDO SE TEM DOUTORADO:
O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da
evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da
gramínea Saccharus officinarum, (Linneu, 175) isento de qualquer
outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas,
quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas
dimensões e restasretilíneas, configurando pirâmides truncadas de
base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão
do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona
favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial
equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que
ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos
especiais existentes na Apis mellifera. (Linneu, 175). No entanto, é
possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado
físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica,
apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas
dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo
do seu eixo em conseqüência da pequena capacidade de deformação que
lhe é peculiar.

QUANDO SE TEM MESTRADO:
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado
pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de
pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona
agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma
sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e
nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas
proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da
aplicação de compressões equivalentes e opostas.

QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO:
O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se
em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem
sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda
suas proporções quando sujeito à compressão.

QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO:
Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor
agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado.

QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL:
Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.
QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO:
Rapadura é doce, mas não é mole, não!

Pérolas do último ENEM -2008

Pérolas do último ENEM

Da Redação
23/08/2008 14:59


'O sero mano tem uma missão...'
(A minha, por exemplo, é ter que ler isso!)


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'O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas..'
(Levei uns minutos para identificar o El Niño...)


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'O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!'
(Eu não sabia que a camada tinha esse nome bonito)


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'Enquanto isso os Zoutros... tudo baixo nive...'
(Seja sempre você mesmo!)


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'A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.'
(E, além de tudo, viajam pra caramba, hein?)


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'O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente . '
(?)


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'Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele.'
(Faz sentido)


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'O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes.'
(Achei que fosse a pesca dos pássaros.)


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'É um problema de muita gravidez.'
(Com certeza. Se seu pai usasse camisinha, eu não lería isso!)


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'A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.'
(Sem comentário)


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'Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia'
(Que pena! Também ursos e elefantes sumiram de lá.)


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'A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando'
(Foi trazida nas caravelas, certo?)


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'O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destrói, pois nós temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos .'
(Não conte comigo)


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'Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil'
(pelamordedeus!!!)


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'Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais uns aos outros'
(Com algumas diferenças básicas!!)


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'... menos desmatamentos, mais florestas arborizadas.'
(Concordo! De florestas não arborizadas, já basta o Saara!)


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'... provocando assim a desolamento de grandes expécies raras. '
(é a depressão animal, né?)


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'Nesta terra ensi plantando tudo dá.'
(Isto deve ser o português arcaico que Caminha escrevia...)


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'Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.'
(Meu Deus! Haja pára-raio!)


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'Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.'
(Quem teria sido o fabricante? Compaq ? Apple? IBM?)


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'Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro.
O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo.
No dia em que roubarem nosso céu , ficaremos sem bandeira.'
(Ainda bem que temos aquela faixinha onde está escrito 'Ordem e Progresso'.)


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'Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre os araras azuls que ficam sob voando as matas.'
(Talvez por terem complexo de urubus!)


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'... são formados pelas bacias esferográficas.'
(Imagine bacias da BIC.)


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' Eu concordo em gênero e número igual.'
(Eu discordo!)


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'Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.'
(Muito sensato!)


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'O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas.
(Estas podem ser derrubadas, porque são descartáveis)


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'A concentização é um fato esperansoso para todo território mundial ..'
(Haja coração!)


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'Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nós mesmos.'
(Que maravilha!)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cuidado: celular pode causar alergia!

Cuidado: celular pode causar alergia!


A Academia Britânica de Dermatologia divulgou em 17/10/08 um alerta para um tipo de alergia na face, que pode ser provocada pelo uso excessivo de telefones celulares.O problema foi identificado após analisar relatos de casos de pacientes que apresentavam uma erupção na face. Uma investigação mais criteriosa mostrou que as lesões eram ocasionadas por níquel, uma substância usada no fabrico destes aparelhos.

O níquel é um metal muito difundido na natureza. É retirado do solo em usinas de beneficiamento, sendo posteriormente usado na indústria na composição de ligas metálicas e encontrado em quantidades variáveis em inúmeros produtos, como: bijuterias, jóias folheadas, moedas, botões, fecho éclair, panelas, etc. É um produto causador de reações na pele, como por exemplo:
- Dermatite de contato
- Erupção semelhante ao líquen
- Urticária de contato (mais raramente)

O níquel é o principal causador de dermatite alérgica de contato no Brasil e no mundo industrializado. Calcula-se que cerca de 25% da população brasileira tenham sensibilidade ao níquel.

A alergia ao níquel é muito comum, em especial na orelha, no local de contato com brincos e pode se acompanhar de lesões variadas, desde uma simples erupção até lesões graves, com saída de líquido (exsudação) e infecção associada. Atualmente, como a moda de usar brincos atingiu também os homens, verificou-se um aumento também na população masculina, o que antes era quase que restrito às mulheres.

É importante entender que ninguém nasce alérgico ao níquel, mas que este tipo de alergia surge na medida em que o contato com a substância se repete. Como o níquel está presente em muitos objetos, com o passar do tempo o organismo se sensibiliza, surgindo a lesão na pele.

A alergia ao celular se manifesta com uma erupção de coloração avermelhada, que se acompanha de coceira significativa, atingindo bochechas e orelhas, locais onde o aparelho faz contato com a pele. Em tese, a alergia pode também ocorrer nos dedos, em especial nas pessoas que enviam mensagens e acessam dados através do aparelho.

Mulheres estão mais susceptíveis a esta alergia já que têm maior chance de sensibilização pelo uso repetido de jóias de fantasia e produtos contendo níquel.


A Organização das Nações Unidas informou recentemente que em 2009 teremos um número de quatro bilhões de linhas de celulares no mundo. Além disso, a tecnologia crescente faz com que sejam usados não apenas para fazer e receber chamadas, mas para acessar dados, bancos, trabalhar, redigir textos, GPS, ou seja, num sem número de recursos disponíveis.

Soma-se ainda o fato que a Clínica Mayo nos Estados Unidos realizou testes com 22 marcas de aparelhos de fabricantes diferentes, detectando a presença de níquel em 10 deles, em especial nas molduras metálicas das telas LCD e em peças decorativas.

Não custa nada observar...
Na dúvida, procure um alergista.
falando no celular
Caso queira se informar melhor sobre o tema, acesse o site Academia Britânica de Dermatologia
e consulte as referências dos trabalhos publicados em revistas médicas nos últimos anos.
Clínica de Alergia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro
(21) 2517 4206

alergiapgrj@yahoo.com.br

Alergia aos anestésicos

Alergia aos anestésicos

Anestesia consiste no uso de medicamentos com objetivo de bloquear a dor durante um procedimento, sendo amplamente utilizada, desde pequenos curativos, exames diagnósticos, extrações dentárias, partos, até grandes cirurgias.
Existem diversos tipos de anestesia:
Local: usada em procedimentos menores e aplicada diretamente no local que será tratado.
Geral: usado para cirurgias e procedimentos maiores, onde o paciente é mantido inconsciente, ou seja, todo seu corpo fica anestesiado.
Peridural ou raquianestesia: neste caso é feito um bloqueio da dor do abdome até os membros inferiores.
A alergia aos anestésicos não é tão freqüente como parece. Estatísticas apontam para um caso de complicação específica da anestesia para cada 10 mil cirurgias (não incluindo urgências e emergências). No entanto, é comum que uma pessoa sinta receio e temor ao saber que necessita usar algum tipo de anestesia. È importante ressaltar que diariamente milhares de anestesias são aplicadas com total segurança. Entretanto, infelizmente, os dados que chegam às páginas dos jornais e à mídia se resumem aos insucessos, induzindo a falsa idéia de que estes são predominantes.
O médico anestesista não apenas administra os medicamentos, mas acompanha as funções vitais e a evolução de cada paciente durante o ato anestésico, o que torna o procedimento seguro. A visita pré anestésica permite que o profissional avalie cada pessoa e tenha conhecimento de suas características individuais. È importante referir ao anestesista se é portador algum tipo de alergia ou de outras doenças e se utiliza algum medicamento que pode interferir com a anestesia. Pessoas que já tiveram reações anteriores ou que tiverem dúvidas quanto à possibilidade de uma reação ao anestésico, devem comunicar estes fatos ao anestesista para que ele possa fazer a escolha adequada.
Ressalta-se que analgésicos são diferentes e tem atuação independente no organismo. Por isso, não significa que as pessoas portadoras de reações com analgésicos e antinflamatórios terão mais chance de ter reação também com anestésicos. Mesmo assim, estas reações devem ser relatadas ao médico a fim de que se evite o uso no pós-operatório.

Reação aos anestésicos gerais

Os principais anestésicos gerais são:
- Parenterais: tiopental, tiamilal, etomidato, propofol, cetamina
- Inalatórios: podendo ser gasosos (óxido nitroso ou protóxido de nitrogênio ou protóxido de azoto) ou ainda sob forma de líquidos voláteis (hidrocarbonetos halogenados: halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano).

A anestesia geral é um método seguro mas pode se acompanhar de reações alérgicas, em geral de pequena monta. Eventualmente pode surgir uma reação anafilática. Numa anestesia geral, o paciente está sob o efeito não apenas do anestésico propriamente dito, mas também de outros medicamentos que auxiliam na sedação e no efeito da anestesia. Citam-se como exemplos: anti-sépticos, analgésicos, expansores plasmáticos, sangue e derivados, etc.

Reações alérgicas e pseudo alérgicas podem ocorrer. Nem sempre é fácil determinar a causa porque são administradas muitas drogas de maneira simultânea. Observa-se que os medicamentos pré-anestésicos e os relaxantes musculares são causas freqüentes de reações alérgicas na anestesia geral.

Reações alérgicas aos anestésicos são menos comuns nas crianças (primeira década de vida) e após os 70 anos. Verifica-se maior incidência de reações aos relaxantes musculares em mulheres, provavelmente por reação cruzada a um radical encontrado tanto nos relaxantes como em alguns cosméticos.

Pessoas portadoras de alergia ao látex poderão ter reações adversas no momento da cirurgia, já que produtos contendo estas substâncias são muito comuns em ambientes hospitalares, em especial nas salas de cirurgia.

Em caso de ocorrência de reações alérgicas à anestesia, é importante que se procure um médico especialista em Alergia, para que possa analisar a história do paciente de forma minuciosa e indicar a conduta mais adequada para cada caso.
Reação aos anestésicos locais

Os principais anestésicos locais pertencem a dois grupos de substâncias:
1. Grupo Amida: é o grupo mais utilizado: lidocaina (xilocaína), bupivacaína, levobupivacaína, prilocaína, ropivacaína.
2. Grupo Éster: tetracaína, benzocaína, procaína (novocaína).

As reações aos anestésicos locais são mais freqüentes e podem ser de 3 tipos:
- Reações vaso-vagais: sudorese, mal estar, taquicardia, desmaios. Resultam de reação nero-vegetativa derivada do medo, ansiedade ou pânico.
- Reações tóxicas: resultam de uma injeção de quantidade excessiva do anestésico ou por introdução acidental nos vasos sanguíneos da região anestesiada. Estas constituem a maioria das reações descritas, não tendo mecanismo alérgico. Podem provocar desde reações discretas como outras de maior gravidade.
- Reações alérgicas: são mais raras (cerca de 1%), mas podem ser intensas e graves.
- Dermatite de Contato Alérgica: são formas mais freqüentes e benignas, resultantes da aplicação na pele dos anestésicos sob forma de cremes, pomadas e soluções. No paciente sensibilizado, um ou dois dias após a aplicação surge uma reação de eczema (vermelhidão, coceira, vesículas).

As reações alérgicas aos anestésicos locais podem ser prevenidas através da avaliação clínica e análise do episódio anterior, seguida da realização de teste cutâneo com o anestésico alternativo. Em geral utiliza-se a lidocaína como teste em função de sua utilização e baixa incidência de reações.

Clínica de Alergia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro
(21) 2517 4206

alergiapgrj@yahoo.com.br

Choque Anafilático

Choque Anafilático

O que é o choque anafilático?

O choque anafilático é uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância causadora de alergia, chamada de alergeno. Alguns exemplos são a penicilina e picada por abelha.

Como ele ocorre?

Após o contato com o alergeno, seus vasos sanguíneos deixam vazar líquido para a área circunvizinha. Como resultado, sua pressão arterial pode cair abruptamente. Como diminui o fluxo sanguíneo, menos oxigênio atinge o cérebro e outros órgãos vitais. Como esses órgãos não podem mais funcionar bem, seu corpo entra em estado de choque. Além disso, seu corpo responde ao alergeno liberando substâncias, como a histamina, que causam o edema (inchação) e "rash" (vermelhisão) da pele, e um prurido (coceira) intenso.

Algumas complicações do choque anafilático incluem dano cerebral, insuficiência renal e morte.

Dentre as substâncias que podem causar choque anafilático temos:

  • alimentos e aditivos alimentares
  • picadas e mordidas de insetos
  • alguns agentes usados na imunoterapia, que é a exposição gradual e controlada a uma substância à qual seu corpo é alérgico com a finalidade de dessensibilizá-lo a ela
  • drogas como a penicilina
  • drogas usadas como anéstesicos locais, como a benzocaína e a lidacaína
  • vacinas como o soro antitetânico
  • em casos raros: poeira, outras substâncias presentes no ar, caspa de animais domésticos.

Quais são os sintomas?

Os sintomas do choque anafilático incluem:

  • sensação de desmaio
  • pulso rápido
  • dificuldade de respiração, incluindo chiados no peito
  • náusea e vômito
  • dor no estômago
  • inchação nos lábios, língua ou garganta (incluindo o palato mole - a parte de trás do céu da boca -, a úvula - campainha- , e a glote - provocando o edema de glote)
  • placas altas e pruriginosas na pele: urticária
  • pele pálida, fria e úmida
  • tonteira, confusão mental e perda da consciência
  • pode haver parada cardíaca.

Como é feito o diagnóstico?

Se você está consciente, seu médico o questionará acerca de exposição a substâncias às quais você pode ser alérgico. Então seu médico fará um exame, procurando por sintomas de choque, checando:

  • pressão arterial
  • frequência cardíaca
  • respiração
  • condição da pele
  • estado mental.

Seu médico poderá recomendar testes para determinar a causa de sua condição e sua gravidade.

Como é tratado?

Tratando você mesmo:

Se você já teve antes uma reação alérgica grave, carregue com você um "kit" para tratar um choque anafilático e esteja preparado para aplicar em si mesmo uma injeção presente no "kit". Então procure imediatamente, ou peça a alguém para conseguir, ajuda médica. Até que o socorro chegue, deite-se e levante as pernas acima do nível do tórax para aumentar o fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro.

Tratando alguém com choque grave:

O choque anafilático requer uma atenção médica de emergência. Se você suspeita que alguém esteja chocando, chame uma ambulância.

Veja se a pessoa parou de respirar ou se seu coração parou de bater. Se isso aconteceu, faça manobras de ressuscitação cardiopulmonar até que o paciente volte a respirar ou a apresentar batimentos cardíacos, ou até que chegue a ambulância.

Depois, esteja certo de que a pessoa esteja deitada em posição confortável. Se a pessoa mantém as vias respiratórias desobstruídas (sem nada na boca ou garganta), levante suas pernas acima do nível do tórax.

Procure por algum bracelete ou colar que contenha informações sobre alergias.

Quando o médico chegar, ele poderá aplicar uma injeção de epinefrina (=adrenalina) assim que verificar a anafilaxia ou mesmo uma reação alérgica menos grave. Além disso, o médico poderá:

  • administrar drogas como anti-histamínicos ou corticóides, possivelmente por via intravenosa
  • dar líquido (soro) na veia para aumentar o volume de líquidos dentro dos vasos sanguíneos
  • hospitalizar a pessoa para se certificar de que sua pressão arterial e batimentos cardíacos restabeleceram o padrão normal e de que os sintomas não retornarão.

Quanto tempo duram os efeitos?

A duração dos efeitos do choque anafilático dependerá de quão rápido a pessoa recebe o tratamento. Os sintomas poderão durar de poucos minutos a várias horas. Sem um tratamento médico imediato, o resultado pode ser a morte, mas o tratamento precoce pode ajudar e prevenir complicações sérias.

Como eu posso me cuidar?

Procure ajuda o quanto antes.

Se você já teve uma reação alérgica grave previamente, você poderá:

  • solicitar a seu médico para prescrever "kits" de tratamento do choque e ler consigo as instruções de seu uso. Checar o prazo de validade dos "kits". Rever as instruções até que você esteja familiarizado com elas. Levar sempre consigo um "kit": na pasta, bolsa, mochila, "necessaire", bolsa de uso na ginástica/esporte, e mantenha um em casa, em local fixo e de fácil acesso.
  • Esteja preparado para aplicar em si mesmo uma injeção em caso de emergência. Pense nessa injeção como algo que pode mantê-lo vivo até que possa ter um atendimento médico.
  • Use um bracelete ou colar que informe sobre sua alergia e diga o que fazer em caso de emergência. Informe seus amigos e colegas de trabalho sobre esses procedimentos.
  • Evite alimentos, substâncias químicas, drogas e outras substâncias que já causaram reações alérgicas em você. Por exemplo, se o camarão provoca em você alergia, não coma camarão (sob qualquer forma), independente da quantidade.
  • Considere a possibilidade de fazer uma imunoterapia, na qual seu organismo é gradualmente exposto à substância que lhe faz mal, para torná-la menos nociva a você. A imunoterapia é muito eficaz nas alergias a insetos, mas não para alimentos ou drogas.
  • Sempre informe seu médico e dentista sobre qualquer alergia a drogas que você tenha, antes que eles prescrevam alguma medicação que achem necessária. Peça-os para prescrever outra droga e solicite uma lista de drogas relacionadas. Informe também na farmácia (ao farmacêutico) sobre alergias a drogas. Há remédios comumente vendidos nas farmácias que podem causar choque anafilático.
  • Cheque os rótulos dos remédios populares e de alimentos, se você tem alergia a drogas ou alimentos.

Como posso ajudar a prevenir o choque anafilático?

Saiba que substância causa sua reação e evite essa substância. Pergunte ao seu médico sobre tratamentos por dessensibilização, que podem ajudar em certos casos.

domingo, 19 de outubro de 2008

Mensagem: NÃO PENSE DUAS VEZES...

NÃO PENSE DUAS VEZES...

A felicidade é um susto. Chega na calada da noite, na fala do dia, no improviso das horas. Chega sem chegar, insinua mais que propõe... Felicidade é animal arisco. Tem que ser adimirada à distância porque não aceita a jaula que preparamos para ela. Vê-la solta e livre no campo, correndo com sua velocidade tão elegante é uma sublime forma de possuí-la.
Felicidade é chuva que cai na madrugada, quando dormimos. O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando a hora da ressurreição.
Felicidade é coisa que não tem nome. É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes. Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.
Felicidade é palavra pouca que diz muito. É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.
Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina, o recado de Deus escrito na minha geladeira... Eu vivo assim... Sem doma, sem dona, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira. Eu quero a felicidade de toda hora. Não quero o rancor, não quero o alarde dos artifícios das palavras comuns, nem tampouco o amor que deseja aprisionar meu sonho em suas gaiolas tão mesquinhas.
O que quero é o olhar de Jesus refletido no olhar de quem amo. Isso sim é felicidade sem medidas. O café quente na tarde fria, a conversa tão cheia de humor, o choro vez em quando.
Felicidades pequenas... O olhar da criança que me acompanha do colo da mãe, e que depois, à distância ,sorri segura, porque sabe que eu não a levarei de seu lugar preferido.
A felicidade é coisa sem jeito, mas com ela eu me ajeito. Não forço para que seja como quero, apenas acolho sua chegada, quando menos espero.
E então sorrio, como quem sabe,que quando ela chega, o melhor é não dispersar as forças... E aí sou feliz por inteiro na pequena parte que me cabe.
O que hoje você tem diante dos olhos? Merece um sorriso? Não pense duas vezes...

Padre fabio de Melo

Mensagem: HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!

Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...

Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...

Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.

Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)

Padre Fábio de Melo

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mensagem: Palavrinhas instigantes para provocar

Palavrinhas instigantes para provocar
(Frases enviadas por Neumane)


"Deficiente"
É aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco"
É quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego"
É aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo"
É aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo"
É aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico"
É quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético"
É quem não consegue ser doce.

"Anão"
É quem não sabe deixar o amor crescer.
e, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois "miseráveis" são todos que não conseguem falar com deus.

"A amizade"
"É um amor que nunca morre."

Mensagem: Mutantes

Mutantes
(Autor: DEEPAK CHOPRA)


"Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida. A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Suas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as de acordo com seus pontos de vista pessoais.
Não se pode simplesmente captar dados brutos e carimbá-los com um julgamento.
Você se transforma na interpretação quando a internaliza.

Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo – a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptiídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria.

Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.
Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: “ Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos.”

Você quer saber como esta seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem.
Quer saber como estará seu corpo amanhã?
Olhe seus pensamentos hoje!

Ou você abre seu coração,
ou algum cardiologista o fará por você!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Artigo: DESMISTIFICANDO O USO DE SEDAÇÃO CONSCIENTE POR VIA ORAL COM OS BENZODIAZEPÍNICOS NAS CIRURGIAS BUCAIS EM NÍVEL AMBULATORIAL

DESMISTIFICANDO O USO DE SEDAÇÃO CONSCIENTE POR VIA ORAL COM OS BENZODIAZEPÍNICOS NAS CIRURGIAS BUCAIS EM NÍVEL AMBULATORIAL

Autores:

- Dr. Ralf Gobbo Liza (Cirurgião-Dentista, Especialista em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial - FOP-Unicamp, Mestre e Doutor em Clínica Odontológica, Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da FOP – Unicamp)

- Rafael Muller Vidote (Cirurgião-Dentista)

Parece haver consenso que a dor é um fenômeno complexo, envolvendo não somente mecanismos e sensações puramente somáticas, mas também incluindo componentes psicológicos e comportamentais. Pacientes ansiosos apresentam um baixo limiar de dor.

Os fatores psíquicos atuam diretamente sobre o limiar da percepção dolorosa, onde as próprias experiências negativas em consultas anteriores ou relatos de terceiros pode aumentar de forma significativa a reação à dor.

Os benzodiazepínicos são os fármacos de primeira escolha para o controle da ansiedade na clínica odontológica, pela sua eficácia e segurança clínica. Porém, muitos cirurgiões-dentistas apresentam certa resistência e insegurança ao prescrevê-los, provavelmente pela falta de conhecimento de alguns aspectos relacionados à farmacocinética, farmacodinâmica e efeitos adversos destas drogas.

Os benzodiazepínicos, ao se ligarem aos seus receptores, facilitam a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o neurotransmissor inibitório primário do SNC, resultando na diminuição da propagação dos impulsos excitatórios.

O GABA tem por objetivo controlar as reações somáticas e psíquicas aos estímulos geradores de ansiedade, como se fosse um “ansiolítico natural”, ou seja, produzido pelo próprio organismo.

Isto explica, pelo menos em parte, a grande margem de segurança clínica no emprego dos benzodiazepínicos, pois para exercerem sua ação farmacológica necessitam da expressão de uma substância produzida pelo próprio organismo. Tomando-se como exemplo o diazepam, suas doses tóxicas (250 a 400mg) são muito maiores que as doses terapêuticas (05 a 10mg).

A incidência de efeitos adversos com os benzodiazepínicos é baixa, particularmente em tratamentos de curta duração, como é usado em odontologia.

A sonolência é o principal efeito colateral, sendo mais comum por uso do midazolam, que além da ação ansiolítica, apresenta também ação hipnótica (indução do sono fisiológico).

Mesmo quando se empregam pequenas doses de benzodiazepínicos, uma baixa porcentagem (menos que 1%) dos pacientes pode apresentar efeitos paradoxais, sendo mais observado em crianças e particularmente em idosos. Para esse grupo de pacientes, o lorazepam é considerado ideal, pelo fato de dificilmente produzir efeitos paradoxais.

Além de diminuir a ansiedade, os benzodiazepínicos apresentam algumas outras vantagens no seu emprego, em odontologia:

(1) reduzem o fluxo salivar e o reflexo do vômito,

(2) provocam o relaxamento da musculatura esquelética,

(3) em pacientes hipertensos ou diabéticos, ajudam a manter a pressão arterial ou a glicemia, respectivamente, em níveis aceitáveis e

(4) podem induzir a amnésia retrógrada.


Indicações
Contra-indicações
  • Impossibilidade de controlar quadro de ansiedade aguda por métodos não-farmacológicos;

  • Medicação pré-operatória nas intervenções odontológicas mais invasivas;

  • Logo após traumatismos dentais acidentais;

  • Pacientes diabéticos ou com doença cardiovascular (controlada).
  • Gestantes (1º trimestre e ao final da gestação);

  • Portadores de glaucoma de ângulo estreito;

  • Portadores de miastenia grave;

  • Crianças com comprometimento físico ou mental severo;

  • Hipersensibilidade aos benzodiazepínicos;

  • Insuficiência respiratória grave e apnéia do sono;

  • Dependentes de drogas depressoras do SNC.

_________________________

Lautch H. Dental phobia. Br J Psychiatry 1971; 59:151-8.
Peterson LJ, Ellis E, Hupp JR, Tucker MR. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea, 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 124-6.
Andrade ED. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia, 2ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2006. 25-32.

Mancuso CE, Tanzi MG, Gabay M. Paradoxical reactions to benzodiazepines: literature review and treatment options. Pharmacotherapy 2004;24(9):1177-85.
Matear DW, Clarke D. Considerations for the use or oral sedation in the institutionalized geriatric patient during dental interventions: a review of the literature. Spec Care Dentist 1999; 19(2):56-63.

Gramática: Termos usados na Odontologia



Talvez, a partir de 2010, todos passaremos a nos comunicar melhor. Com a reforma da língua portuguesa, muito criticada por alguns por beneficiar o português falado no Brasil, estaremos escrevendo o que já existe no coloquialismo.

Na cabeça dos jovens “pára” e “para” é uma coisa só, e “vem” e “vêem” também são idênticos. Na verdade passarão a ser. Mas não é porque as mudanças ocorrem de forma gradativa que devemos escancarar com a nossa língua.

Gostaria de deixar claro aqui alguns termos que a classe odontológica faz uso. São termos utilizados de forma errônea que, de tanto serem usados acabam sendo aceitos como certos. É algo como “diga uma mentira mil vezes e ela se tornará verdade”!

Exodontia
Todo mundo fala “ékizodontia”, embora existam defensores de que o certo é pronunciar “ezodontia”, assim como exílio e exonerado, e não como sexo ou aneroxia. O xis da questão, aproveitando o trocadilho, é que “ex” vem do grego fora ou externo. Tecnicamente, exodontia é a extração de dentes ou raízes. Mas, cada um fala como quiser.

O mesmo não se aplica aos nomes próprios.
Deve-se, neste caso, respeitar a pronúncia do nominado. Lembram-se de que a Telefonica era chamada de Telefónica (com acento agudo em castelhano) quando se instalou no Brasil ? Outro exemplo é Richard: podendo ser “Rixárde” ou “Ríxardi”. Preste atenção quando a pessoa se apresentar a você pela primeira vez.

Maloclusão
Foi-se o tempo em que falávamos o português de Portugal. O brasileiro existe sim. Quem houve falar que estamos no ano de “dois mileoito”? Só devemos criar palavras compostas quando elas trazem um novo conceito. Assim, seria correto aceitar que “má oclusão” é que é a expressão correta, em que o adjetivo é aplicado de acordo com a linguagem usual, opondo-se a “boa oclusão”. O Dicionário Houaiss indica que são raros os substantivos que integrem o prefixo mal e que não sejam derivados de adjetivos ou de verbos: por exemplo malograr (mal lograr). Em má oclusão, não se cria um novo conceito, porque apenas se faz referência à qualidade da oclusão.

Material dentário
A explicação é do professor Luiz Soares Vianna, da Universidade Federal de Minas Gerais. A expressão material dentário diz respeito a tudo aquilo procedente do dente como, prismas do esmalte, pó de dentina, fragmentos da polpa, etc. Ao passo que a expressão material odontológico significa material empregado no exercício da odontologia como, por exemplo, cimento, porcelana, óxido de zinco, etc.
Por isso, as expressões Departamento de Materiais Dentários e Disciplina de Materiais Dentários (muito usadas nas escolas de odontologia) deveriam ser substituídas por Departamento de Materiais Odontológicos e Disciplina de Materiais Odontológicos.
Comprovação: através de resíduos de materiais dentários foi possível provar a identidade de um dos astronautas do Columbia; a loja X vende materiais odontológicos nacionais e importados.

Nossa língua é muito complexa. Nem por isso quem tem um diploma universitário deve titubear. Temos palavras oriundas do tupi, grego, árabe, latim e muitos outros. No início falávamos nunve que depois virou nuvem e luna para lua (lembra-se de lunático?).

Daqui a pouco, se não nos educarmos, estaremos atendendo aquele paciente “de” menor ou achando que coisa pouca é “menas” importante.

Ler faz bem. O cérebro assimila melhor. É um processo mecânico.
Lendo bem, escrevemos bem. Pensando bem, falamos melhor.
* EDMUNDO FLOSS é analista, consultor e palestrante motivacional na área de atendimento, com ênfase na odontologia, tendo por mais de 15 anos assessorado clínicas e consultórios odontológicos das regiões sul, sudeste e centro-oeste brasileiras. Possui um nome conceituado na área de endomarketing.

CUIDADOS PÓS - OPERATÓRIOS

Dr. Márcio Oliveira Lara

Clínico Geral / Odontopediatra - CRO-MG 17080


CUIDADOS PÓS - OPERATÓRIOS :


Cliente você foi submetido a uma intervenção cirúrgica. Para obter sua rápida melhora, é necessário seguir as seguintes recomendações:

Ø Anestesia: Não fique mordendo ou apertando os lábios, língua e bochecha, pois poderá feri-los gravemente sem se dar conta, pois estão anestesiados.

Ø Hemorragia: O local da cirurgia foi suturado. È normal um pequeno sangramento. Para evitar um sangramento anormal é preciso:

§ Não fazer bochechos nas primeiras 24 horas;

§ Ao deitar, ficar com a cabeça mais alta que o corpo;

§ Não ficar exposto ao sol;

§ Não tomar AAS ou derivados do Àcido Acetil Salicílico.

§ Para prevenir sangramento excessivo e dor pós-operatória, aplique bolsa de gelo sobre a bochecha no local operado durante as quatro primeiras horas. Aplique por 5 minutos e descanse 10 minutos, repetidamente por meia hora. Use cubos de gelo em saco plástico, protegido por uma toalha ou pano.

§ Não pratique esportes ou trabalho pesado.

Ø Dor: Dor leve e moderada é normal nos três primeiros dias. Deve passar com o medicamento recomendado. No caso de dor intensa e pulsátil, contínua, procure-nos.

Ø Rigidez e intumescimento: É uma reação normal. Masque chicletes no lado oposto ao da cirurgia durante os dois primeiros dias. Persistindo, entre em contato.

Ø Edema (inchaço da região da face): É uma reação normal que deve ser controlada com medicamento indicado. Se persistir após 48 horas deve-se usar calor na região, em compressas com pano.

Ø Higienização: Mantenha a higiene bucal rigorosa, escovando os dentes das áreas não envolvidas na cirurgia, higienizando a área operada com gaze embebida em soro fisiológico.

Ø Medicação: Tome corretamente a medicação prescrita nos horários indicados até o fim do tratamento. Não faça auto-medicação.

Ø Alimentação: Não ingerir alimentos quentes ou duros nas primeiras 24 horas. Dar preferência para alimentos frios e macios e não mastigar no lado da cirurgia. Evite farinha.

Ø Caso seja fumante, não fumar nas primeiras 24 horas.

Ø Não ingerir bebidas alcoólicas enquanto estiver tomando medicamento.

Ø Retorno: Os pontos serão retirados por volta de 5 a 8 dias.


Estas recomendações têm como objetivo evitar hemorragia e dor, levando a um pós-operatório satisfatório.

Monografia_ Uso de Anestésicos Locais em Gestantes

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA
Uso de Anestésicos Locais
em Gestantes
CINTHIA PALMIRA BARBOSA
Trabalho apresentado para conclusão do Curso
de Farmacologia no Centro Universitário de Maringá
requisito parcial para obtenção do título de
especialista em Farmacologia, sob a orientação da
professora Eliane Aparecida Campessatto Mella
MARINGÁ
2003


RESUMO:

Os anestésicos locais são as drogas mais comuns usadas em odontologia e a
forma mais eficiente de controle da dor para pacientes que recebam tratamento
dental. Este trabalho enfoca os principais anestésicos locais e vasoconstritores
usados na odontologia durante a gravidez, abordando principalmente a segurança e
a efetividade dos mesmos.

1- INTRODUÇÃO:

O primeiro anestésico local identificado foi à cocaína. Suas folhas eram utilizadas
por nativos de montanhas peruanas para evitar a fome, aliviar a fadiga e elevar o
espírito. O interesse nas propriedades psicotrópicas da Erythroxylon coca levou ao
isolamento da cocaína por Niemann em 1860 e o estudo de sua farmacologia por
Von Anrep em 1880. Ambos descreveram a ação da cocaína como anestésico local,
no entanto a sua introdução na medicina pertence a Carl Koller (1884). Koller
reconheceu o grande significado clinico da droga e rapidamente demonstrou sua
ação no alívio da dor em vários procedimentos oftalmológicos. Os benefícios da
cocaína foram largamente difundidos e em um ano a droga já havia sido
administrada com eficácia em vários procedimentos médicos e odontológicos
(YAGIELA, 1998).
Em 1892, Einharn e seus colaboradores começaram a pesquisar o uso de
anestésicos locais mais seguros e que não causassem dependência. Desde então,
foram feitas várias modificações na fabricação de soluções anestésicas locais e
introduzidos vários fármacos úteis na prática clinica. Entretanto, como nenhuma
droga é atualmente isenta de toxicidade potencialmente grave, continua a pesquisa
de novos e melhores anestésicos locais (YAGIELA, 1998).
A lidocaína, atualmente o anestésico mais popular, foi sintetizada por Löfgren, 1943,
e pode ser considerado como o protótipo de anestésico local. Nenhum dos
anestésicos locais disponíveis atualmente é o ideal, e o desenvolvimento de novos
anestésicos continuam a ocorrer. Com tudo embora seja relativamente fácil sintetizar
um composto químico com efeitos anestésicos locais, é muito difícil reduzir a
toxicidade significativamente abaixo daquelas dos fármacos atuais (MILLER, 1998).
Os anestésicos locais são as drogas mais comuns usadas em odontologia e a
forma mais eficiente de controle da dor para pacientes que recebem tratamento
dental. São seguros durante a gravidez contanto que uma técnica sensata seja
empregada e o volume da droga seja cuidadosamente controlado. A mulher grávida
é uma paciente saudável, mas o risco potencial ao feto deve ser considerado
quando no planejamento do tratamento (ANDRADE, 1998).

2- ANESTÉSICOS LOCAIS:

2.1- CONCEITO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS:

Os anestésicos locais são fármacos que bloqueiam reversivelmente a condução
nervosa quando aplicados a uma região circunscrita do corpo (HAAS, 2002).

2.2- REQUISITOS FÍSICO-QUÍMICOS NECESSÁRIOS PARA UMA DROGA SER
USADA COMO ANESTÉSICO LOCAL.

O anestésico local deve deprimir as conduções nervosas, impedindo que o potencial
de ação seja transmitido (FERREIRA, 1998).
A molécula do anestésico local típico é dividida em três partes: um grupo aromático,
uma cadeia intermediária e um grupo terminal de amina secundária ou terciária.
Todos os três componentes são importantes determinantes da atividade anestésica
local da droga. A parte aromática confere propriedades lipofílicas à molécula,
enquanto o grupo amino fornece hidrossolubilidade. A porção intermediária é
importante em dois aspectos. Primeiro, fornece a separação espacial necessária
entre as extremidades lipofílicas e hidrofílicas do anestésico local. Segundo, a
ligação química entre a cadeia de hidrocarboneto central e a porção aromática serve
como base adequada para classificação da maioria dos anestésicos locais em dois
grupos, os ésteres (- COO -) e as amidas (- NHCO -). Tal distinção é útil, porque há
diferenças significativas na alergenicidade e metabolismo entre as duas categorias
citadas (YAGIELA, 2002).
O anestésico local deve ter propriedades lipofílicas, pois são essenciais para a
penetração em barreiras anatômicas existentes entre o local de administração da
droga e o local de ação, incluindo a bainha nervosa (FERREIRA, 1998).
Além disso o anestésico local deve ter também propriedades hidrofílicas, pois estas
asseguram que uma vez injetada, a droga em concentração eficaz, não se
precipitará com a exposição ao líquido intersticial (MORGAN; MIKHAIL, 1996).
Os fatores mais importante que afetam o avanço e a duração do anestésico, são o
pH do tecido e o pKa da droga. O pH pode cair em locais de infecção fazendo com
que anestésico demore para alcançar o efeito ou não consiga ser eficaz. Os
anestésicos locais são bases orgânicas fracas, pobremente solúveis em água. As
soluções comerciais são preparadas como sais ácidos (hidrossolúveis), geralmente
obtidos por adição de acido clorídrico. Assim, apesar de os agentes serem bases
fracas, as preparações farmacêuticas são levemente acidas. Esta acidez aumenta a
estabilidade das soluções anestésicas (YAGIELA, 2002).
A acidez tecidual também pode impedir o desenvolvimento da anestesia local. Os
produtos da inflamação diminui o pH do tecido afetado e limitam a formação da base
livre. A captura iônica do anestésico local no espaço extra celular não apenas
retarda o início da anestesia local, mas também pode tornar impossível o bloqueio
nervoso eficaz. Nos tecidos inflamados, a falha em obter alívio satisfatório da dor
clínica é bem conhecida. Para que seja completo, também deve ser mencionado que
os exsudatos inflamatórios podem inibir a anestesia local diretamente através do
estimulo da condução nervosa (BROWN, 1981).
Anestésicos locais estabilizam a membrana da célula, tornando-as menos
responsáveis pelo fluxo iônico, este fluxo poderia concebivelmente exercer efeitos
teratogênicos se a anestesia local fosse injetada intravascularmente. Isto é
especialmente verdadeiro durante o primeiro trimestre. Além disso, injeções em
outros locais vasculares facilitam a rápida absorção e aumenta o nível da droga no
sangue materno (FERREIRA, 1998).

2.3 – MECANISMO DE AÇÃO:

Os anestésicos locais bloqueiam a sensação de dor através da interferência com a
propagação dos impulsos nervosos periféricos. Tanto a produção quanto a
condução dos potenciais de ação são inibidas. Dados eletrofisiológicos indicam que
os anestésicos locais não alteram significativamente o potencial de repouso normal
da membrana nervosa, e sim diminuem certas respostas dinâmicas à estimulação
nervosa (YAGIELA, 2002).

2.4 – LOCAL DE AÇÃO:

Existem vários locais dentro da membrana nervosa onde os anestésicos locais
poderiam interferir na permeabilidade ao sódio. As drogas capazes de bloquear a
condução podem ser caracterizadas de acordo com seus respectivos locais de ação.
A classificação a seguir dos anestésicos locais originalmente proposta por Takman
(1975) foi modificada para refletir achados subseqüentes relacionados as reações
droga-receptor (HILLE, 1997).
— Classe A – fármacos que agem em um receptor no orifício externo do canal de
sódio.
— Classe B – fármacos que agem em um receptor acessível pelo lado
axoplasmático do canal de sódio.
— Classe C – fármacos que afetam o canal de sódio através de uma via hidrofóbica.
— Classe D – fármacos que agem por uma associação dos organismos classe B e
classe C.

2.5 – CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS:

Como já visto anteriormente a molécula típica do anestésico tem como característica
ser constituída por um grupo lipofílico e um grupo hidrofílico, separados por uma
cadeia intermediária que inclui ligação éster ou amida. De acordo com a cadeia
intermediária classificam-se em agente tipo éster ou amida. A importância clinica
dessa divisão esta associada à duração do efeito e especialmente ao risco de
reações alérgicas. Os ésteres são hidrolisados por enzimas encontradas de forma
ampla no plasma e diferentes tecidos, com isso temos duração de efeito menor, com
exceção da tetracaína de efeito mais prolongado. A amida sofre metabolismo
hepático, com conseqüente maior duração de ação, as alergias são raras com
anestésicos tipos amida (HAAS, 2002; MORGAN; MIKHAIL,1996).
Segundo FERREIRA (1998) os anestésicos locais são selecionados e classificados
em:
• Agentes de curta duração de efeito, como procaína e clorprocaína.
• Duração intermediaria, lidocaína, mepivacaína e prilocaína.
• Longa duração, tetracaína, ropivacaína, bupivacaína e etidocaína.

2.6 – FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS:

Os anestésicos locais geralmente são administrados por injeção na área das fibras
nervosas a serem bloqueadas. Assim, a absorção e a distribuição não tem muita
importância no controle do início do efeito, contribuindo porém para determinar a
taxa de término da anestesia e a probabilidade de toxicidade cardíaca é relativa ao
sistema nervoso central. A aplicação tópica de anestésicos locais, porém, necessita
de difusão da droga tanto para o início como para o término do efeito anestésico
(MILLER, 1995).

2.7 – EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS:

Embora primariamente usados para deprimir a condução nervosa periférica os
anestésicos locais não são seletivos e podem interferir com a transmissão de
impulsos em qualquer tecido excitátorio. Os efeitos sistêmicos mais proeminentes
dos anestésicos locais são aqueles relacionados ao aparelho cardiovascular e o
sistema nervoso central, mais praticamente qualquer órgão dependente da atividade
nervosa ou muscular pode ser afetado. Os anestésicos locais também podem
influenciar vários tecidos através de ações não relacionadas a distúrbios específicos
na condutância ao sódio (YAGIELA, 2002).

2.7.1 – Absorção:

As considerações farmacocinéticas relacionadas aos anestésicos locais são vitais
porque o equilíbrio entre a captação de anestésico local na circulação sistêmica e
sua remoção através da redistribuição, metabolismo e excreção determina em
grande parte o potencial tóxico da droga. A velocidade de absorção depende de
vários fatores, incluindo a dosagem e perfil farmacológico da droga empregada, a
presença de um fármaco vasoconstritor e a natureza do local de administração.
Obviamente, quanto maior a quantidade de droga injetada maior será sua
concentração sangüínea (MILLER, 1995).

2.7.2 – Distribuição:

Ao entrar na circulação, o anestésico local liga-se parcialmente (5 a 95%) às
proteínas plasmáticas, glicoproteínas ácida em particular (e albumina em uma
proporção muito menor), e às hemácias. Como a concentração da glicoproteína
ácida é influenciada por vários fatores, a ligação fracionada dos anestésicos locais
diferem entre os indivíduos e no mesmo indivíduo em períodos diferentes. Os fatores
que deprimem agudamente a ligação incluem a acidose respiratória e possivelmente
a co-administração de outras drogas básicas. Após a distribuição em todo o espaço
intravascular, a droga não ligada esta livre para difundir-se para os vários tecidos do
organismo. As denominadas barreiras à difusão são relativamente ineficazes com os
anestésicos locais. Além de penetrar no sistema nervoso central, tais drogas
atravessam facilmente a placenta e ocasionalmente podem induzir a depressão
cardíaca grave no feto (YAGIELA, 2002).

2.7.3 – Metabolismo e Excreção:

O destino metabólico de determinado fármaco depende, em grande parte, da ligação
química entre a parte aromática e o resto da molécula. As drogas do tipo éster são
inativadas por hidrólise. Os derivados do ácido p-aminobenzóico (ex: procaína,
tetracaína) são preferencialmente metabolizados no plasma pela
pseudocolinesterase, a relação entre a hidrólise plasmática e hepática dos outros
ésteres é variável. Os produtos da clivagem hidrolítica podem sofrer
biotransformação adicional no fígado antes que sejam eliminados na urina
(HAAS,2002).
A meia vida para a hidrólise da procaína é menor que 1 minuto, e menos de 2% da
droga é excretada em forma inalterada pelo rim. O metabolismo das drogas
amídicas ocorre primariamente no fígado. A reação inicial geralmente é a Ndesalquilação
do grupo terminal de amina terciária. A amina secundária resultante é
suscetível à hidrólise pela atividade da amidase hepática, mas também ocorrem
conjugação, hidroxilação ou desalquilação adicional. O fluxo sangüíneo hepático
parece ser o fator limitador da velocidade para a maioria das amidas, as meias vidas
de eliminação variam de 1,5 a 3,5 horas. A inativação da prilocaína que é uma
amina secundária é incomum porque não é necessária desalquilação antes que
ocorra hidrólise, o que pode explicar porque quase metade do seu metabolismo é
extra-hepático. Alguns metabolitos dos anestésicos locais retêm acentuada atividade
farmacológica e podem contribuir a toxicidade da droga. A maior parte do efeito
sedativo da lidocaína, por exemplo, foi atribuída a seus metabólitos desetilados
monoetilglicinexilidida e glicinexilidida. Como as substâncias do tipo éster
quantidades mínimas (1 a 20%) das amidas administradas aparecem na urina sob a
forma de substâncias não metabolizadas (FERREIRA, 1998).

2.8 – EFEITOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC):

Após a absorção, os anestésicos locais passam, prontamente, para a circulação
periférica, chegando ao SNC. Visto que os neurônios centrais são, especialmente,
sensíveis aos anestésicos locais, concentrações sangüíneas, incapazes de alterar a
atividade nervosa periférica, podem afetar profundamente a função do SNC. Os
sinais e sintomas iniciais são, geralmente, de natureza excitatória, provocando
inquietação e tremores (atividade muscular involuntária). O estímulo central é
seguido de depressão idêntica à causada pelos anestésicos gerais. Doses
excessivamente altas prejudicam a função respiratória podendo levar ao óbito por
asfixia. O estímulo aparente e a depressão subseqüente sobre o SNC são atribuídos
à depressão da atividade neural. O estímulo observado clinicamente é intrigante,
visto que a única ação atribuída a esses fármacos é a da depressão. O estímulo
inicial é explicado com base que os neurônios corticais ou sinapses inibitórias são
altamente susceptíveis. A interrupção inicial destas vias resulta em liberação dos
neurônios excitatórios, manifestando-se clinicamente como estímulo (ARMONIA;
TORTAMANO, 1995).

2.9 - EFEITOS SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Os anestésicos locais podem exercer vários efeitos sobre o sistema cardiovascular.
Algumas ações são terapeuticamente úteis e servem de base para o emprego do
tratamento de arritmias cardíacas. Em doses elevadas, diminuem a excitabilidade,
contratilidade, freqüência cardíaca e condutibilidade do miocárdio, fatores que, em
seu conjunto diminuem o rendimento cardíaco. Na circulação local, os anestésicos
são drogas vasodilatadoras. Nas concentrações empregadas na clínica diminuem a
atividade miogênica e o tono muscular (CIANCIO; BOUGAULT, 1984).

3 -VASOCONSTRITORES:

Os anestésicos locais produzem diferentes graus de vasodilatação. A vaso dilatação
acentuada facilita a velocidade de absorção, agravando, portanto, os efeitos
sistêmicos e diminuindo a duração e efetividade da ação anestésica local. A duração
da ação anestésica é proporcional ao tempo em que a droga permanece em contato
com as fibras nervosas. Pois bem, a adição de drogas vasoconstritoras, aos
anestésicos locais, prolonga o tempo de ação anestésica, além de reduzir a
toxicidade sistêmica do fármaco pelo fato de retardar a sua absorção.
Conseqüentemente, com a utilização de drogas vasoconstritoras, necessitamos
menos quantidade de anestésico para o efetivo bloqueio nervoso. Lembramos que
durante cirurgias, a ação vasoconstritoras pode trazer outros benefícios, como
contribuir para hemostasia local (TORTAMANO, SOARES; MIGLIORATI, 1990).
Além da vasoconstrição, as drogas habitualmente usadas podem exercer outras
atividades sobre diversas estruturas do organismo, como o miocárdio, musculatura
lisa, glândulas endócrinas, e, mesmo, sobre os processos metabólicos. As drogas
simpatominéticas incluídas na formação anestésicas são adrenalina, noradrenalina,
fenilefrina e levo-nordefrina. Normalmente, os vasoconstritores associados aos
anestésicos não produzem efeitos farmacológicos, além da constrição arteriolar
localizada. Mas a injeção intravascular acidental, interferências medicamentosas e
doses muito elevadas podem provocar efeitos colaterais sobre o sistema
cardiocirculatório (YAGIELA, 1998).
A adição de vasoconstritores em uma solução de anestésicos locais produzirá
vasoconstrição e retardará a absorção do local da injeção, e desse modo aumentará
a efetividade e a duração dos bloqueios nervosos. Não existe contra-indicação
específica ao uso de vasoconstritores em pacientes que estão grávidas, embora seja
prudente usar o mínimo de doses efetivas. Devendo-se usar técnicas de injeção
cuidadosa para evitar que ocorra uma injeção intravascular podendo ocasionar risco
para a mãe e o feto (ROTHWELL; GREGORY; SHELLER, 1987).
Embora os vasoconstritores tenham um potencial para comprometer o fluxo de
sangue uterino, estudos não demonstram efeitos fetais adversos. Além disso, as
doses de epinefrina usadas em fórmulas de anestésicos locais são tão baixas que é
improvável afetar o fluxo de sangue uterino. Os vasoconstritores impedem a
absorção sistêmica e assim reduzem os efeitos tóxicos dos anestésicos locais. A sua
presença também prolonga a duração da anestesia local. Por tanto, o uso de
epinefrina e ou levonordefrina nas concentrações encontradas em tubetes
anestésicos está justificada (HAAS, 2002).

4- CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A FOOD AND DRUG ADMINISTRATION (FDA):

Segundo há FDA os fármacos podem ser divididos em 5 categorias de risco para
indução de defeitos congênitos (FERREIRA, 1998):
— Categoria A: Estudos controlados em mulheres não demonstram riscos para o
feto no primeiro trimestre e a possibilidade de dano fetal parece remota, não
havendo evidências de riscos em estudos posteriores.
— Categoria B: Estudos de reprodução animal não tem demonstrado risco fetal, mas
não há nenhum estudo controlado em mulheres grávidas ou estudos de reprodução
animal mostrando efeitos adversos no feto.
— Categoria C: Estudos em animais revelaram efeitos adversos no feto e não há
nenhum estudo controlado em mulheres. Só deveriam ser dadas essas drogas se o
benefício justificar o risco potencial para o feto.
— Categoria D: Há evidências positivas de risco fetal humano, mas os benefícios de
uso em mulheres grávidas podem ser aceitáveis apesar do risco. Exemplo:
Fármacos necessários numa situação de risco de vida, no caso de uma doença
grave, onde não existam drogas mais seguras e eficazes.
— Categoria X: Estudos em animais e seres humanos demonstram anormalidades
fetais ou a evidências de riscos para o feto baseando-se em experiências humanas,
ou ambos, o risco de uso de fármacos está claramente acima do possível benefício.
A droga é contra-indicada em mulheres que estão ou podem ficar grávidas.
Segundo HAAS (2002) com respeito aos anestésicos locais a lidocaína é
classificada como categoria B, pois nenhum dano fetal foi observado em ratos com
até 6.6 vezes a dose máxima, que seria de 500 mg de lidocaína. A mepivacaína é
classificada como categoria C pois os estudos em animais não foram concluídos. A
bupivacaína é classificada como categoria C pois estudos mostraram a diminuição
de ratos recém-nascidos depois de nove vezes a dose máxima. A benzocaína,
dyclomine e a tetracaína são também classificados na categoria C devido a baixa
probabilidade de absorção sistêmica, podendo levar a prejuízos para o feto. Se for
considerada a categorização da FDA, selecionam-se preferentemente fármacos
pertencentes a categorias A e B para uso na gestação, sendo proibitivos o uso dos
pertencentes a categoria X (YAGIELA, 1998).

5 GESTANTES:

Segundo FERREIRA (1998), as gestantes se constituem num grupo de pacientes
que requer certos cuidados específicos, especialmente com relação ao uso das
soluções anestésicas locais, devendo-se sempre lembrar que no seu atendimento
existem dois indivíduos na cadeira odontológica e não apenas um, como ocorre com
as pacientes não grávidas. Durante o período de gestação a mulher passa por uma
serie de mudanças físicas, destinadas a prepará-la para o parto e amamentação.
A mudança física mais óbvia é o alargamento dos quadris e o aumento da parte
inferior do abdome na medida que o feto cresce. Existe também um relaxamento
dos ligamentos da cintura pélvica afim de permitir uma certa flexibilidade das
articulações sacro-ilíacas para facilitar a passagem do feto no ato do parto. Os seios
aumentam de volume preparando-se para a lactação. Mudanças menos evidentes
dizem respeito a rearranjo dos órgãos abdominais, que são empurrados á medida
que o feto cresce. Ocorre uma pressão sobre a bexiga causando aumento da
freqüência do ato de urinar. O estomago também é pressionado e a grávida pode
fazer diversas refeições ao dia, ao invés das três refeições costumeiras. O diafragma
é recolocado numa posição mais superior, diminuindo o volume respiratório. O feto
em crescimento pode ainda exercer pressão nos vasos sangüíneos abdominais,
produzindo edema nos tornozelos pela diminuição do retorno venoso, que pode ser
acentuado quando a paciente esta na posição supina (ANDRADE, 1998).

5.1 – ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE OCORREM NA GRAVIDEZ:

Durante a gestação ocorre um aumento na freqüência cardíaca na ordem de 10
batimentos/minuto a partir da 14º até 30º semana de gestação. A pressão
sangüínea arterial mantém-se estável até a 30º, quando a pressão arterial diastólica
pode diminuir discretamente e a sistólica, por sua vez, aumentara levemente.
Quanto a capacidade respiratória vital, esta encontra-se aumentada, levando a um
maior consumo de oxigênio e aumento da freqüência respiratória (CHEATHAM;
PROMOSCH; COURTIS, 1992).
As alterações hormonais durante a gestação são notáveis. A placenta elabora
grandes quantidades de gonadotrofina coriônica, estrogênios, progesterona e
hormônio lactogênio placentário, que são responsáveis por inúmeras funções neste
período e também durante a lactação (BRIGGS; FREEMAN; YAFFE, 1987).
A gravidez produz fadiga no metabolismo dos carboidratos. As exigências de
insulina na mulher grávida estão aumentadas, podendo converter o diabetes mellitus
subclínico assintomático em diabetes clínico (diabetes gestacional). A hipoglicemia é
freqüentemente associada com a gravidez. As exigências de carboidratos pelo feto
podem estar aumentadas de forma a diminuir os níveis de açúcar sangüíneo da
mãe. Os enjôos matutinos são atribuídos à elevação da donagotrofina coriônica e à
hipoglicemia, apesar da recomendação às gestantes de fazerem diversas refeições
ao dia (ANDRADE, 1998).

5.2 – ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS DURANTE A GRAVIDEZ:

A mulher se readapta a uma nova situação, ou seja, prepara-se para o processo de
parto. Em função disso, a gestante poderá questionar todo e qualquer procedimento
proposto pelo cirurgião dentista, guiada pelo instinto de proteção ao futuro bebê,
especialmente com relação à tomada de radiografias, anestesia local e ao uso de
outros medicamentos. Apesar desta constatação, deve-se procurar estimular a
paciente grávida a realizar um “check up” dentário como parte do programa prénatal,
ou seja, a gestante deve ser orientada a não esperar até o final da gestação
para consultar o cirurgião dentista, pois um problema eventual que antes era
simples, pode ser agravado (MALAMED, 1993).

5.3 – ALTERAÇÕES QUE OCORREM NA CAVIDADE ORAL DAS GESTANTES:

Durante o período gestacional fala-se muito na gengivite gravídeca, que não pode
ser diferenciada de qualquer outra gengivite induzida por placa, sendo o resultado
de uma resposta aumentada à placa dental. Nesse sentido, especula-se que possa
haver um aumento no metabolismo do estrogênio na gengiva, bem como uma maior
produção de prostaglandinas na mulher grávida, que acarretariam a exacerbação da
resposta inflamatória contra fatores irritantes que desencadeiam a gengivite comum.
Durante a gravidez, geralmente por volta do 3º mês ou mais tarde, também podemos
observar o surgimento de uma lesão gengival, com características histológicas
semelhantes ao granuloma piogênico, denominada de tumor gravídico, que possui a
aparência de uma amora devido ao aspecto granuloso e à cor vermelho escuro.
Muitas vezes se a lesão for removida antes do término da gestação pode ocorrer sua
recidiva. Recomenda-se portanto que a remoção cirúrgica da lesão seja feita
preferencialmente no período pós parto, caso não venha ocasionar a perda dos
dentes da gestante (LAWRENZ; WHITLEY; HELFRICK, 1996).

6- DESENVOLVIMENTO FETAL:

No período decorrido entre a fecundação até os três primeiros meses de gravidez,
ocorrem as principais transformações embriológicas (organogêse), durante o qual o
feto evolui de um organismo de duas células para um organismo complexo com a
maioria dos órgãos do adulto, pelo menos embriologicamente formados – cabeça,
abdome, braços e pernas, o sistema neurológico incluindo o cérebro e a medula
espinhal, os sistemas circulatório e gastrintestinal básicos (incluindo boca e dentes)
e um sistema respiratório rudimentar (GIBBS; HAWKINS, 1994).
Isto explica o fato da maioria dos defeitos de desenvolvimento fetal ocorrerem neste
período. Se forem suficientemente severos, podem predispor ao aborto espontâneo.
Realmente, as estatísticas mostram que 50% dos abortos ocorrem no 1º trimestre de
gestação. Problemas de menor gravidade, que não causam a morte do feto, podem
provocar falhas no desenvolvimento de determinado órgão ou estrutura. Como regra
geral, as estruturas afetadas são aquelas que estão em desenvolvimento inicial
quando ocorrer à injúria. São defeitos clássicos de desenvolvimento que envolve a
odontologia o lábio ou palato fissurados, manifestando-se entre a 5º e a 7º semana
de gestação (ANDRADE, 1998).
O defeito genético é provavelmente a causa mais comum de teratogênese. Em
segundo lugar esta a ingestão de medicamentos pela mãe. A placenta, que já foi
considerada como uma barreira placentária, não é de fato uma barreira, sendo
atualmente mais descrita como uma peneira seletiva. Isto é verdade, pois a grande
maioria dos medicamentos e outros produtos químicos atravessam facilmente a
placenta atingindo a circulação fetal, através de difusão passiva, processo pela qual
uma substância passa do compartimento onde se encontra em maior concentração
(sangue materno), para outro onde esta em menor concentração (sangue fetal), sem
nenhum gasto de energia. Os fármacos comumente empregados em odontologia,
como os anestésicos locais, quando administrados à gestantes, passam com certa
facilidade da fase materna para a fase fetal, em função de sua lipossolubilidade e
por serem constituídos de moléculas de baixo peso molecular (BRIGGS; FREEMAN,
1987).

6.1 – NÍVEIS ALTOS DE ANESTÉSICOS NA CIRCULAÇÃO DO FETO:

Para uma droga anestésica local afetar o feto diretamente, tem que atravessar a
placenta, através da circulação materna. A toxicidade também está relacionada com
a taxa de metabolização da droga dentro da circulação do feto. Anestésicos locais
são altamente solúveis em lipídios e eles atravessam placenta e prontamente
alcançam o feto. O grau de transferência do anestésico para o feto depende de três
fatores: Capacidade de ligação da proteína, grau de dissociação da droga e taxa de
metabolismo da droga. Um anestésico com alta capacidade de ligação com
proteínas, baixo grau de dissociação, e rápido metabolismo no plasma diminuiria os
potenciais efeitos fetais. Felizmente a maioria dos anestésicos locais comumente
utilizados encontram esses requisitos (FERREIRA, 1998).

7 NORMAS GERAIS DE CONDUTA PARA COM AS GESTANTES:

7.1 - TIPO DE PROCEDIMENTOS:

Todo o tratamento odontológico essencial pode ser feito durante a gravidez,
incluindo as exodontias não complicadas, tratamento periodontal, restarações
dentárias, tratamento endodôntico, colocação de próteses, etc. por uma questão de
bom senso, as reabilitações oclusais extensas e cirurgias mais invasivas devem ser
programadas para o período pós-parto, sempre que possível (ANDRADE, 1998).

7.2 - ÉPOCA DE ATENDIMENTO:

O primeiro trimestre de gestação não é um período adequado para se promover o
tratamento odontológico, quando a maioria das pacientes podem apresentar
indisposição, enjôos matutinos e náuseas à menor provocação. Além disso, como já
foi visto, neste período ocorre a organogêse e uma maior incidência de abortos
espontâneos, apesar de não haver evidências sólidas que comprovem que a
medicação ou o tratamento dentário causem abortos. O segundo trimestre de
gestação constitui-se para a melhor época para o atendimento das gestantes.
Durante este período a organogênese esta completa e o feto já desenvolvido. A mãe
se sente mais confortável que durante os estágios iniciais ou finais da sua gravidez.
Existe apenas o período de hipotensão postural se a paciente é tratada na posição
supina e houver uma mudança brusca para a posição em pé. O terceiro trimestre da
gravidez, particularmente nas últimas semanas, não é um bom período para um
tratamento prolongado. Muitas pacientes, nesta época, têm a freqüência urinária
aumentada, apresentam hipotensão postural, inchaço nas pernas e sente-se
desconfortáveis na posição supina, devido a compressão causada pelo feto (HAAS,
2002).
Portanto, quando possível, deve-se evitar todo e qualquer procedimento
odontológico nas primeiras doze semanas de gestação e ao final da mesma.
Entretanto, frente à situações de urgência odontológica, como nos casos de dor
decorrente de pulpite ou pericimentite, abscesso agudo, pericoronarite, etc.,
devemos realizar o tratamento necessário, independentemente do período no qual a
gestante se encontrar. As conseqüências da dor (gerando uma situação de estresse,
que propicia a liberação de catecolaminas pelas supra-renais) e da infecção (que
pode se disseminar) geralmente são muito mais maléficas à mãe e ao feto do que
aquelas decorrentes do tratamento odontológico e da utilização dos anestésicos
locais (ANDRADE, 1998).

7.3 – HORÁRIOS E DURAÇÃO DAS CONSULTAS E DOSES DE ANESTÉSICOS
UTILIZADAS DURANTE O PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO:

As seções de atendimento devem ser curtas agendadas preferencialmente para a
segunda metade do período da manhã, quando os epsódios de enjôo são menos
comuns. Uma outra preocupação seria de marcar consultas para as gestantes em
horários diferentes dos das crianças que freqüentam o consultório, prevenindo desta
forma o possível contágio das doenças viróticas das infância (rubéula, sarampo,
etc.). Neste mesmo sentido deve-se evitar o agendamento de consultas à gestantes
quando o dentista ou auxiliar estiverem acometidos de gripes ou resfriados
(FERREIRA, 1998).
A quantidade máxima de anestésico não deve ultrapassar dois tubetes de uma
solução de lidocaína a 2% por consulta evitando assim o risco de reações adversas
e toxicidade para a mãe e o feto (HAAS, 2002).

8- ANESTÉSICOS CONSIDERADOS SEGUROS EM PACIENTES GRÁVIDAS:

A escolha da solução anestésica local no tratamento odontológico de pacientes
grávidas ainda é um assunto controvertido. Pelo menos num aspecto a opinião
parece ser quase unânime: o anestésico local deve ser aquele que proporcione a
melhor anestesia à gestante. Com base neste conceito, parece válido afirmar que as
soluções anestésicas para uso em gestantes devem conter um agente vaso
constritor em sua composição, com o objetivo de retardar a absorção do sal
anestésico para a corrente sangüínea – o que diminui sua toxicidade – e aumenta o
tempo de duração da anestesia (FERREIRA, 1998).
Segundo ROOD, 1981, todos os anestésicos locais, por serem lipossolúveis,
atravessam facilmente a placenta. Os fatores que determinam a quantidade e a
velocidade de transferência placentária dos anestésicos locais são:
— O tamanho da molécula (pois o mecanismo de passagem pela placenta é feito
através de difusão passiva). A prilocaína atravessa a placenta mais rapidamente que
os demais agentes anestésicos locais – lidocaína , mepivacaína e bupivacaína. Se
doses excessivas de prilocaína forem empregadas nas gestante, pode ocorrer
metemoglobinemia no feto.
— O grau de ligação do anestésico local às proteínas plasmáticas na circulação
materna. Quando um anestésico local é absorvido para o sangue materno, uma
porção deste liga-se as proteínas plasmáticas, restringindo sua passagem pela
placenta, ou seja, o agente anestésico somente atravessa a placenta se sestiver na
forma livre. Quanto maior o grau de ligação protéica, maior o grau de proteção ao
feto.
A tabela no anexo A, mostra a porcentagem de ligação protéica dos anestésicos
locais disponíveis comercialmente no Brasil.
Considerando-se a porcentagem de ligação protéica a bupivacaína seria o agente
anestésico mais seguro para o uso em gestantes. Entretanto, sua longa duração de
ação anestésica (6 a 7 horas, em média), limita seu emprego em pacientes grávidas.
E também o seu efeito tóxico para o fígado impede seu uso na gestante (ANDRADE,
1998).
Uma vez na circulação fetal a toxicidade dos anestésicos locais vai depender da
quantidade de droga livre (não ligada às proteínas plasmáticas) e da velocidade de
metabolização. Como o sangue fetal tem menor quantidade de globulinas, a ligação
protéica é de aproximadamente de 50% daquela observada nos adultos. Como
decorrência tem-se mais anestésico livre na circulação. O metabolismo dos agentes
anestésicos na forma livre também é uma fase importante de sua farmacocinética.
Como fígado do feto não possui ainda um sistema enzimático maduro, a
metabolização das drogas anestésicas é mais demorada que nos adultos. Sabe-se,
por exemplo, que a metabolização hepática da mepivacaína é duas ou três vezes
mais lenta do que a da lidocaína. Esta, por sua vez também é metabolizada numa
velocidade um pouco menor do que a observada no fígado materno, o que
entretanto não contra-indica o seu uso em pacientes grávidas (HAAS, 1998).
Não usar lidacaína sem vasoconstritor, pois a sua absorção do local da anestesia é
rápida (30 minutos), sendo necessárias altas doses de anestésicos a sua
concentração sanguínea será alta, tanto para a mãe como para o feto. A lidocaína é
uma base anestésica antiga e muito usada na clínica médica e odontológica, com
excelentes resultados. A noradrenalina é uma substância normalmente presente no
organismo e tem efeitos nocivos somente em altas concentrações no sangue
materno o que não ocorre em anestesia bem aplicada (FERREIRA, 1998).
A base anestésica da lidocaína 2% é efetivamente a mais segura das drogas
anestésicas locais (HAAS, 2002).

8.1 – DEPRESSÃO CARDIOVASCULAR OU RESPIRATÓRIA:

A depressão nervosa ou cardiovascular central é causada por um nível circulante
alto de anestésico local e isto só ocorrerá se uma quantia grande da droga for
administrado. Nas pacientes grávidas deveriam ser aplicadas quantias limitadas de
anestésicos a cada visita e as consultas devem ser de duração rápida para o
conforto da paciente. Em cada consulta deve-se administrar no máximo dois tubetes
de lidocaína a 2% (ROOD, 1981).
Embora os vasoconstritores tenham um potencial para comprometer o fluxo de
sangue uterino, estudos não demonstram efeitos fetais adversos. Além disso, as
doses de epinefrina usadas em fórmulas de anestésicos locais são tão baixas que é
improvável afetar o fluxo de sangue uterino. Os vasoconstritores impedem a
absorção sistêmica e assim reduzem os efeitos tóxicos dos anestésicos locais. A sua
presença também prolonga a duração da anestesia local. Portanto, o uso de
epinefrina ou levonordefrina nas concentrações encontradas em tubetes anestésicos
está justificada (HAAS, 2002).
Segundo Jastak (1994) quando combinados com vasoconstritores, as doses
máximas são: Lidocaína 500 mg, prilocaína 600 mg, mepivacaína 400 mg,
bupivacaína 90 mg, etidocaína 400 mg.

9- ANESTÉSICOS LOCAIS NÃO SEGUROS DURANTE A GRAVIDEZ:

Os anestésicos locais considerados não seguros na gravidez são a Prilocaína e a
Mepivacaína. Estas drogas não são a melhor escolha durante a gravidez, pois são
rapidamente absorvidas e normalmente são providos de uma solução mais
concentrada, somando assim o seu potencial tóxico. A administração de prilocaína
no período próximo ao termo da gestação, potencialmente acarreta cianose por
metemoglobinemia em recém-nascidos, nos quais já existe um impedimento no
transporte de oxigênio (FERREIRA, 1998).

9.1 - A PRILOCAÍNA E O RISCO DE METEMOGLOBINEMIA:

A metemoglobinemia, como próprio nome sugere, é um distúrbio hematológico no
qual a hemoglobina é oxidada a metemoglobina, tornando a molécula funcionamente
incapaz de transportar oxigênio. Desenvolve-se então um quadro parecido à
cianose, na ausência de anormalidades cardíacas ou respiratórias (ANDRADE,
1998).
Segundo MALAMED, 1992, na molécula de hemoglobina, o ferro normalmente esta
presente no estado reduzido ou ferroso (Fe++). Neste estado, a hemoglobina pode
transportar o oxigênio para os tecidos. Entretanto, a hemoglobina das hemáceas é
bastante instável. Sendo continuamente oxidada para a forma férrica (Fe+++),
estado no qual a molécula de oxigênio apresenta-se fixada de maneira mais firme,
não sendo liberada para os tecidos. Esta forma de hemoglobina é denominada
metemoglobina.
Para permitir uma capacidade de transporte de oxigênio adequado no sangue, há
um sistema enzimático que seguidamente reduz a forma férrica de hemoglobina
para a forma ferrosa, representado pela reação:
Hb+++ + NADH metemoglobina redutase--> Hb++ + NAD
Em condições normais, aproximadamente 99% da hemoglobina é encontrada no
estado ferroso e apenas 1% no estado ferrio, graças a essa reação catalisada pela
metemoglobina redutase. Estas taxas de 1% de metemoglobina representa 0,15g/dL
no sangue. Com o aumento dos níveis sangüíneos de metemoglobina, podem ser
observados sinais e sintomas clínicos segundo a tabela abaixo:
A tabela no anexo B, mostra os níveis de metemoglobina no sangue e seus sinais e
sintomas.
Essencialmente, a metemoglobinemia pode resultar de erros inatos do metabolismo
(hemoglobina com estrutura anormal ou deficiência da enzima metemoglobinaredutase),
ou ser provocada ainda por agente químicos que aumentam a taxa de
oxidação da hemoglobina (YAGIELA, 2002).
Este último mecanismo é responsável pela metemoglobinemia tóxica ou adiquirida a
qual já foi bem demonstrada após a administração de altas doses de prilocaína. Este
efeito é explicado pela existência de tolueno na molécula de prilocaína que, quando
a droga é metabolizada no fígado, transforma-se em orto-toluidina, um composto
capaz de oxidar o ferro ferroso passando-o para o estado férrico e bloquear as vias
da metemoglobina-redutase (FERREIRA, 1998).
Os níveis sangüíneos máximos de metemoglobina ocorrem três a quatro horas após
a administração da prilocaína, quando também aparecem os sinais e sintomas
clínicos. A maioria dos pacientes odontológicos já terão deixado consultório, o que
implica dizer que o quadro clínico de metemoglobinemia poderá ter início no
ambiente domiciliar ou de trabalho. É importante mais uma vez destacar que a
quantiddade de metemoglobina formada é diretamente proporcional á dose de
prilocaína administrada. A dose máxima segura de prilocaína no ser humano é de 6
mg/Kg de peso corporal, não devendo-se ultrapassar 400 mg. As soluções
anestésicas locais que contém prilocaína no Brasil apresentam este sal anestésico
numa concentração de 3% - 3g de prilocaína para cada 100 ml de solução ou 30
mg/ml. Se cada tubete anestésico contém um volume de 1,8 ml, irá conter uma
quantidade de 50 mg de prilocaína. Teoricamente, a dose máxima permitida a um
indivíduo sadio de 60Kg de peso seria de 360 mg, que equivale ao volume contido
em aproximadamente a 6 a 7 tubetes anestésicos. Com base nesses cálculos, pode34
se portanto deduzir que a metemoglobinemia dificilmente irá desenvolver-se em um
paciente odontológico ambulatorial saudável, desde que as doses de prilocaína
permaneçam dentro dos limites recomendados (ANDRADE, 1998).
Entretanto no caso das gestantes, se por ventura ocorrer uma injeção intravascular
acidental de uma solução anestésica contendo prilocaína, o risco de
metemoglobinemia pode ser muito preocupante para o dentista, não somente em
relação a mãe mas principalmente em relação ao feto. Um outro fato a ser
considerado é que muitas mulheres grávidas podem desenvolver anemia durante a
gestação, tornando-as ainda mais susceptíveis à metemoglobinemia. Por esta
mesma razão, devemos usar a prilocaína com precaução nas gestantes
(FERREIRA, 1998).
Ainda com relação ao uso de prilocaína em pacientes grávidas, no Brasil temos um
problema adicional, já que todas as soluções anestésicas nas quais a prilocaína é a
base anestésica, contêm a felipressina (octapressim) como agente vasoconstritor. A
felepressina, derivado da vasopressina, possui uma semelhança estrutural à
ocitocina, podendo levar à contração uterina, embora a dose necessária para que
isso ocorra seja várias vezes maior que a utilizada em odontologia. Apesar de não
existirem evidências de que a felipressina possa levar ao desenvolvimento de
contrações uterinas nas doses habituais empregadas em odontologia, é preferível
evitar as soluções anestésicas que contém esse tipo de vasoconstritor durante a
gestação (ANDRADE, 1998).

9.2 – MEPIVACAÍNA:

Esta droga não é a melhor escolha durante a gravidez pois é rapidamente absorvida
e por ser uma solução anestésica mais concentrada, somando assim o seu potencial
tóxico e podendo ser prejudicial para saúde do feto (FERREIRA, 1998).

9.3 – REAÇÕES ADVERSAS:

Efeitos adversos dos anestésicos locais são comumente raros e de pequena monta.
Em estudos de DUBLÄNDER e colaboradores (1997), avaliando 2731 pacientes
submetidos a anestesia local odontológica, observou-se incidência de 4,5% de
complicações, sendo as mais freqüentes: Tontura (1,3%), traquicardia (1,1%),
agitação (1,1%), náusea (0,8%), tremor (0,7%), reações de hipersensibilidade em
menos de 1% dos pacientes, complicações graves (convulsão e bronco espasmos)
ocorreram em 0,07% dos casos (BROWN, 1994).
Efeitos adversos podem ser sistêmicos ou locais. Os primeiros geralmente decorrem
de concentrações plasmáticas elevadas, resultantes de super-dosagem, absorção
rápida a partir de sítios periféricos ou injeção intravascular acidental afetando a
fisiologia de coração, circulação periférica e sistema nervoso central. O
comprometimento do sistema nervoso central expressa-se por zumbido, visão turvo,
náusea, vomito, fala arrastada, intranqüilidade, excitação, euforia ou disforia,
desorientação, tremor e convulsão, predominantemente crônica. Os sintomas mais
precoces são dormência perioral, parestesia da língua e tonturas (MORGAN;
MIKHAIL, 1996).
Em casos de absorção sistêmica rápida de altas doses de anestésico, já de inicio se
obsevam inconsciência e parada respiratória que é a causa de morte. Não aparece
sintomas excitatórios prévios pois a súbita elevação de concentração da droga
deprime simultaneamente neurônios excitatórios e inibitórios (CATTERALL;
MACKIE; HARDMAN; LIMBIRD; MOLINOFF; RUDDON; GILMAN, 1996).

9.4 – PARESTESIA:

Anestesia prolongada ou parestesia da língua ou lábio são conhecidos como riscos
de procedimentos cirúrgicos em extrações dentárias, mas também podem acontecer
em odontologia em formas não cirúrgicas geralmente associados com o uso de
anestésicos como articaína e prilocaína (FERREIRA, 1998).

9.5 - INTERAÇÕES:

Os vasosconstritores de anestésicos locais tem poucas interações clinicamente
significativas. Quando eles são combinados com opióides e antihistamínico, pode
haver uma predisposição à atividade de ataque apoplético. Esta preocupação pode
ser minimizada por uso de baixas doses e monitoramento cuidadoso (YAGIELA,
1998).
Epinefrina, geralmente é considerado como não tendo efeitos teratogenicos, mas
como a epinefrina é considerada por sua função de estimulador cardiovascular, sua
administração demanda técnicas cuidadosas e dosagens formais (MILLER, 1995).

10 – CONCLUSÃO:

O manejo terapêutico da gestante representa uma situação especial para o dentista.
A literatura enfoca predominantemente os riscos de teratogenia, mas esses não são
os únicos efeitos indesejáveis de fármacos na gravidez. Na gestante, a
farmacocinética difere da que ocorre em mulheres não-grávidas, pois na gravidez há
alterações fisiológicas que podem predispor ao aparecimento de patologias
orodentárias, e que modificam a absorção, distribuição e eliminação de fármacos.
Assim muitas vezes há necessidade de reajustes em esquema de administração, já
que a maioria das drogas podem chegar ao feto.
Sabe-se que durante este período todas as drogas podem atravessar a placenta e
podem afetar o feto. Este é mais susceptível a teratogenicidade durante o 15º ao 90º
dia de gestação, pois neste período ocorre o processo de organogenese. Isto
conduz a recomendações para que seja evitado o uso de drogas, se possível, no
primeiro trimestre.
No período de fertilização e implantação (até 17ºdia) as drogas teriam um efeito
“tudo ou nada” onde a gestação pode ser interrompida ou prosseguir sem
problemas. Já no período de organogenese (18º ao 55º dia) ocorre alta sensibilidade
a drogas, podendo ocorrer malformações morfológicas. Finalmente no período fetal
(do 56º dia em diante), os fármacos causam alterações funcionais em determinados
órgãos.
O tratamento eletivo pode ser adiado facilmente para está paciente até depois do
parto, no entanto a emergência ou urgência não. A paciente grávida que apresenta
dor dental pode utilizar o anestésico local, desde que o benefício supere o risco,
para eliminar a fonte de dor, para realização de procedimentos odontológicos mais
urgentes, como drenagem cirúrgica, remoção de cáries e polpa infectada.
No tratamento odontológico a gestante é vista como uma paciente que requer
cuidados especiais, mais poderemos fazer uso do anestésico local desde que seja
respeitada a época de atendimento, técnica de anestesia correta, horários e duração
das consultas e a utilização de doses mínimas de anestésicos. Assim o
procedimento odontológico poderá ser efetuado de forma eficiente e segura tanto
para a mãe quanto para o feto.

REFERÊNCIAS:

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Médicas, 1998, p. 93-140.
2-ARMONIA P. L. & TORTAMANO, N. Como prescrever em Odontologia. 4.ª ed.
São Paulo, Ed. Santos, 1995, p. 154.
3-BRIGGS, G.G., FREEMAN, R.K., YAFFE, S.J. Drogas na gravidez e na lactação.
2º ed. São Paulo, Roca, 1987.
4-BROWN R. Local anesthetics. Dental Clin N Amer 1994; 38;619-32.
5-CATTERALL W, MACKIE K. LOCAL ANESTHETICS. IN: HARDMAN JG, LIMBIRD
LE, MOLINOFF PB, RUDDON RW, GILMAN AG (eds). Goodman & Gilman´s the
pharmacological basis of therapeutics. 9 ed. New York: McGraw-Hill, 1996. p.
331-47.
6-CHEATHAM, B.D., PROMOSCH, R.E., COURTS, F.J. A survey of local anesthetic
usage in pediatric patients by Florida dentists. J. Dent. Child., v.59, n. 6, p. 401,
1992.
7-CIANCIO, S. G. & BOUGAULT, P. C. Clinical pharmacology for dental
professionals. 2.ª ed. Litlelton, PSG. 1984, p. 112-25.
8-FERREIRA MBC. Anestésicos locais. In: Fuchs FD, Wannmacher L (eds).
Farmacologia clínica. Fundamentos da terapêutica nacional. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1998. p.15-64.
9-GIBBS CP, HAWKINS JL. Anesthesia for the pregnant patient requiring
nonobstetrical surgery. ASA refresher Course in Anesthesiology, 1994; p. 22; 127-
140.
10-HAAS DA. Drugs in dentistry. In: Compendium of pharmaceuticals and
specialthes (CPS). 37th ed. Canadian Pharmaceutical Association; 2002. p. L26-
L29.
11-HILLE, B. Local anesthetics: hydrophilic and hydrophobic pathways for the drugrecptor
reaction. Journal of General Physiology 69: 497-515. 1997.
12-LAWRENZ DR, WHITLEY BD, HELFRICK JF. Considerations in the management
of maxillofacial infections in the pregnant patient. J Oral Maxillofac Surg 1996; p.
54; 474-485.
13-MALAMED SF. What´s new in local anesthesia? Anesth Prog 1992; p. 39; 125-31.
14-MALAMED, S. Manual de anestesia local. 3º ed., Rio de janeiro, Guanabara
Koogan, 1993, p. 225.
15-MORGAN GE, MIKHAIL MS. Clinical anesthesiology. 2 ed. Stanford: Appleton &
Lange, 1996. p. 193-200.
16-MILLER, MC. The pregnant dental patient. California Dent Assoc J. 1995; p. 23;
63-70.
17-ROOD, J.P. Local analgesia during pregnancy. Dent. Update, v. 8, 1981, p. 483-5.
18-TORTAMANO, N.; SOARES, M. S.: MIGLIORATI, C.A. Anestésicos locais. In:
19-TORTAMANO, N. Terapêutica Medicamentos em Odontologia. São Paulo, Ed.
Médica, 1990, p. 245-56.
20-ROTHWELL BR, GREGORY CE, SHELLER B. The pregnant patient:
Considerations in dental care. Epec Care Dentist , 1987. p. 124-29
21-YAGIELA JA., Neidle EA, Dowd FJ. In: Local anesthetics, editoris. Pharmacology
and therapeutics for dentistry. 4th ed. St. Louis: Mosby; 1998. p. 217-34.
22-YAGIELA JA., Dione RA, Phero JC, Becker DE. In: Local anesthetics, editors. Pain
and anxiety control in dentistry. Philadelphia: W.B. Saunders; 2002. p. 78-96.

ANEXOS:

ANEXO A: Tabela 1 - Ligação protéica (em %) dos anestésicos locais disponíveis no
Brasil (modificado de ROOD, 1981).

ANESTESICO LOCAL %
Bupivacaína 95
Mepivacaína 77
lidocaína 64
Prilocaína 55

ANEXO B: Tabela 2 - Níveis de metemoglobina: sinais e sintomas (MALAMED,
1993).

Nível sangüíneo (g/dL) Sinais e sintomas
< 0,15 Nenhum – dentro de limites normais
0,75 a 2,25 Cianose persistente, redução da função celebral
4,5 a 6,0 Dispnéia aos esforços, cefaléia, fraqueza e tontura
7,5 a 9,0 Torpor, depressão respiratória
10,5 a 12,0 Inconsciência, morte

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