Lembre: Se for beber não dirija, se for dirigir, não beba.
Estudo revela que 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas por dia no paísEstimativa do Ministério da Saúde indica que diariamente 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas no país. A constatação tomou por base o número de motoristas existentes nos registros do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a porcentagem de pessoas que reconheceram dirigir após a ingestão de quatro a cinco doses de bebidas alcoólicas no estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
De acordo com o estudo, o consumo abusivo de bebidas seguido de direção é maior em Palmas, capital do Tocantins. Na cidade, 4,5% das 2.000 pessoas pesquisadas confessaram o costume. No Distrito Federal, o uso indevido de bebidas seguido do ato de dirigir automóveis atinge 3,5% dos entrevistados. A menor freqüência foi no Rio de Janeiro, 1%. O percentual geral para todas as capitais brasileiras, cidades nas quais foram feitas entrevistas, foi de 2% da população.
A associação álcool e direção é mais freqüente entre homens ( 4%) do que entre mulheres (0,3%). Em todo o país, a população masculina de Teresina (PI) é a que mais bebe e dirige --9,5% dos entrevistados. As mulheres do Distrito Federal, com 1,8%, e as de Palmas, com 1,6%, são as que mais ingerem bebida alcoólica e depois dirigem.
De forma geral, a pesquisa indica que o consumo de álcool aumentou. Em 2006, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez, 16,6% consumiam bebidas alcoólicas --considerando cinco doses para homens e quatro para mulheres em uma mesma ocasião. Em 2007 a porcentagem subiu para 17,5%. Em São Paulo ficou em 13,4%, no Distrito Federal, em 18,6% e em São Luís, em 23%.
Na maior parte das outras capitais, a ingestão abusiva foi três vezes maior entre os homens (27,2%) que entre as mulheres (9,3%).
"A quantidade de quatro doses para as mulheres e cinco para os homens é suficiente para a alcoolemia, estado no qual já se verifica toda uma alteração no sistema nervoso, nos reflexos e na visão", afirmou a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Débora Malta, que esteve à frente da pesquisa.
De acordo com ela, um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que em torno de 40% a 50% dos acidentes de trânsito estão associados a bebidas alcoólicas. "No Brasil, uma pesquisa de 2003 feita em quatro capitais mostrou resultados semelhantes, mas não temos dados mais recentes e abrangentes para demonstrar o alto índice de acidentes quando a direção é associada à ingestão de álcool", disse.
Segundo a coordenadora, o consumo excessivo de álcool é também responsável por grande parte da violência doméstica --contra crianças e mulheres, principalmente. "Dessa forma fica comprovado que o álcool é nocivo tanto fora de casa, no trânsito, quanto dentro de casa, no seio das famílias", avaliou.
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