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terça-feira, 26 de maio de 2009

ABC da Hepatite

Hepatite A B C

Trata-se de uma doença inflamatória do fígado que compromete suas funções. Existem vários fatores que podem causar hepatite. Ela pode ser viral (quando for causada por um vírus), auto-imune (quando nosso sistema imunológico reconhece seus próprios tecidos como estranhos, atacando-os para destruí-los) ou ainda ser causada por reação ao álcool, drogas ou medicamentos, já que é no fígado que essas substâncias são transformadas.
As hepatites podem ser agudas ou crônicas. Uma doença aguda é aquela que tem início repentino e geralmente apresenta sintomas nítidos. Quanto o organismo não consegue curar-se em até 6 meses, a doença passa então a ser considerada crônica e muitas vezes não apresenta sintomas.
Existem vários tipos de hepatites, mas aqui trataremos das hepatites virais, abordando os tipos mais comuns (A, B e C), explicando suas diferenças, as vias de transmissão e os meios para tratá-las.

O que é hepatite A?
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus A (HAV). O vírus tem um período de incubação, intervalo entre a exposição efetiva do indi­víduo suscetível ao vírus e o início dos sinais e sintomas clínicos da infecção, que varia de 15 a 50 dias (média de 30 dias).

Como a hepatite A é transmitida?
A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato inter-humano ou por água e alimentos contaminados. A disseminação está relacionada às condi­ções de saneamento básico, nível socioeconômico da população, grau de educação sanitária e condições de higiene da população. A transmissão poderá ocorrer 15 dias antes dos sintomas até sete dias após o início da icterícia.
A transmissão sexual da hepatite A pode ocorrer com a prática se­xual oral-anal (anilingus), por meio do contato da mucosa da boca de uma pessoa com o ânus de outra portadora da infecção agu­da da hepatite A. A prática dígito-anal-oral pode ser uma via de transmissão.
A vacina contra o vírus da hepatite A é disponibilizada dentro do SUS nas seguintes situações: 1) Pessoas com outras doenças hepáticas crônicas que sejam suscetíveis à hepatite A; 2) Receptores de transplantes alogênicos ou autólogos, após transplante de medula óssea; 3) Doenças que indicam esplenectomia; 4) Candidatos a receber transplantes autólogos de medula óssea, antes da coleta, e doadores de transplante alogênico de medula óssea.

Como é o tratamento da hepatite A?
O repouso é considerado medida imposta pela própria condição do paciente. A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingesta de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.

O que é hepatite B?
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV), conhecida anteriormente como soro-homóloga. Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença. O período de incubação varia de 30 a 180 dias (média de 70 dias).

Como a hepatite B é transmitida?
Por meio de relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sê­men e secreções vaginais. Há que se considerar que existe um gradiente de risco decrescente desde o sexo anal receptivo, até o sexo oral insertivo sem ejaculação na boca; realização dos seguintes procedimentos sem esterilização ade­quada ou utilização de material descartável: intervenções odon­tológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings1; uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos; transfusão de sangue e derivados contaminados; transmissão vertical (mãe/filho); aleitamento materno; acidentes perfurocortantes.

Como prevenir a hepatite B?
Educação e divulgação do problema são fundamentais para preve­nir a hepatite B e outras DST. Algumas medidas como o uso do preservativo nas relações sexuais e o não compartilhamento de seringas são medidas eficientes na prevenção. Vacinação contra hepatite B, disponível no SUS para as seguin­tes situações:
Faixas etárias específicas:
Menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto e crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade.
Para todas as faixas etárias:
Doadores regulares de sangue, populações indígenas, co­municantes domiciliares de portadores do vírus da hepa­tite B, portadores de hepatite C, usuários de hemodiálise, politransfundidos, hemofílicos, talassêmicos, portadores de anemia falciforme, portadores de neoplasias, portado­res de HIV (sintomáticos e assintomáticos), usuários de drogas injetáveis e inaláveis, pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc), carcereiros de delegacias e penitenciárias, homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, profissionais de saúde, coletadores de lixo hospi­talar e domiciliar, bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários envolvidos em atividade de resgate.
Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso isso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. A vacina contra hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário básico.A imunização contra a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses).

O que é hepatite C?
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), conhecido anteriormente por “hepatite Não A Não B”, quando era responsável por 90% dos casos de hepatite transmitida por transfusão de sangue sem agente etiológico reconhecido. O agente, podendo apresen80% das pessoas que se infectam não conseguem eliminar o vírus, evoluindo para formas crônicas. Os restantes 20% conseguem elimietiológico é um vírus RNA, da família Flaviviridae­tar-se como uma infecção assintomática ou sintomática. Em média, ­ná-lo dentro de um período de seis meses do início da infecção. O período de incubação varia de 15 a 150 dias.

Como a hepatite C é transmitida?
Em cerca de 10 a 30% dos casos dessa infecção, não é possível de­finir qual o mecanismo de transmissão envolvido. Os mecanismos conhecidos para a transmissão dessa infecção são os seguintes:
Transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis: o mecanis­mo mais eficiente para transmissão desse vírus é pelo contato com sangue contaminado. Desta forma, as pessoas com maior risco de terem sido infectadas são: a) que receberam transfusão de sangue e/ou derivados, sobretudo para aqueles que utiliza­ ram estes produtos antes do ano de 1993, época em que foram instituídos os testes de triagem obrigatórios para o vírus C nos bancos de sangue em nosso meio; b) que compartilharam ou compartilham agulhas ou seringas contaminadas por esse vírus como usuários de drogas injetáveis.
Hemodiálise: alguns fatores aumentam o risco de aquisição de hepatite C por meio de hemodiálise, tais como utilização de heparina de uso coletivo e ausência de limpeza e desinfecção de todos os instrumentos e superfícies ambientais.
Acupuntura, piercings, tatuagem, droga inalada, manicures, barbearia, instrumentos cirúrgicos: qualquer procedimento que envolva sangue pode servir de mecanismo de transmissão desse vírus, quando os instrumentos utilizados não forem devidamente limpos e esterilizados. Isto é válido para tratamentos odontológicos, pequenas ou grandes cirurgias, acupuntura, piercings, tatuagens ou mesmo procedimentos realizados em barbearias e manicures. A prática do uso de droga inalada com compartilhamento de canudo também pode veicular sangue pela escarificação de mucosa.
Relacionamento sexual: esse não é um mecanismo freqüente de transmissão, a não ser em condições especiais. O risco de transmissão sexual do HCV é menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST. Pessoas que tenham muitos parceiros sexuais ou que tenham outras doenças de transmissão sexual (como a infecção pelo HIV) têm um risco maior de adquirir e transmitir essa infecção. O relacionamento sexual anal desprotegido também aumenta o risco de transmissão desse vírus, provavelmente por microtraumatismos e passagem de sangue. O vírus da hepatite C foi encontrado no sangue menstrual de mulheres infectadas e nas secreções vaginais. No sêmen, foi encontrado em concentrações muito baixas e de forma inconstante, não suficiente para manter a cadeia de transmissão e manter a disseminação da doença.
Transmissão vertical e aleitamento materno: a transmissão do vírus da hepatite C durante a gestação ocorre em menos de 5% dos recém-nascidos de gestantes infectadas por esse vírus. O risco de transmissão aumenta quando a mãe é também infecta­da pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). A transmis­são do HCV pelo aleitamento materno não está comprovada. Dessa forma, a amamentação não está contra-indicada quando a mãe é infectada pelo vírus da hepatite C, desde que não exis­tam fissuras no seio que propiciem a passagem de sangue.
Acidente ocupacional: o vírus da hepatite C (HCV) só é trans­mitido de forma eficiente por meio do sangue. A incidência média de soroconversão, após exposição percutânea com san­gue sabidamente infectado pelo HCV é de 1,8% (variando de 0 a 7%). Um estudo demonstrou que os casos de contaminações só ocorreram em acidentes envolvendo agulhas com lúmen. O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológi­cos, que não o sangue, não é quantificado, mas considera-se que seja muito baixo. Nenhum caso de contaminação envolvendo pele não-íntegra foi publicado na literatura.
Transplante de órgãos e tecidos: o vírus HCV pode ser trans­mitido de uma pessoa portadora para outra receptora do órgão contaminado.

Como prevenir a hepatite C?
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção primárias e secundárias. As medidas primárias visam à redução do risco para disseminação da doença e as secundárias à interrupção da progressão da doença em uma pessoa já infectada.
Dentre as medidas de prevenção primária, destacam-se:
triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico não infectado;
triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, rim e pulmão;
triagem de doadores de córnea ou pele;
cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise.
Dentre as medidas de prevenção secundária, podemos definir:
tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado;
abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias hepatotóxicas.
Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam a reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores, quando presentes, podem ajudar a acelerar o desen­volvimento de formas graves de doença hepática.

Como é o tratamento da hepatite C?
O tratamento da hepatite C constitui-se em um procedimento de maior complexidade, devendo ser realizado em serviços especializa­dos. Nem todos os pacientes necessitam de tratamento e a definição dependerá da realização de exames específicos, como biópsia hepá­tica e exames de biologia molecular. Quando indicado, o tratamento poderá ser realizado por meio da associação de interferon com riba­virina ou do interferon peguilado associado à ribavirina. A chance de cura varia de 50 a 80% dos casos, a depender do genótipo do vírus.

Por WebMaster — Última modificação 22/05/2009 10:25
Site: http://www.saude.mg.gov.br/destaques/hepatite-abc

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