DICAS DE ODONTOPEDIATRIA
Seguindo algumas orientações básicas,
você pode fornecer ao seu filho excelentes
cuidados odonto-pediátricos.
Seguindo algumas orientações básicas,
você pode fornecer ao seu filho excelentes
cuidados odonto-pediátricos.
Dra. Lucia Coutinho
(CRO-SP 23626)
Especialista em Odontopediatria
1. Os pais ou responsáveis devem estar conscientes de suas responsabilidades e participação na saúde dentária de seus filhos, e acreditar que existem recursos que podem ser utilizados para prevenir, melhorar ou manter o equilíbrio das estruturas bucais dos mesmos.
2. A primeira visita do bebê ao odontopediatra deverá ocorrer por volta de 1 ano de idade, quando ele já apresenta os primeiros dentinhos. Neste momento o responsável receberá orientações sobre dieta, higiene e remoçãode maus hábitos, como sucção de dedo, uso excessivo de chupeta e uso indevido de mamadeira.
3. O bebê pode vir a ter cáries em idade muito precoce, até mesmo antes de completar 1 ano de idade. O hábito da amamentação ou alimentação com mamadeira com leite, chá ou qualquer líquido contendo açúcar ou mel, durante o sono, principalmente à noite, pode provocar a cárie de mamadeira. É uma cárie aguda, muito agressiva, de evolução rápida, provoca muita sensibilidade(dor), chegando a causar a destruição dos dentinhos num curto espaço de tempo. E pode até mesmo prejudicar a formação dos dentes permanentes. Por tudo isso, as cáries agudas(de mamadeira), devem ser controladas pelo odontopediatra, que vai orientar o responsável sobre como remover o hábito noturno da mamadeira imediatamente associando higiene e aplicações tópicas de flúor em consultório.
4. Lesões de mancha branca iniciais são indicadoras de alta atividade cariogênica e risco de cáries com cavidades grandes em curto espaço de tempo.
5. As crianças que desenvolvem o hábito de higienização precoce, terão mais chances de crescer com boa saúde bucal.
6. É importante que as gengivas do bebê sejam massageadas e a cavidade bucal limpa pelo menos uma vez ao dia, de preferência após a última mamada, utilizando-se gaze ou uma fralda limpa e água filtrada ou uma solução prescrita pelo odontopediatra. Este hábito, além de higienizar a cavidade bucal do bebê, o condiciona a ter a boca manipulada após a alimentação. Isso com certeza facilitará a introdução da escovação no futuro.
7. Com a erupção do primeiro dente, começam a ser criadas as condições para a colonização precoce pelas bactérias causadoras da doença cárie, sendo a mãe a principal fonte de transmissão para o filho. A saliva é o principal vetor de transmissão bacteriana, por isso deve-se evitar o uso compartilhado de escovas de dentes e talheres, beijar o rosto do bebê ou assoprar sua comida.
8. Após o aparecimento do primeiro dentinho, deve-se continuar a limpeza com gaze ou fralda limpa embebida em água filtrada para remover resíduos alimentares.
9. Quando a criança começa a andar, é comum levar tombos em que bate a boca. Dependendo da intensidade do trauma, se não houver perda total, o dentinho pode ficar mole, escurecer na hora ou mais tarde e a gengiva pode sangrar. O mais adequado, seja qual for a intensidade do trauma, é procurar imediatamente o odontopediatra para uma avaliação clínica e radiográfica. Caso haja necrose da polpa(nervo), é preciso o tratamento de canal para evitar a perda precoce do dente “de leite” e possíveis danos nos dentes permanentes.
10. Quando os molares “de leite”(dentes do fundo) começam a aparecer, a higiene deverá ser realizada com a escova, pois estes dentes tem algumas reentrâncias(sulcos) que impedem a limpeza adequada só com a fralda.
11. Até os 4 anos de idade deve ser utilizado dentifrício sem flúor devido ao risco da ocorrência de fluorose nos dentes permanentes pela ingestão do dentifrício fluoretado.
12. Por volta dos 3 anos de idade, a criança costuma gostar de escovar os dentes e quer fazê-lo sozinha. Esta atitude deve ser respeitada e estimulada, acrescentando-se apenas a necessidade de ser supervisionada e ter sua escovação complementada pelo responsável, devido a pouca habilidade motora nesta idade.
13. Recomendam-se 2 escovações por dia, pela manhã e antes de dormir. Porém alguns odontopediatras entendem que em virtude da limitada cooperação da criança , pode-se optar por uma única escovação bem cuidadosa, antes de dormir e que se vá introduzindo aos poucos uma segunda escovação.
14. Não existe um jeito certo de escovar. O importante é que se limpe todos os dentes de todos os lados, promovendo também uma suave massagem na gengiva.
15. A escova dental tem sua efetividade diminuida com o uso, por isso há necessidade de troca conforme o desgaste. Não existe uma regra, entretanto é sugerida a troca a cada 3 meses pois as cerdas ficam deformadas e perdem sua elasticidade tornado-se ineficazes para uma higiene correta.
16. O fio dental deve ser utilizado assim que a criança tenha dois dentes que apresentem contato. Pois entre os dentes é impossível o acesso da escova. E é mais fácil para os responsáveis aprenderem a utilizar o fio dental quando a criança tem poucos dentes.
17. A partir dos 5 anos e meio, a criança pode ter os primeiros molares permanentes em erupção e os responsáveis devem ser orientados no sentido de que estes dentes devem ser escovados rotimeiramente mesmo nos estágios iniciais. Nesta idade já são recomendadas 3 escovações diárias após a principais refeições, com atenção especial aos primeiros molares permanentes.
18. Aos 8 anos, a escovação ainda deve ser supervisionada por adutos. É importante, entretanto, considerar a habilidade individual de cada criança..
“Com prevenção, orientação e afeto, o Odontopediatra pode construir uma geração Cárie Zero”
Odontologia Integrada Lúcia Coutinho
Dra Lúcia Coutinho
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