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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Mensagem Natal e Fim de Ano
O coração começa a bater mais forte... O Natal chegou...
Talvez seja porque está terminando mais um ano,ou porque temos muito para agradecer.
A você, que esteve conosco ao longo deste ano, e que confiou a nós,
a nobre missão de cuidar da saúde do seu sorriso. Hoje queremos agradecer...!
Agradecer pelos abraços sinceros, pelos apertos de mão e pela alegria de ver você sorrindo.
Hoje queremos agradecer porque você faz e fará sempre parte de nossa história!
Que o novo ano traga para você muitos e muitos motivos para sorrir.
Final de ano, início de um novo.
Tempo de reflexão e de novos sonhos.
tempo de aprender com nossos erros,
buscando sempre acertar mais e mais.
Que o Novo Ano seja repleto de ações positivas,
Paz e realizações.
Aos clientes, amigos e internautas, boas festas de final de ano e que o Menino Jesus nos ilumine nossos caminhos, abrindo nossos corações e nos inspire em nossos atos.
Matéria: Ciclo Natalino
Ciclo Natalino
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Universal, abrangente, calorosa assim é a festa de Natal, que envolve a todos. Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas.
Até os antinatalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo, tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade.
Na origem, as comemorações festivas do ciclo natalino vêm da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.
A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria a luz a Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma manjedoura.
Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus.
O "Feliz Natal" no mundo
Passe o mouse sobre os itens, sem clicar
- Brasil: Feliz Natal
- Bélgica: Zalige Kertfeest
- Bulgária: Tchestito Rojdestvo Hristovo, Tchestita Koleda
- Portugal: Boas Festas
- Dinamarca: Glaedelig Jul
- EUA: Merry Christmas
- Inglaterra: Happy Christmas
- Finlândia: Hauskaa Joulua
- França: Joyeux Noel
- Alemanha: Fröhliche Weihnachten
- Grécia: Eftihismena Christougenna
- Irlanda: Nodlig mhaith chugnat
- Romênia: Sarbatori vesele
- México: Feliz Navidad
- Holanda: Hartelijke Kerstroeten
- Polônia: Boze Narodzenie
Simbologia
Desde a sua origem, o Natal é carregado de magia. Gritos, cantigas, forma rudimentar do culto, um rito de cunho teatral, o drama litúrgico ou religioso medieval ganha modificações no decorrer dos séculos. Dos templos, a teatralização ganha praças, largos, ruas e vielas, carros ambulantes, autos sacramentais e natalinos. Os dignatários da Igreja promoviam espetáculos. Na evolução da história está a compreensão de todos os símbolos de Natal.
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Árvore - Representa a vida renovada, o nascimento de Jesus. O pinheiro foi escolhido por suas folhas sempre verdes, cheias de vida. Essa tradição surgiu na Alemanha, no século 16. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século 19, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo.
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Presentes - Simbolizam as ofertas dos três reis magos. Hábito anterior ao nascimento de Cristo. Os romanos celebrava a Saturnália em 17 de dezembro com troca de presentes. O Ano Novo romano tinha distribuição de mimos para crianças pobres.
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Velas - Representam a boa vontade. No passado europeu, apareciam nas janelas, indicando que os moradores estavam receptivos.
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Estrela - No topo do pinheiro, representa a esperança dos reis-magos em encontrar o filho de Deus. A estrela guia os orientou até o estábulo onde nasceu Jesus.
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Cartões - Surgiram na Inglaterra em 1843, criados por John C. Horsley que o deu a Henry Cole, amigo que sugeriu fazer cartas rápidas para felicitar conjuntamente os familiares.
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Comidas típicas - O simbolismo que o alimento tem na mesa vem das sociedades antigas que passavam fome e encontravam na carne, o mais importante prato, uma forma de reverenciar a Deus.
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Presépio - Reproduz o nascimento de Jesus. O primeiro a armar um presépio foi São Francisco do Assis, em 1223. As ordens religiosas se incumbiram de divulgar o presépio, a aristocracia investiu em montagens grandiosas e o povo assumiu a tarefa de continuar com o ritual.
O Ciclo Natalino
* Rúbia Lóssio
Meu São José dai-me licença
Para o Pastoril dançar,
Viemos para adorar
Jesus nasceu para nos salvar."
O ciclo natalino inicia-se na véspera do Natal, 24 de dezembro, e vai até o dia de Reis, 6 de janeiro. Para acompanhar esse período, é preciso manter a ingenuidade de uma criancinha, a esperança de um amanhecer ensolarado, a ternura de um botão de rosas e a leveza de uma linda borboleta no ar. A emoção do povo é revelada nos folguedos natalinos através de sua ação dramática. Temos vários folguedos natalinos, como o pastoril, o bumba-meu-boi, a cavalhada, a chegança, que fazem referências à Noite de Festas e ao grande dia em que Jesus nasceu. Desses folguedos, o mais tipicamente natalino é o pastoril religioso, que tem em sua essência a temática da visitação dos pastores ao estábulo de Belém onde Jesus nasceu.
Há registros sobre o pastoril desde da Idade Média. Em Portugal são conhecidas as peças de Juan de Encina e Gil Vicente, baseadas em temas populares anteriores, segundo o professor Roberto Benjamin. Como denominação popular do pastoril, temos a Lapinha, que desaparecera quase completamente, cedendo lugar aos pastoris. Câmara Cascudo descreve que a Lapinha "era representada na série dos pequeninos autos, diante do presépio, sem intercorrência de cenas alheias ao devocionário. Os presépios foram armados em Portugal desde 1391, quando as freiras do Salvador fizeram o primeiro." O presépio designa o estábulo ou o curral, lugar onde se recolhe o gado, e representa as cenas do nascimento de Jesus em Belém. Há também uma diferença terminológica decorrente de sua grandiosidade. Ou seja, se o era grande, rico e bonito, era chamado de Presépio; se era pobre, pequeno e despojado, era uma Lapinha.
Mas, o que ficou na tradição foi a queima da Lapinha, no dia 6 de janeiro, pois só por volta do século XVI, três centúrias após a criação da simbologia do presépio, teve início a dramatização da cena da Natividade, com contos populares, danças e produção literária anônimas, como registra Geninha da Rosa Borges. Pereira da Costa relata que "o pastoril era, a princípio, a representação do drama hierático, o nascimento de Jesus Cristo, o presépio dos bailados e cantos próprios. Conta a lenda que São Francisco de Assis, querendo comemorar de maneira condigna o nascimento de Jesus, no ano de 1223, entendeu de fazer uma representação do maior acontecimento da Cristandade. Obteve licença do Papa e fez transportar para uma gruta um boi, um jumento e uma manjedoura, colocando o menino Jesus sobre a palha, ladeado pelas imagens de Nossa senhora e São José.
Dentro dessa gruta, celebrou uma missa, assistida por um grande número de frades e camponesas das redondezas. Durante o sermão, pronunciou as palavras do Evangelho: "colocou-o num presépio, apareceu-lhe nos braços um menino todo iluminado", e a partir daí, a representação dos presépios tornou-se comum e espalhou-se por todo o mundo. O aparecimento do présepio em Pernambuco vem, talvez, do século VI, no Convento Franciscano em Olinda. Mário Souto Maior comenta que, "com o passar dos anos, o presépio, que era representação estática do nascimento de Jesus Cristo, até os fins do século VIII, começou a ter a sua forma animada pelas pastorinhas cantando loas, com a participação do velho, do pedegueba". Câmara Cascudo define o pastoril como "cantos, louvações, loas, entoadas diante do presépio na noite do Natal, aguardando-se a missa da meia-noite. Representavam a visita dos pastores ao estábulo de Belém, ofertas, louvores, pedidos de bênção. Os grupos que cantavam vestiam-se de pastores, e ocorria a presença de elementos para uma nota de comicidade, o velho, o vilão, o saloio, o soldado, o marujo, etc. Os pastoris foram evoluindo para os autos, pequeninas peças de sentido apologético, com enredo próprio divididos em episódios que tomavam a denominação quinhentista de "jornadas" e ainda a mantêm no nordeste do Brasil..." Nas jornadas, que eram um grande atrativo do pastoril, realçava-se o estilo dramático, fazendo com que os partidários atirassem flores, lenços de seda e até chapéus.
O Pastoril tem como corpo principal o grupo de pastoras, subdividido em dois cordões (azul e encarnado). A Mestra dirige o cordão encarnado, e a Contramestra, o cordão azul. Há também o Anjo, o Pastor, o Velho - personagem cômico, originário provavelmente do pastor -; a Diana, que é a intermediária entre os dois cordões; a Borboleta, personagem faceira; a Jardineira, que canta e dança uma jornada em solo, referente às atividades da jardinagem; a Libertina, que é, em algumas variantes, a pastora tentada pelo Demônio; o Demônio ou Diabo, que vem tentar as pastoras; a Cigana, que representa o povo cigano que vem dizer o destino, a sorte de Jesus e que "às vezes, lê a sorte das pastoras e das pessoas da platéia, lendo a mão na tradição da buena dicha para recolher o dinheiro.
Trajando saias curtas e rodadas, e corpetes ou blusas brancas, e usando um diadema enfeitado com fitas, as pastoras, com toda a graciosidade, trazem na mão pandeirinhos ou maracás, adornados da mesma forma. O Anjo apresenta-se como um anjo de procissão, com asas de papel; a Cigana veste saia comprida e usa brincos, lenços, colares de moedas douradas; a Borboleta usa asas transparentes e antenas de papel colorido; e o Pastor utiliza um cajado.
Assistir a uma encenação do pastoril, que seduz e encanta, revelando de maneira maravilhosa a estonteante beleza do Ciclo Natalino, traduzida nos rostos das pastoras, é deslumbrar-se com um espetáculo único do povo brasileiro.
* Rúbia Lóssio é vinculada ao Centro de Estudos Folclóricos Mário Souto Maior e mestre pelo Curso de Mestrado em Administração Rural e Comunicação Rural da UFRPE
Fonte de pesquisa
Anoticia.com.br
Referências Bibliográficas: AMORIM, Leny.(Org) Em Louvor ao Natal. Recife: Academia Pernambucana de Música, 1992.102 p BENJAMIN, Roberto. Folguedos e Danças de Pernambuco.
Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Coleção Recife, LV. Pg. 50 - 53
BRANDÃO, Théo. Folguedos Natalinos - Pastoril. Coleção Folclórica da UFAL - 27.
Museu Théo Brandão, de Antropologia e Folclore, UFAL/CBDF. Alagoas, 1976.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro.
Rio de Janeiro: ed. 9º, Ediouro, Pg. 682 - 684
MAIOR, Mário Souto. O PASTORIL. in: (Org.)Leny Amorim. Em Louvor ao Natal.
Recife: Academia Pernambucana de Música, 1992. P.21 -
Matéria :Pouco sono, saúde em baixa
Pouco sono, saúde em baixa
Além das doenças do coração, conheça outros cinco males associados à privação de sono
1 - Obesidade - Se você não descansa, o organismo carece de substâncias que são justamente produzidas durante o sono. “É o caso da leptina, o hormônio da saciedade”, confirma o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração, em São Paulo. “O pior é que a privação de sono também aumenta a produção de grelina, substância que tem o efeito oposto da leptina, ou seja, aumenta o apetite – e por carboidratos”, completa a fisioterapeuta Flavia Nerbass, que trabalha no mesmo laboratório, no InCor, também na capital paulista. Aí, a matemática é simples: mais fome e menos saciedade = a quilos extras.
2 - Falhas na memória - É durante o sono REM- aquela fase caracterizada por movimentos rápidos dos olhos e pela ocorrência dos sonhos—que as informações aprendidas durante o dia são processadas e armazenadas. “Trata-se de um período de limpeza do cérebro, fundamental para novas assimilações”, explica a pesquisadora Silke Weber, que estuda a relação entre sono e coração, na Universidade Estadual de São Paulo, em Botucatu, no interior paulista. Por isso mesmo, indivíduos que não dormem direito podem apresentar dificuldade em registrar novas informações.
3 - Diabete - “Estudos mostram que dormir mal por apenas três noites já é o suficiente para deflagrar sinais de resistência à insulina, condição que pode evoluir para diabete”, conta Flávia Nerbass. Uma explicação para isso seria o fato da privação de sono ativar o sistema nervoso simpático, aquele que mantém o corpo todo em alerta. “Então, há liberação de cortisol, hormônio que, em excesso, induz a elevação das taxas de açúcar no sangue”, explica o cardiologista Rodrigo Pavanello, do Hospital do Coração, em São Paulo.
4 - Problemas de crescimento - Criança que dorme mal pode ter problema para se desenvolver. “A maior parte do hormônio do crescimento é secretada nas fases mais profundas do sono. Por isso, quando os pequenos não descansam, seu desenvolvimento fica comprometido”, explica Geraldo Lorenzi Filho.
5- Envelhecimento acelerado- Isso mesmo, dormir pouco acelera o processo de envelhecimento. Em alerta, sem descanso, o corpo fica em estado de estresse. Por isso, aumenta a produção de radicais livres, aquelas moléculas formadas naturalmente no organismo e que degradam as células. “Sem contar que é justamente durante o sono que são produzidas substâncias antioxidantes, responsáveis por combater esses radicais”, completa Lorenzi.
Fonte: Revista Saúde _ Editora Abril
Testes
Será que seus níveis de vitamina D andam baixos?
Como anda sua relação com o trabalho?
Será que você sabe mesmo conservar os alimentos?
Quiz: faça a escolha certaO que você sabe sobre os efeitos do álcool no organismo?
Teste: calo, unha encravada, micose...
Verdade ou mentira: o que você sabe sobre o chá?
Você é vespertino ou matutino?
Será que seu filho um dia vai virar fumante?
Você está satisfeito com a sua vida?
Qual o risco de você vir a ter osteoporose?
O que estoura o limite de trans?
O trabalho está estressando você?
Matéria: Exercícios: aproveite o máximo
Exercícios: aproveite o máximo
Exercícios bem nutridos
Saiba como tirar o melhor proveito das atividades físicas com a ajuda dos nutrientes.
por Vanessa de Sá | design e ilustração Eder Redder | fotos Alex Silva
É claro que você conhece e muito bem a relação entre atividade física regular e saúde. Mas reflita sobre a sua alimentação. Será que ela está adequada para seu corpo render a melhor performance? Se não se sente lá muito seguro para responder sim sem pestanejar, saiba que nesse caso os benefícios da malhação podem estar vários passos atrás do que seria desejável. Mesmo que você se mexa todo santo dia.
Um cardápio apropriado contém carboidratos, a principal fonte de energia das células, e proteínas, indispensáveis para a formação dos músculos. Sem falar nas gorduras, nos minerais e nas vitaminas, nutrientes que fortalecem o sistema imunológico e contribuem para a saúde nutricional de quem faz atividade física, salienta Dan Benardot, diretor do Laboratório de Performance de Atletas de Elite da Universidade do Estado da Geórgia, nos Estados Unidos.
Um atleta que se preze não abre mão do valioso arsenal de substâncias sugeridas nos complementos. Mas quem malha só por curtição ou porque busca tão-somente se manter saudável também precisa comer direito para tirar o máximo proveito do esforço físico.
Texto: Ganhe músculos e estique a saúde
Ganhe músculos e estique a saúde
Musculação praticada com bom senso e disciplina não garante apenas um corpo mais forte e definido. Segundo estudos muito recentes, esse tipo de treino afasta o câncer e o diabete tipo 2. E, como bônus, você aprimora o sistema cardiovascular
por CÉSAR KURT
design GLENDA CAPDEVILLE
fotos EDUARDO SVEZIA
Durante um bom tempo, levantar peso era visto com desconfiança por profissionais da saúde. Mas isso mudou. Já se sabe que a musculação, por si, causa benefícios que, na somatória, aumentam a longevidade. Seus ótimos efeitos sobre o esqueleto foram dos primeiros a ser reconhecidos pela ciência. Agora, impressiona a quantidade de trabalhos relacionando esse tipo de atividade física à maior capacidade do organismo de debelar males graves, como tumores.
Uma investigação realizada pelo renomado Instituto Karolinska, na Suécia, em conjunto com a Universidade de Granada, na Espanha, merece destaque. Primeiro porque foi feita com quase 9 mil voluntários, uma quantidade de gente que não deixa muita margem a dúvida nos resultados. E eles apontam que os indivíduos mais musculosos, confrontados com aqueles que eram flácidos, apresentaram uma incidência de doenças graves menor ao longo de nada menos que 19 anos. Aliás, na turma mais fracote houve uma taxa 50% mais alta de mortes em comparação com o grupo dos fortinhos.
“A pesquisa reforça ainda mais as evidências que ligam a força muscular à prevenção de problemas crônicos”, relata Jonatan Ruiz, principal autor do estudo. É o caso do câncer — sim, ele já pode ser incluído nessa categoria de males que, se não têm cura, podem ser tratados e controlados por muitos e muitos anos. O levantamento feito por suecos e espanhóis constatou que pessoas com músculos tonificados resistem mais aos tumores.
É possível que isso tenha a ver, entre outras coisas, com o poder desse tipo de exercício contra substâncias oxidantes, que danificam o DNA e, conseqüentemente, contribuem para o aparecimento de células anormais, isto é, malignas. O interessante é que os benefícios não foram observados apenas em quem era magro e fazia musculação. Embora a gordura corporal contribua para reações inflamatórias que aumentam o risco de um câncer, homens obesos que se submetiam a treinos com pesos também pareceram menos sujeitos ao câncer. “Ou seja, a musculação, apesar de não queimar tantas calorias quanto a atividade aeróbica, ajuda essa parcela da população a reduzir a ameaça de um tumor”, resume o oncologista Marcelo Aisen, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), em São Paulo.
A hipertrofia — conquistada em séries com poucas repetições, mas muita carga — aumenta o tamanho das fibras musculares, gerando mais potência ou força
Outro estudo, este da Associação Americana de Fisioterapia, mostra que a musculação ajuda a prevenir e a combater o diabete do tipo 2, doença que se caracteriza pela resistência à insulina. Por causa dela, o açúcar fica dando sopa na circulação, já que não consegue entrar nas células sem o empurrão desse hormônio. Os fisioterapeutas americanos notaram que quem não só praticava um esporte aeróbico como também levantava pesos de vez em quando tinha um melhor controle da glicose do que os que se limitavam a correr, por exemplo.
“O exercício faz com que estruturas de dentro da célula captem essa fonte de energia sem precisar da insulina”, afirma Angelina Zanesco, fisiologista da Universidade Estadual Paulista, a Unesp, em Rio Claro. Quanto mais músculo, maior a captação.
Quer outro bom motivo para não deixar os músculos enfraquecidos? Eles contribuem para a saúde do peito. Não vamos menosprezar a importância das atividades aeróbicas na melhora da circulação sangüínea, fazendo o coração bater forte. “No entanto, a massa muscular melhora o desempenho físico, o que indiretamente ajuda a aprimorar o sistema cardiorrespiratório”, argumenta o fisiologista Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), no Rio de Janeiro. Em outras palavras, você consegue correr ou dar suas braçadas embaixo d’água por um tempo maior e aí o coração sai ganhando.
Sem contar que, quanto mais músculos, maior é o gasto energético até mesmo em repouso. “Esse consumo pós-treino facilita o controle do peso”, diz Lucas da Nóbrega. E, com a massa magra adequada — e a nossa musculatura, ao lado dos ossos, forma a tal massa magra —, os riscos de males cardíacos caem consideravelmente.
Atenção: tudo isso não significa que você tem que botar pilha no treino. Ao contrário, os estudiosos aconselham conquistar o corpo forte sem passar dos limites (veja o quadro ao lado). Segundo a American College of Sports Medicine, uma instituição de prestígio internacional, a recomendação é manter a freqüência mínima de dois dias de musculação por semana. Nos demais, faça esteira ou outro exercício aeróbico de sua preferência. O importante é buscar orientação de um profissional especializado. Ele vai montar um programa de treinos personalizado, visando o seu objetivo.
A evolução deve ocorrer sem pressa. “No início, é melhor realizar séries com mais repetições e menos carga”, ensina Florentino Assenço, educador físico da Universidade Federal do Maranhão, a UFMA, em São Luís. Assim, evita-se uma indesejada sobrecarga nos músculos e nos ossos e desenvolve-se resistência de modo adequado. A massa magra vai crescer e aparecer, mas não ficará turbinada, inflada. Ou seja, sua primeira meta deve ser adquirir tônus muscular, que deixa o corpo preparado para o que der e vier. À medida que for ganhando condicionamento, poderá partir para os exercícios de hipertrofia, aqueles com menos repetições e cargas mais pesadas, que aumentam a força pra valer. Aí, sim, bíceps, tríceps e peitorais vão dar na vista — mas nunca exagere! Faça apenas o seu corpo ficar bem definido. Isso é capaz de retardar a decadência física, o obstáculo a ser vencido por quem busca viver mais e melhor.
Já levantar cargas mais leves, porém com mais repetições, desenvolve a resistência muscular, isto é, a capacidade de manter a força por mais tempo.
Fonte: Revista Saúde _ Editora Abril
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Infornativo :Coroas de aço
3M ESPE Coroas de Aço |
INFORMAÇÕES ADICIONAIS |
Indicações: As Coroas de Aço 3M ESPE são indicadas em: • Grandes destruições coronárias, onde não é possível a restauração com amálgama, resina ou ionômero de vidro; • Cáries extensas envolvendo várias faces do dente • Mantenedor de espaço; • Pós-tratamento pulpar ou procedimentos endodônticos em molares decíduos; • Casos de amelogênese imperfeita, dentinogênese imper feita e hipoplasia de esmalte. Características: • Pré-contornadas, copiam a anatomia do dente decíduo, que é diferente do dente permanente; • Disponíveis somente para molares; • Disponíveis em 6 tamanhos diferentes para cada tipo de molar; • Possuem uma constrição na região cervical para facilitar o encaixe e a adaptação no dente. Apresentação: • Reposição com 2 unidades disponíveis em todos os tamanhos; • Kit ND-48 (uma reposição de cada tamanho — 48 unidades) Benefícios: • Restaurações duráveis — mais economia para os pais • Procedimento definitivo — menos sessões, menos retrabalho, maior longevidade; • Evitam a exodontia de dentes, futuros problemas de oclusão e a necessidade de uso de aparelho ortodôntico do tipo mantenedor de espaço; • Reabilitam crianças com amelogênese e dentinogênese imperfeita. Fonte: 3M ESPE |
Odontologia : Amelogênese imperfeita
Amelogênese imperfeita
Definição:Condição na qual os dentes são cobertos com esmalte fino e malformado.
Causas, incidência e fatores de risco:
A amelogênese imperfeita é uma condição hereditária transmitida como característica dominante que faz com que o esmalte do dente seja mole e fino. Os dentes apresentam uma aparência amarela, pois a dentina é visível pelo esmalte. Os dentes são danificados com facilidade e suscetíveis à cárie.
Sintomas:
- dentes de aparência amarelada com esmalte fino
- esmalte facilmente escoliado
- não há aumento na incidência de cárie dentária
- dente com colorações anormais
Sinais e exames:
Um exame dentário revela a anormalidade.Tratamento:
Coroas completas melhoram a aparência e protegem os dentes contra danos.Expectativas (prognóstico):
O tratamento geralmente obtém êxito para proteção dos dentes.Complicações:
É possível a perda precoce dos dentes, especialmente se não houver tratamento.Solicitação de assistência médica:
Marque uma consulta com seu dentista se apresentar sintomas desta condição.Prevenção:
O aconselhamento genético pode ser de interesse dos futuros pais.Figuras
Fonte: Adam.com
Odontologia: Hipoplasia do esmalte dentário amelogênese imperfeita
Hipoplasia do esmalte dentário amelogênese imperfeita
Castanho Hereditário, Dentes Opalescentes
HIPOPLASIA DEVIDA A FATORES IDIOPÁTICOS:
Odontologia :Tetralogia de Fallot e sua repercussão na saúde bucal
Revista Paulista de Pediatria
ISSN 0103-0582 versión impresa
Rev. paul. pediatr. v.26 n.1 São Paulo mar. 2008
doi: 10.1590/S0103-05822008000100016
RELATO DE CASO
Tetralogia de Fallot e sua repercussão na saúde bucal
Repercussion of tetralogy of Fallot on oral health
Cristiane Meira AssunçãoI; Tatiana FalleirosII; Renato Cordeiro GugischIII; Fabian Calixto FraizIV; Estela Maris LossoV
IEspecialista em Odontopediatria pela Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Brasileira de Odontologia, seção Paraná, (EAP/ABO-PR), Curitiba, PR, Brasil
IIEspecialista em Odontopediatria pela EAP/ABO-PR, Curitiba, PR, Brasil
IIIDoutor em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), e professor adjunto da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
IVDoutor em Odontopediatria pela FOUSP, e professor-associado da UFPR, Curitiba, PR, Brasil
VDoutora em Odontopediatria pela FOUSP, e professora titular da Disciplina de Odontologia para a Infância do Centro Universitário Positivo, Curitiba, PR, Brasil
RESUMO
OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente com tetralogia de Fallot e sua condição bucal.
DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do gênero masculino atendido no Curso de Especialização em Odontopediatria da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Brasileira de Odontologia da seção Paraná dos cinco aos sete anos de idade. O exame clínico intrabucal inicial revelou quadro de cárie severa da infância. Durante o acompanhamento, verificou-se a erupção dos primeiros molares permanentes com a presença de defeitos de desenvolvimento de esmalte e perda de estrutura dental. À anamnese, a mãe relatou que o paciente foi portador de tetralogia de Fallot e que a cirurgia corretora foi realizada com um ano e 11 meses de idade.
COMENTÁRIOS: A formação do esmalte dental dos primeiros molares permanentes ocorre a partir do primeiro mês de vida e é finalizada entre dois e quatro anos de idade. Neste caso, tal etapa coincidiu com o período anterior à cirurgia para correção da tetralogia de Fallot, fato que pode ter interferido negativamente no processo de mineralização dos primeiros molares permanentes. Os defeitos de desenvolvimento do esmalte podem levar a perda de estrutura dental, favorecendo o aparecimento da cárie dentária. Dessa forma, o odontopediatra deve realizar um diagnóstico precoce dessas alterações e intervir preventivamente para evitar a perda de tais dentes. Uma anamnese bem detalhada e a maior interação entre pediatras e odontopediatras podem proporcionar melhor acompanhamento de crianças com fatores de risco para apresentar defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário.
Palavras-chave: tetralogia de Fallot; esmalte dentário; saúde bucal; criança.
ABSTRACT
OBJECTIVE: To report a case of a child with tetralogy of Fallot and his oral conditions.
CASE DESCRIPTION: A male patient was assisted at the Pediatric Dentristry Specialization Course of the Brazilian Dentistry Association in the State of Paraná, Brazil, from five to seven years old. At the first intrabucal examination, the child presented a severe caries disease. During their treatment, enamel developmental defects were detected in the first permanent molar tooth, with loss of enamel structure. His mother reported that the patient had a surgical correction of tetralogy of Fallot cardiac malformation when he was 23 months old.
COMMENTS: The enamel development of the first molar starts in the first month of life and ends around two to four years old. In this patient, the period of mineralization of the first molar was coincident with the period prior to the surgical correction of the cardiac problem. Probably, the development of dental enamel was impaired by the systemic repercussion of this congenital anomaly. Enamel developmental defects can present loss of dental structure, increasing the risk of caries. Therefore, the pediatric dentists should diagnose dental enamel developmental defects early, in order to prevent serious damages to the teeth. A detailed anamnesis and a good interaction between pediatricians and pediatric dentists will provide a better follow-up of children at risk of having dental enamel developmental defects.
Key-words: tetralogy of Fallot; dental enamel; oral health; child.
Introdução
A tetralogia de Fallot é uma cardiopatia congênita com quatro características principais: defeito do septo ventricular, obstrução na via de saída do ventricular direito, aorta em dextroposição e hipertrofia do ventrículo direito(1). É a cardiopatia congênita cianótica mais freqüente.Os defeitos anatômicos diminuem a quantidade de oxigênio no sangue, levando à cianose, policitemia e hipóxia. A hipóxia é encontrada com freqüência, predispondo os pacientes a acidentes cerebrovasculares. Quando não tratada, a maioria dos pacientes morre ainda na infância, sendo, portanto, indicada a cirurgia corretora o mais cedo possível, preferencialmente entre 18 e 24 meses de idade(2).
A tetralogia de Fallot tem sido amplamente estudada na medicina há décadas, porém, as implicações na odontologia ainda são praticamente desconhecidas. Na literatura consultada, apenas um trabalho relatou a condição bucal de pacientes com tetralogia de Fallot. Tal relato de caso clínico descrevia os aspectos bucais de uma criança de quatro anos. Os tecidos moles apresentavam aspecto normal, mas existia grande destruição devido à doença cárie em quase todos os dentes decíduos. O tratamento odontológico foi realizado sob anestesia geral, e sendo feitas restaurações com cimento ionômero de vidro e exodontias. Não foi comentada, neste relato, a condição da dentição permanente(2).
Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi relatar o caso de um paciente com tetralogia de Fallot e sua condição bucal.
Descrição de caso
Após o consentimento livre e esclarecido, foi realizada uma anamnese com a mãe da criança, sendo também utilizadas informações do prontuário odontológico do paciente e do relatório da avaliação psicopedagógica.
Tratava-se de paciente do gênero masculino, atendido no Curso de Especialização em Odontopediatria da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Brasileira de Odontologia da seção Paraná aos cinco anos idade e acompanhado até os sete anos.
A anamnese revelou que a mãe não apresentou intercorrências durante a gestação da referida criança, que nasceu de parto cesáreo com 2.850kg e 51cm de comprimento. Aos 12 dias de vida, foi internado inconsciente, sendo diagnosticada tetralogia de Fallot. A genitora refere que, no período que antecedeu a correção cirúrgica, a criança fez uso dos seguintes medicamentos: cloreto de potássio, digoxina, amoxacilina e furosemida. Com um ano e 11 meses de idade, foi realizada a correção da alteração cardíaca. Após a cirurgia, a criança apresentava algumas restrições para prática de exercícios e recebia profilaxia com antibióticos antes de qualquer procedimento que pudesse causar bacteremia. Além do acompanhamento clínico com cardiopediatra, também fazia sessões de fonoaudiologia e atendimento psicológico.
Ao primeiro exame clínico odontológico, com cinco anos de idade, apresentava dentição decídua e ausência dos incisivos centrais e laterais superiores, extraídos aos dois anos. O paciente possuía um quadro clínico compatível com o de cárie severa da infância, com lesões de cárie em praticamente todos os dentes. Foi iniciado o controle da doença cárie com adequação de meio bucal, que incluiu a selamento provisório das cavidades de cárie dentária, a fluorterapia e a orientação de higiene e de dieta.
Aos seis anos de idade, os molares permanentes iniciavam sua erupção e se evidenciava a presença de defeitos de desenvolvimento do esmalte (Figura 1). Os incisivos permanentes estavam hígidos e apenas no incisivo superior direito via-se pequena mancha amarelo-clara na região incisal. O primeiro molar permanente superior direito apresentava manchas hipocalcificadas amarelo-claro e perda de estrutura nos sulcos principais e da cúspide disto-vestibular, sendo restaurado com cimento de ionômero de vidro Ketac Molar®.
Nas consultas de controle, verificou-se a completa erupção dos outros primeiros molares permanentes, todos com defeitos de desenvolvimento de esmalte. Devido à perda de estrutura, os dentes foram restaurados com cimento de ionômero de vidro Ketac Molar® (Figura 2).
Comentários
Diante do caso relatado, dois aspectos podem ser ressaltados. O primeiro refere-se ao maior risco de aparecimento de cárie severa da infância em crianças com doenças sistêmicas. O segundo ponto refere-se à repercussão dessas doenças na dentição permanente, evidenciada por alterações durante a fase de mineralização dos dentes, ocasionando defeitos de desenvolvimento de esmalte.
No primeiro atendimento, o paciente apresentava cárie severa da infância, quadro semelhante ao descrito anteriormente na literatura(2). Tal condição estaria relacionada a uma dieta infantilizada (uso prolongado e excessivo de mamadeira associado ao açúcar), freqüente em pacientes com problemas sistêmicos. Este fato ressalta a importância de um acompanhamento odontológico desde os primeiros anos de vida, principalmente em pacientes debilitados, que têm maior risco de apresentar a doença cárie, tanto pela dieta infantilizada quanto pelo uso crônico de medicamentos que contêm açúcar.
Dentes com defeitos de desenvolvimento de esmalte são comuns em crianças com doenças sistêmicas durante o período neonatal e em crianças prematuras(3). Os dentes hipoplásicos e/ou hipocalcificados são mais suscetíveis a um maior acúmulo de placa bacteriana, podendo levar a uma progressão mais rápida da doença cárie. Além disso, tais dentes são mais sensíveis, dificultando a higiene bucal e favorecendo uma dieta mais pastosa.
Crianças com cardiopatias congênitas apresentam uma proporção maior de lesões de cárie não tratadas e uma porcentagem maior de defeitos de esmalte(4), o que as torna de alto risco ao desenvolvimento da doença cárie(5). Entre essas crianças, as que receberam por mais tempo digoxina® apresentaram um maior número de lesões de cárie(6).
Problemas sistêmicos durante o período de formação do esmalte (amelogênese) podem afetar irreversivelmente os ameloblastos, causando defeitos na secreção ou mineralização da matriz de esmalte(7). O processo de mineralização da coroa dentária dos primeiros molares permanentes tem seu início no primeiro mês de vida, sendo concluída entre os dois e quatro anos de idade(8). No caso relatado, o período coincide com a cardiopatia não corrigida, uma vez que a cirurgia ocorreu quando a criança tinha um ano e 11 meses, podendo ter repercutido negativamente na formação deste tecido mineralizado.
Deve-se, portanto, diante de doenças sistêmicas na infância, acompanhar a erupção dos dentes permanentes, para que, caso haja hipocalcificações ou outros defeitos de desenvolvimento de esmalte, seja possível intervir precocemente, prevenindo o aparecimento de lesões de cárie e a perda de estrutura do esmalte hipocalcificado. Por outro lado, os incisivos iniciam sua mineralização mais tarde. A mancha em esmalte do incisivo central superior direito, no paciente aqui relatado, pode estar relacionada a uma lesão periapical do dente decíduo antecessor, extraído aos dois anos em decorrência da doença cárie.
Crianças com tetralogia de Fallot apresentam maior risco para a endocardite bacteriana. A presença de placa bacteriana e a gengivite podem aumentar o risco de crianças cardiopatas congênitas desenvolverem endocartite bacteriana(4). Deve-se, portanto, ressaltar a importância das medidas preventivas, a educação em saúde bucal e a motivação do núcleo familiar. Assim, evitam-se procedimentos invasivos, os quais, no caso de pacientes com tetralogia de Fallot, sempre serão precedidos de profilaxia antibiótica(9).
Diante do paciente relatado, pode-se concluir que crianças com problemas sistêmicos, mesmo em idade precoce, necessitam de maior atenção odontológica. Além disso, uma anamnese detalhada permite diagnóstico e tratamento adequados. Maior interação entre os médicos pediatras e odontopediatras proporcionará melhor acompanhamento da criança de risco para defeitos de esmalte e cárie e também possibilitará aos pais mais informações sobre a condição e as necessidades de seus filhos para o seu crescimento saudável. Deve-se trabalhar a prevenção odontológica o mais cedo possível para que tais crianças cresçam livres da doença cárie e periodontal, as quais podem ter importante repercussão sistêmica.
Referências bibliográficas
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8. de Moraes LC. Cronologia da mineralização dos incisivos e primeiros molares permanentes entre brasileiros da Região Sudeste [tese de doutorado]. São José dos Campos (SP): Unesp; 1974. [ Links ]
9. Balmer R, BuLock FA. The experiences with oral health and dental prevention of children with congenital heart disease. Cardiol Young 2003;13:439-43. [ Links ]
Endereço para correspondência:
Cristiane Meira Assunção
Rua Equador, 60 – Bacacheri
CEP 82.510-120 – Curitiba/PR
E-mail: crisassuncao@hotmail.com.
Recebido em: 15/8/2007
Aprovado em: 21/1/2008