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domingo, 13 de junho de 2010

O QUE SE PLANTA, SE COLHE! PROFESSOR OSMAR COUTINHO - CONSULTOR E CONFERENCISTA‏

O QUE SE PLANTA, SE COLHE!
"Parece praga professor Osmar Coutinho. Já trabalhei em muitas empresas sempre visando conseguir um emprego numa Multinacional. Com muito esforço e dedicação me profissionalizei e quando consegui o emprego dos meus sonhos, descobri que lá também estavam alguns ex-colegas os quais nosso relacionamento profissional e pessoal nunca fora dos melhores.
Será que joguei “pedra na cruz” ou será algum teste de paciência?"
Caro amigo, interessante o seu relato, me faz lembrar de algumas pessoas que insistem em plantar morangos e colher amoras.
Bem, deixe-me explicar melhor com a história abaixo.
Pedro conseguira o trabalho dos seus sonhos e podia se dizer feliz, se não fosse um pequeno detalhe: o chefe imediato, o seu gerente.
Pedro amava seu trabalho mas não desejava aquele gerente. Especialmente porque, gostando ou não dele teria que acatar suas ordens.
Os meses foram se passando e o que, de início, era um desconforto, um mal-estar, foi se transformando em um terrível sentimento.
Pedro odiava seu gerente e não podia aceitar ter que trabalhar ano após ano, na soma cadenciada dos dias.
Por isso, em um momento de raiva, procurou um homem muito velho e sábio em seu bairro dizendo que precisava de sua ajuda, pois precisava se livrar do seu gerente.
O velho o escutou com muita paciência. Depois, providenciou algumas ervas e as entregou ao jovem Pedro.
Essas ervas - explicou - são venenosas. Elas devem ser deixadas em infusão e servidas uma vez ao dia, todos os dias.
E o que acontecerá? – perguntou Pedro ansioso.
Ora, ao cabo de seis meses seu gerente passará muito mal e poderá até morrer. No entanto, muito cuidado deve ser tomado a fim de que as desconfianças a respeito do mal estar não venham a cair sobre você.
Por isso, a partir de hoje trate muito bem o seu gerente e quando ele passar mal, lamente com os seus colegas e se possível até chore para disfarçar.
O jovem foi para o trabalho feliz, e no dia seguinte começou a servir o chá com aquelas ervas. Conforme fora orientado, começou também a tratá-lo muito bem.
Os dias foram passando e quatro meses depois, Pedro se deu conta que o ambiente em que trabalhava com o seu gerente estava ficando muito diferente.
Ele não era mais tão complicado, nem chato, nem mesmo arrogante.
Quando estava para completar os seis meses, um grande pavor tomou conta de Pedro.
Ele não queria mais fazer o mal para seu gerente, afinal, o gerente tinha se transformado.
Pedro correu ao velho, contou o que acontecera e do seu arrependimento.
Novamente, o velho o escutou com calma e lhe disse:
_em verdade, não fora o seu gerente que tinha mudado e sim ele mesmo, pois é dando que se recebe.
Ao começar a trabalhar, Pedro olhava o gerente como um rival, alguém a quem lhe impediria de atingir o sucesso.
Tomara-se de raiva por ter que dar satisfações diárias e passou a projetar nele o ódio que a si próprio o consumia, principalmente pela inveja do seu gerente estar em um cargo que futuramente poderia ser seu.
Mas, a partir do momento que decidira tratá-lo bem, com humildade e respeito, tudo isso se evaporara.
No entanto, o que fazer agora? Ele envenenara o seu gerente ao longo daqueles meses.
O velho o sossegou: não eram ervas venenosas, ao contrário, tinham um grande poder vitamínico. Pode continuar a servi-las no chá.
E Pedro, tranquilo, retornou ao seu emprego para prosseguir a viver em paz, usufruindo daquela amizade que surgira no passar dos meses e que se transformara em admiração.
CONCLUSÃO
Nada mais destrutivo para si e para os que o cercam, do que o ódio que certas pessoas conservam e alimentam dentro de seus corações.
E como São Francisco de Assis dizia: onde houver ódio, que eu leve o amor.
Pensemos nisso e semeemos o bem imbatível ao invés da inveja e da destruição.
Desta forma, mais do que portas, “oportunidades” se abrirão em nosso caminho e também nos nossos corações.

Prof. Osmar Coutinho
Consultor e Conferencista

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